Quando tudo começou...
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Estou mais uma vez acordando no quarto de Luana, eu havia prometido à mim mesma que jamais faria isso novamente, pelo menos não com ela.
— Gostaria de ter controle da porra da minha boceta - penso enquanto deslizo para fora da cama sem que acordasse Luana, o que foi inútil.
Senti sua mão delicada puxar eu pulso assim que meus pés tocaram o chão.
— Aonde pensa que vai? - ela diz tomando minha atenção para sua direção.
— Preciso ir, Luana! - aviso, soltando delicadamente meu pulso de sua mão.
Seu olhar de desaprovação já não me comovia mais nosso relacionamento já não ia bem e não era de agora, se é que podemos chamar isso de um relacionamento.
Ela me olha procurando minhas roupas pelo chão. Estou apenas vestida com minha calcinha box preta a nudez dos meus mamilos não me incomodavam, afinal eram só isso mesmo. Acredito que na hora que Deus estava me criando ele falou: essa será totalmente reta. Sempre rio da minha própria desgraça, mas não é algo que realmente me incomoda ou que faça falta, afinal os peitos que eu gosto de massagear geralmente não são os meus, se é que pode me entender.
— Queria que você ficasse mais - Luana se senta na cama deixando cair o edredom que cobria seus peitos, os deixando livres, realmente lindos, naturais e suficientemente grandes para o restante da sua estrutura corporal.
— Preciso ir - afirmo. —, minha mãe à essas horas já deve ter me ligado muitas vezes, estou sem bateria, já estamos no sábado, eu avisei que voltaria cedo ontem - falo colocando minhas roupas na cama enquanto olhava o celular sem bateria.
Colocando minha calça, Clara engatinha lentamente até próximo à cama puxando meu jeans para perto de seu rosto.
— Thalita... - ela sussurra beijando minha barriga farejando meu cheiro, pude sentir o leve arrepio percorrer minha espinha.Filha da puta!
— Sim!? - eu observo seus movimentos. Sua mão passando por minha cintura enquanto a outra subia deslizando por cima do meu mamilo direito rígido aos estímulos que eu recebia neste momento.
— Você não pode esperar só mais um pouco? - ela pergunta abrindo o botão do jeans. Não me dando chance de resposta eu senti minha calça escorregando junto com o meu jeans. Ela passa seu nariz sobre o tecido de minha calcinha. Por mais que eu disse não, minha boceta pedia por atenção e Luana sabia disso, além de saber como resolver este breve problema.
— Luana, é sério, não tô afim - puxo a raiz de seu cabelo, voltando seus olhos para os meus, nunca fui boa com mentiras — e tem mais, não quero continuar com isso, sabe que jamais passaremos disso e sendo sincera eu preciso demais - eu completo, soltando seu cabelo.
Luana é amiga da minha família, muito mais velha que eu, já era formada, foi casada e atualmente separada, tem uma filha pequena. Eu nunca entendi o que tinha chamado à atenção dela em mim, pois eu me considero uma pessoa nada interessante para chamar atenção de alguém.
— Está terminando comigo, Thalita? - ela me pergunta enquanto me via fechando o jeans.
— É... - respiro fundo — Parece que sim, Luana. Na verdade... - faço uma pausa enquanto pego minha camiseta sobre a cama — Não acho, é uma certeza, melhor cada uma seguir sua vida, isso nunca dará em nada, olhe para mim, - gesticulo com as mãos para que ela virasse sua atenção para mim. — o que você vê em mim, Luana? Você é minha professora, cai na real, você nunca vai me querer para nada mais além de sexo, sejamos realistas, estou cansada - eu falo enquanto me sento colocando um dos tênis. Luana parecia inconformada com o término de algo que nem tínhamos por concreto.
— Mas eu te amo, Thalita! - ela diz fraco. Eu por uns segundos olhei para o vazio em minha frente pensando em palavras delicadas e firmes para minha decisão, pois está conversa já tinha acontecido outras vezes. Mas desta vez era tudo diferente.
— Você não ama ninguém - murmuro. —, talvez ame Mikhala, mas ela é sua filha, então isto não conta. Eu gostei muito de você Luana, mas sou realista e quero acabar com isto antes que acabe mais ainda comigo! - falo me levantando, senti quando sua mão segurou firme meu pulso me fazendo olhar a direção de seu rosto que por alguns minutos eu evitei ao máximo. Terminar por telefone sempre foi mais fácil.
— Por favor, Thalita, preciso de você! - ela diz com os olhos lacrimejando. Eu precisava ser firme.
— Fica bem, Luana. Sempre estarei aqui como amiga - eu falo soltando-a. Peguei minha bolsa saindo do quarto sem nenhuma se quer última troca de olhares.
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Ametista | Dark Romance
FanfictionThalita jamais acreditou que encontraria sua paz e tormento em Clara - uma tímida garota que procurava um amor espontâneo e sem interesses, mas não imaginou que acharia em outra mulher.