2. Minho bêbado

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Lee Minho estava sentado em uma mesa de bar com seus amigos, afundado em uma mistura de cansaço e álcool. Seus olhos semicerrados, mal conseguiam focar em qualquer coisa, e sua cabeça descansava sobre os braços cruzados na mesa. Ao seu redor, as vozes e risadas pareciam distantes, quase irreais. Ele estava à beira da inconsciência, quando sentiu uma mão firme pousar em seu ombro.

— Minho? Você tá bem? — a voz de Changbin o chamou de volta à realidade, soando suave, mas carregada de preocupação.

Minho levantou a cabeça com dificuldade, piscando várias vezes para tentar clarear a visão. Ainda tudo parecia meio borrado, mas ele conseguiu distinguir a figura de Changbin ao seu lado.

— Hm? Ah, tô... tô sim — murmurou Minho, arrastando as palavras, o efeito do álcool evidente em cada sílaba.

Changbin o olhou por mais alguns segundos, claramente desconfiado da resposta. — Não parece, cara. Fala, o que tá acontecendo?

Minho tentou dar um sorriso, mas foi mais um esgar sem vida do que qualquer outra coisa. — Não é nada demais...

Ele esfregou os olhos, afastando a neblina momentânea que cobria sua mente, e olhou ao redor da mesa. Seungmin e Jeongin também estavam atentos, o silêncio entre eles carregado de expectativa. Minho suspirou profundamente, como se estivesse tentando reunir forças para falar. Após alguns segundos, finalmente cedeu.

— Eu tô passando por uma fase difícil... — começou, sua voz baixa, quase um sussurro. — Não consigo achar um lugar pra morar... meus pais estão me pressionando e ameaçando me expulsar... A floricultura não vai bem, e as contas só aumentam.

Ele deixou a frase se perder no ar, sua voz apagando-se enquanto ele voltava a encarar a mesa com uma expressão derrotada. O silêncio que seguiu foi desconfortável, quase sufocante. Os amigos se entreolharam, sem saber como quebrar aquele peso no ar, até que Jeongin, sempre o mais sensível, tomou a iniciativa.

— Minho, calma... a gente vai te ajudar. Não precisa carregar isso sozinho, tá? Vamos encontrar um lugar pra você.

— Tá, tá... — murmurou Minho, um pouco irritado, recostando-se na cadeira com um suspiro pesado.

Seungmin, que observava tudo com uma expressão cautelosa, tomou mais um gole de sua bebida antes de comentar em um tom de brincadeira, mas carregado de verdade. — Acho que essa cerveja não fez bem pra ele.

Changbin assentiu, ainda olhando para Minho com preocupação. — Concordo. Acho melhor eu levar ele pra minha casa hoje. Não dá pra deixar ele ir sozinho pra casa desse jeito.

— Tá dizendo que eu não sei me cuidar? — Minho protestou, sua voz saindo mais fraca do que ele pretendia. Tentava soar firme, mas o álcool misturado ao cansaço o traía.

— Não é isso, Minho — disse Changbin, paciente. — Só acho que você vai acabar voltando a pé e, nesse estado, pode desmaiar no meio da rua.

Seungmin, sem perder a chance, soltou uma piada. — Ou pior, do jeito que ele tá, é capaz de brigar com um mendigo.

Jeongin, sentado ao lado de Seungmin, revirou os olhos e lhe deu um chute discreto por baixo da mesa.

— Ai! Isso doeu! — Seungmin se contorceu na cadeira, exagerando na dor.

— Para de drama — Jeongin replicou, impassível.

Changbin olhou para os dois, mas sua atenção logo voltou para Minho. Ele deu um leve tapa no ombro do amigo. — Vamos antes que piore, Minho.

Os três se levantaram, prontos para sair, mas Minho continuou sentado, olhando para o teto e murmurando palavras desconexas. Changbin suspirou, percebendo que a situação só iria se complicar. Sem muita cerimônia, ele passou os braços sob Minho e o ergueu com facilidade, colocando-o sobre seus ombros. Os outros dois seguiram atrás, já acostumados com o senso de responsabilidade de Changbin.

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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