A festa de Jorge

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“Nossa que porra de escola”. pensei andando em direção à minha casa até que parei quando um gato preto chamou minha atenção. Sua cauda balançava de um lado para o outro enquanto andava em direção a biblioteca da minha antiga escola.

Como será que estão as coisas por lá? considerei ir até lá e eu realmente entrei. Para  minha surpresa não havia ninguém lá, a biblioteca cheirava a cigarro velho, todos os livros estavam empoeirados, mas um com a capa de um homem musculoso e outro de terno ao lado me chamou atenção. Quando limpei a capa pude ver perfeitamente “Contos eróticos”.

“ah, mas isso não é uma gracinha?” Apenas pensei antes de colocar na minha mochila. Fui até a porta até que o guarda me parou me revistando até me deixar sair. “essa belezinha aqui é toda minha, hehe”. Refleti novamente lembrando do havia pegado ‘Emprestado’.

Ao chegar em casa não fiz nada além de trancar a porta e me sentar em frente à escrivaninha, abri o livro entusiasmado e comecei a ler. “a festa de Halloween de Jorge”. 

─ Que nome idiota. ─ Declarei em voz alta ignorando o fato de serem duas da manhã e todos estarem dormindo.

  

                       … … … … …

“Essas pequenas festas são tão infantis”. Avaliou Miguel vendo que não tinha forma de fugir, agora já estava preso nesse muvuco, cheio de adolescentes que provavelmente todos bêbados, drogados ou loucos por orgias. “que nojo”.

Apenas um homem conseguiu chamar a atenção do outro  lado da sala, ele tinha uma abóbora na cabeça e não usava camisa alguma.

“que otário”. O rapaz apenas riu tomando um pouco da bebida sem álcool, analisando todas as feições daquele outro. Como seus músculos se ondulavam em sua pele, a forma que as suas veias pareciam querer sair a qualquer momento do seu sangue, era realmente bem atrativo e até provocador. “não deveria pensar essas coisas, que droga, que droga”. Pensou batendo na própria cabeça irritado.

O resto da festa correu normalmente, todos já estavam mortos de bêbados, apenas o Miguel parecia sóbrio além daquele homem enigmático. Ele já estava quase caindo do sono até perceber um brilho dentro do bolso do outro homem, parecia ser uma faca, quase que ele caiu para trás quando viu, mas se manteve calmo até que conseguisse chegar na direção dele.

“Por que você trouxe isso?” Questionei encarando o outro homem com os olhos semicerrados.

“oh, você me notou, finalmente. Se quer saber tanto, tenho alguns planos nessa noite.”

“que conveniente, faz todo o sentido isso, aliás o que você tem debaixo dessa abóbora?...” Me aproximei mais dele e tirei a abóbora de sua cabeça, ficando chocado quando vi simplesmente o nada, apenas o pescoço nu do Homem.

Pelo susto coloquei lentamente a cabeça de volta e coloquei os braços atrás das costas preocupado. O homem apenas riu com uma voz grave e forte.

“Assustado? Você é realmente uma coisinha curiosa”. Por acaso não quer descobrir outras coisas comigo…”

Não posso dizer que não entendi o tom sugestivo de sua pergunta, e mesmo assustado eu realmente sinto vontade de saber mais sobre esse homem sem cabeça.

Ninguém da festa se importava com as nossas presenças, meus pais saem para caçar humanos por aí todas as noites, meus trabalhos e deveres estavam feitos, por que não? Pensei comigo seguindo aquele homem abóbora. Ele me levou até um grande castelo antigo, me parecia até familiar. Estava completamente vazio, quando iria falar algo ele me jogou de vez no sofá maciço da sala.

Doces ou travessuras? Andy - contos EróticosOnde histórias criam vida. Descubra agora