Os quatro herdeiros, Aemond, Rhaenys II, Maegor e Aegon II, cresceram cercados pelas histórias de seus nascimentos, contadas por servos, nobres e até mesmo pelos mais velhos Targaryen. Diziam que o céu tinha se tingido de vermelho e que o mar ao redor de Pedra do Dragão havia fervido. Relatos falavam de uma profecia, uma lenda ancestral que dizia que três dragões nascidos do mesmo fogo trariam equilíbrio ou destruição ao mundo. Essas palavras, repetidas ao longo de suas vidas, moldaram seus destinos e fortaleceram seus laços, principalmente entre Aemond, Rhaenys II e Maegor, que, apesar de suas diferenças, tornaram-se inseparáveis.
Desde jovem, Aemond se destacou pela sede de conquistas e batalhas. Seu treinamento com espadas era intenso, e ele se jogava nas lições de combate como se sua vida dependesse disso. Não era incomum que ele desafiasse soldados mais experientes ou exigisse o melhor dos treinadores. Seu pai, Aegon, o via como o sucessor ideal, alguém capaz de manter o controle sobre os Sete Reinos com punhos de ferro. No entanto, Aemond desejava algo maior: via uma coroa destinada a ele e, embora soubesse que o poder tinha um custo, estava disposto a pagar o preço. Entre seus irmãos, era a espada e o escudo, protegendo sua irmã Rhaenys II com ferocidade e mantendo uma parceria silenciosa com Maegor.
Rhaenys II, irmã gêmea de Aegon II, tinha uma presença marcante. Desde pequena, buscava conhecimento e passava horas estudando antigos pergaminhos e histórias de dragões. Sua mente estratégica a destacava, e embora fosse uma estudiosa, também desejava ser uma guerreira. Seu treinamento com armas era tão rigoroso quanto o de Aemond, e ela se recusava a ser subestimada. O vínculo com seu gêmeo Aegon II era profundo, pois ele compartilhava de suas dúvidas e inquietações sobre a profecia que cercava a família. Juntos, formavam uma dupla complementar: ela, a mente estratégica, e ele, o confidente silencioso.
Maegor, por outro lado, era uma força imprevisível. Desde jovem, sua presença intimidava aqueles ao seu redor. Ele falava pouco, mas suas ações revelavam uma natureza sombria. Ao contrário de Aemond, que buscava glória, Maegor parecia querer submeter e destruir qualquer desafio. Sua reputação de crueldade cresceu ao longo dos anos, e embora seus irmãos o respeitassem, sua lealdade era sempre questionada.
Aegon II, o gêmeo de Rhaenys, era o mais reservado dos quatro. Sua natureza introspectiva fazia com que muitos o subestimassem, mas ele possuía uma força tranquila e uma compreensão profunda de seu papel na profecia. Embora não buscasse poder como seus irmãos, sabia que sua jornada interna seria crucial para o destino da família. Seu amor por Rhaenys II era evidente, e seu silêncio escondia uma percepção aguçada do mundo ao seu redor.
À medida que os irmãos cresciam, seus destinos se entrelaçavam. Aemond, com sua ambição e sede de batalha, era visto como o guerreiro destinado a expandir os domínios dos Targaryen. Rhaenys II, com sua sabedoria e habilidade estratégica, seria a mente por trás das futuras conquistas da família. Maegor, com sua crueldade implacável, era uma força de destruição que poucos ousavam enfrentar. E Aegon II, o mais enigmático, aguardava pacientemente seu momento de agir.
O reino observava os jovens dragões com expectativa e temor. Profecias antigas ecoavam por toda Westeros, e os ventos do sul traziam boatos de inimigos e desafios iminentes. O equilíbrio dos Sete Reinos estava frágil, e uma única faísca poderia incendiar o mundo.
No final, as decisões desses herdeiros moldariam o destino de Westeros. Seriam eles os salvadores que trariam equilíbrio ao reino ou as forças que o consumiriam em chamas? Apenas o tempo diria. O que estava claro para todos era que o sangue do dragão nunca corria sem consequência, e os Targaryen estavam prestes a deixar uma marca indelével na história.
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5 D.C
Rhaenys II, com seus oito anos, se via no pátio de Pedra do Dragão, envolta pela luz dourada de uma manhã de verão. O calor do sol, que brilhava intensamente no céu límpido, fazia as pedras sob seus pés descalços parecerem mornas, quase confortáveis. As paredes antigas da fortaleza de Pedra do Dragão, erguidas como sentinelas de pedra negra, eram testemunhas silenciosas daquela conversa. Ao seu lado, sua mãe, Rhaenys I, segurava sua pequena mão. O toque da rainha era firme, transmitindo segurança, mas ao mesmo tempo delicado, como se soubesse que a filha precisava de carinho tanto quanto de orientação.
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𝕿𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐩𝐡𝐞𝐜𝐲 ✶ 𝐎𝐂
Fanfic✶ ִ ׁ ❟ 𝐍as eras por vir, quando o sangue do dragão estiver em tumulto e os céus se tingirem de vermelho, nascerão três dragões do mesmo fogo. Um com a fúria do aço, outro com o coração do crepúsculo, e o último com a sabedoria das est...