Não Vejo um Futuro" narra a história de Isabella, uma jovem que tem seu propósito alinhado a Isaac, um garoto que está perdido em si mesmo. Com sua empatia, Isabella o faz ver o mundo de uma nova forma e o aproxima de Deus. Juntos,eles enfrentam des...
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— Filha, já está pronta? — minha mãe entrou no meu quarto e me pegou terminando de me maquiar.
— Sim, só falta o batom — respondi, dando os últimos retoques.
— O vestido vermelho ficou ótimo! — ela elogiou, com um sorriso no rosto.
— Mãe, você não acha que eu tô... sei lá? — perguntei, um pouco insegura.
— Defina pra mim o "sei lá"! — ela riu e se aproximou, colocando as mãos nos meus ombros.
— Vulgar. — Não consegui evitar a careta ao ver minha mãe revirar os olhos.
— Eu estou vulgar? — ela perguntou, arqueando a sobrancelha. Neguei rapidamente; o vestido dela era igual ao meu, mas em tom preto-E por que você acha que você está? — ela insistiu, com um olhar curioso.
Penso bem no que vou dizer, pois hoje tive um dia difícil na escola. A situação que ocorreu me deixou abalada, e em casa foi complicado contar tudo para a mamãe. As palavras pareciam presas na minha garganta, e eu sabia que precisava ser cuidadosa ao escolher o que revelar. Não queria preocupar ainda mais minha mãe, mas também não podia ignorar o que estava sentindo.
— Não sei, mãe. Aquilo que aconteceu na escola hoje mexeu comigo-
— Você quer sair daquela escola? — Terminei de passar o batom e encarei-a.
— Não, mãe. Meu futuro depende daquele lugar.
— Não depende e você sabe disso. E saiba que eu vou falar pro seu pai-
— Não, mãe! Por favor! Eu vou ficar bem. E outra coisa: eu disse que um garoto me ajudou e me disse pra procurá-lo se eu precisar de ajuda-
— Tá, mas amanhã vou na escola e vou falar com a diretora-
— Não, mãe! Confia em mim, ok?-
— Confio em você, mais esse tipo de coisa não pode acontecer Bella-
-Mãe por favor-digo tentado manter a calma- eu vou ficar bem eu não tô sozinha lá tá?-na verdade eu meio que tô sozinha sim.
-Tá... — ela respondeu, claramente insatisfeita.
Nesse momento, ouvi a voz do meu pai ecoando do corredor: — E aí, mulheres da minha vida! Vamos? Se não vamos nos atrasar!-
