Lamentações

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Estive a vaguear por uma terrível jornada pelo mundo das lamentações,

Cantando o hino dos solitários das almas quebrantadas, e dançando a dança da melancolia,

Estando a sentir meu coração bradar ânsias de dores, e ser corroído pelo desatino da saudade, e sentir-se pouquíssimas vezes satisfeito, por uma gota de lucidez.

Enquanto andava avistei a lua, e sua luz pálida, que me lembrou dos dias dourados de minha vida, que estive ao seu lado,
E avistei em meu caminho, castelos que eram feitos de pedras, jardins de espinhos, e lagos feitos de lágrimas de muitos que passaram por este mesmo caminho. 

Mas adiante estive a conhecer as florestas das tormentas, que encontraram a torturar-me dia, e noite sem delongas.
E lutando incessantemente para abafar os gritos que saiam de dentro de mim.
Os mesmos que acabavam com o pouco de sanidade de espírito que ainda me restava.
Que faziam-me sentir aniquilada, desencontrada, e inerte; acorrentada pelos fantasmas que habitavam em minha mente.
Sentindo cair eternamente em um precipício de esquecimento, e desilusão, perdida no labirinto, e nas armadilhas desse amor que fazia me perder toda consciência do tempo, ignorada aos senhores do silêncio agonizador e que é vosso esquecimento.

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