Meu caro senhor, entrego-te estas afoitas palavras, para contemplar um amor que quebra todos os paradigmas de um afeto que não prostra-se de um simples desejo viril, porém constitui-se mais integro e plausível, mediante tal atitude ousada inconsequente pois vejo que afronta maior seria calar-se por mais tempo, desfalecendo o desejo de meu íntimo em falar-te de minha afeição.
Como demasiadamente conheço seu feitio, estimo que logo posteriormente ler esta audácia, será questão de tempo para que subitamente esqueça de minha pessoa, e destas fúteis, e insensatas palavras, de caráter leviano.
Com grande certeza, penso que não precisa de mim, e que sou apenas uma pessoa que apareceu em sua vida, e desapareceu como se nunca houvesse existido.
Porventura de todas as minhas tentativas falhas com intuito permanecer presente ao menos em seus pensamentos, estou certa de que nunca existirei para vós, e nunca permanecerei, o que lamento.
Porém incondicionalmente, e acima de qualquer outra hipótese, de forma alguma mudarei meus imaculados sentimentos, e minha virtuosa admiração pela vossa senhoria.
Contudo, estarei devota infatigavelmente a dizer que amo-te, e perpetuarei fazer amar, da mesma maneira como outrora, que por vezes mantive a omitir em segredo por todo este tempo, por arborescente insegurança, e pela covardia do medo do meu jeito de ser.
Certa vez disse que nunca havia de amado, e que estava a desconhecer o que seria.
Confesso sentir meu coração arder, e sentir grande flagelo com o pesar destas palavras, mas a fundo o entendia, por isso tomei liberdade de lhe mostrar com este simples gesto, a sua primeira manifestação deste afeto, que nunca tive por outrem, para que possamos entender juntos de formas diferentes e independentes o que ele significa.
Apesar de estar o suficiente consciente de que não faço parte de seus pensamentos em nenhuma hora do dia, insisto em reter sua afeição, que acaba a não sair de minha mente nem em meus sonhos, e continuo a redigir a ti, esta nobre boa nova.
Primeiramente quero sobressair-lhe, que sou apenas uma amadora poetizada de sua pessoa.
Gostaria de enfatizar, minhas sinceras desculpas de antemão, visto que não sou nenhuma doutorada na arte das palavras, mas guiada por parte de pensamentos espontâneos pude desencadear uma serie delas com um diálogo um pouco extenso, que para mim ainda e tão pouco a dizer, e assim concebi este manuscrito.
Da qual compõe a ti este romance obsoleto, que não se faz analogia a nenhum outro, por ser unigênito, e puro no qual está independente de toda e qualquer manifestação, característica pouco encontrada em propensão em dias atuais.
Pois que não se encontre nenhum tão verossímil quanto.
Sendo desta maneira o que somente espero, é entregar de alma todo meu coração, todos os pensamentos que jamais foram ditos, e que qualquer outra cousa, seja deveras mente secundária, pois nessa imensidão de pensamentos, tenho muito a dizer, porém somente espero deixar-lhe explicitamente, nestes imensos lapsos memoriais.
Estas palavras saíram meramente de minha consciência, transcrevidas do anseio de minha alma; que toma anseio a revelar, este afoito registro parte de minhas secretas anotações.
Esteja solenemente sóbrio, de que lutei incessável mente torná-lo o mais assaz possível, para mostrar-te e demonstrar, que és o meu mundo, e que está a fazer parte de tudo o que sinto, e vejo de mais belo no mundo.
De ímpeto, que a única palavra viável a ser mencionada, seria ''amor", visto que, ainda que eu concebesse todas as palavras de um léxico nesta mesma, elas não seriam capazes de atribuir uma melhor definição.