“O mundo é uma maldição, ele matará se você deixar”
High Enougt
A minha vida nunca foi fácil, minha mãe me vendeu para um casal que não podia ter filhos mas esse casal nunca foi “normal” e sempre deixou claro o que eles fizeram e a vida que eles levavam, que eram empresários e dois grandes mafiosos.
Com 5 anos comecei a fazer exercícios intensos para ganhar massa muscular e ter uma resistência melhor.
No começo foi difícil, doía tudo e eu ainda tinha que fazer mais exercícios no outro dia, era um sofrimento.
Mas a dona Aline me ajudava depois me dando banho, bastante comida por causa dos treinos e do crescimento, ela até contava histórias pra mim dormi de noite, ela me chamava de filhinha do coração.
Benedic, o melhor amigo dos meus pais, me ajudava a treinar e ele nunca passava do meu limite como os outros fazia, eles chegavam ao ponto de eu desmaiar.
Benedic e Aline até namoraram, eram bem fofos quem se dava bem nessa história era eu, que Benedic vinha pra casa mas não fazia eu treinar ficava com a Aline e eu ia ler.
Aos 7 anos entrei na melhor escola dos Estados Unidos e já comecei me destacando por ser de uma família não muito convencional e do meu corpo musculoso pelos exercícios.
As meninas daquela escola me chamavam de machinho, eu contei pra papai e ele disse que ia conversar com os pais delas mas não adiantou isso, elas continuaram com isso por muito tempo até eu bater muito em uma delas.
A partir disso ninguém chegava perto de mim e eu comecei a me sentir muito sozinha, até uma menina ser transferida de escola e ela gostou de mim, viramos melhores amigas.
Com 15 anos comecei a fazer aula de tiro e defesa pessoal,era bem chato essa parte até me acostuma com a nova rotina e depois de muito treinamento com o Benedic comecei a “trabalhar” com meus pais na vida que eles levavam.
Nesses “trabalhos” eu podia fazer de tudo desde matar uma pessoa até vendas de drogas, tudo menos prostituição.
O primeiro trabalho foi à venda, o cara achou que eu tava me vendendo e queria o “produto” dele, mas os outros perceberam a intenção dele e o mataram a sangue frio na minha frente mesmo.
Passei duas semanas sem dormir direito, fiquei um zumbi completo, por isso ganhei uma semana de folga no trabalho.
Depois disso tudo ainda, sem querer eu vi uma menina no galpão ensanguentada e chorando clamando a sua vida e pedindo que a devolvesse para sua mãe, mas não tinha como mais por que seus pais estão mortos já para ela está aqui foi a primeira de muitas que eu vi essa cena se repetir que nem me importo, negócios são negócios.
No dia 12 de junho de 2019 enquanto conversava com a Aline ela teve um infarto, eu sai correndo sem saber o que fazer, chamei a minha mãe que estava em casa por um milagre e levamos ela ao hospital mas infelizmente ela não resistiu.
Naquele momento eu sentir como se nada mais fosse importante e nem valioso, chorei tanto e por dias que acabei me tornando algo que Aline não queria e temia que acontecesse, que me torna-se tão fria ao ponto que nada me abalasse mais.
Depois do enterro dela Benedic mudou completamente e foi para outro país me deixando apenas com a Melinda, minha melhor amiga, mas ela não podia vir aqui em casa todos os dias ficar comigo e meus pais estavam sempre trabalhando e me deixando em casa com os empregados que não queria chegar mais perto de mim.
Enquanto eu estava com 17 anos em um desses “trabalhos” junto com meus pais, deu muito errado e eles acabaram morrendo sem chances de salvação pelo tiro ter sido na cabeça.
Foi a pior dor que eu tive novamente, vendo eles morrerem na minha frente, eu jurei matar quem matou eles no mesmo momento que vi o sangue saindo por eles.
Mais uma vez eu me senti completamente sozinha e perdida, mas agora literalmente sem o Benedic comigo, a Melinda vinha passar uns dias comigo até os pais dela e ela se mudarem para o Brasil a negócios e fica por lá, nunca mais obtive resposta.
Como eu já era registrada como filha deles, acabei recebendo a herança, mas só a partir dos 21 anos poderei usufruir desse direito.
No começo o direito legal por mim ficou com um advogado da família, ele vinha me ver a cada 15 dias apenas pra ver se eu tava viva ainda e já ia embora depois de constatar que ainda estava.
A solidão, a tristeza, a culpa e a frustração de não poder ter feito nada para ter alguém do meu lado começou a me consumir ao ponto de começar a me mutilar para externar a dor que sentia nesses momentos e que não tinha ninguém para conversar sobre as coisas.
Hoje quem tem o direito legal por mim é o Benedic que voltou por apelo do advogado que não conseguia cuidar de mim, mas ele só vem aqui quando eu faço merda ou seja quase toda semana e não fica nem 10 minutos comigo, parece que ele quer me evitar ao máximo.
Fazendo a minha culpa e solidão aumentar cada vez mais, demorei um pouco a entender que mortes são inevitáveis e a dor pode passar mas já tinha cicatrizes o suficiente para isso em meu corpo.
Pela repercussão da morte dos meus pais a vida escolar tinha começado a ser um inferno, os adolescentes que já são chatos e esses ainda eram mimados que não tinham o que fazer, começaram a pegar no meu pé me chamando de órfã.
Eu não tinha pavio curto, mas ouvi, ler ou até mesmo colar isso em mim todos os dias como eles faziam eu perdia a paciência fácil.
Era “órfã esquisita”, “machinho”, “aberração” e etc
Uma vez eu quebrei o braço do menino em 4 lugares diferentes e o osso ainda saiu pra fora quando ele foi colar um papel em mim.
Tive que ficar em casa, sozinha pois Benedic disse que só assim eu aprendia, por 2 semanas, ainda bem que sabia cozinha o que a Aline me ensinou e eu não morri de fome
Mas hoje já estou fora da escola e cuidando das empresas que ainda irei herdar com 21 anos.
Hoje completo meus 20, antes de ir pra balada, que vou encontrar um colegas, tenho um serviço pra fazer, matar uma pessoa.
Ele tá interferindo nas vendas de drogas e no tráfico de pessoas, como ele não é tão importante assim vai servir como aviso pros outros que descobrimos eles e estamos chegando mais perto.
Pego a arma, a faca e repasso o plano tudo de novo, vou em direção ao carro e dou partida até o local do filho da puta.
Chego onde ele vai esta e me preparo pra mata ele, assim que vejo ele chegando coloco a máscara e vou em direção a ele já pegando a faca do coldre de perna.
Ele tava falando no celular, esperei ele terminar e já coloquei a faca na garganta e passando sem avisar nada, só vi o sangue saindo de monte dali e o sorriso brotar no meu rosto como aquilo me revivesse sempre que fazia e me renovar-se sempre a cada pessoa.
Olhei pros lados e vi um encapuzado me encarando, ele tava com uma blusa de frio bem chamativa, era uma roxa com detalhes pretos, ele era bem estruturado, ombros largos, perna grossa e inteiramente vestido sem deixar sua cor transparecer, ele fez sinal de silêncio pra mim e eu deduzir que ele não ia falar nada.
Sai dali correndo e ele também, cada um pra um lado.
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Os Temidos
FanfictionNem tão pura Seu passado trágico deixaram marcas clara quanto em sua pele quanto em sua mente. Desde pequena foi encinada a matar a sangue frio mas mesmo assim foi difícil para ela fazer tá o ato. Um fantasma do seu passado volta para atormenta-lá e...