˙ . ꒷ 🇯🇵 . 𖦹˙- Onde, para Megumi Fushiguro, o ensino médio talvez não fosse o seu pior pesadelo após cair na sala de seu crush no terceiro ano. ᝰ.ᐟ
╭₊˚ʚ 💗୧﹕Au não se passa no universo canônico, é apenas um local de conforto fora do que realment...
And we can go high 말해봐 yeah 느껴봐 mm-mm Take him to the sky You know, I hype you, boy
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O ambiente era confortável, seus olhos rondavam por tudo disponível em seu campo de visão; dos vasos de flores até a estante de livros, as mesas mais baixas com papeis e lápis de cores, e claro, a mulher sentada em um sofá a sua frente.
Ela esperava pacientemente pelo tempo de seu mais novo paciente, que estava quieto desde que tinha se despedido de seu irmão mais velho. A coisa parecia séria, Yuuji balançava a perna em ansiedade, evitando qualquer tipo de contato visual com ela, era compreensível, ela pensou.
Itadori respirou fundo, era a primeira vez que ele precisaria falar sobre ele mesmo, olhar para si mesmo e dizer o que ele pensava e sentia. Yuuji nunca fez isso.
— Você me parece nervoso - a voz doce e gentil de sua psicóloga chamou a atenção, ele assentiu com a cabeça. Ela sorriu reconfortante, deixando sua caderneta de lado para olhar para ele — Podemos começar se apresentando, o que acha?
— Yuuji Itadori - estendeu a mão direita, a mulher apertou sem muita força.
— Esther Lopez, é um prazer, Itadori - Yuuji sorriu de volta, recolhendo a mão para o próprio colo.
— Pode me chamar de Yuuji, eu prefiro - ela assentiu, Itadori agora olhava em seus olhos.
— Você sabe por qual motivo está aqui?
— Meus irmãos acharam melhor eu começar um acompanhamento por minhas crises de raiva e... bem, tem a parte que eles não sabem - sutilmente puxou a caderneta de volta para o colo, esperando que Yuuji continuasse — Eu não sei bem como dizer.
— No seu tempo, não precisa se pressionar, vamos falar sobre as crises de raiva até que você encontre as palavras certas, então - escreveu algo no papel — Como você se sente quando isso acontece?
— Ah, eu... acho que sinto raiva por não estar fazendo algo da forma que eu planejei, por não ser perfeito - Esther olhou de relance para ele por cima do óculos, ela entendeu qual era a "parte que seus irmãos não sabem" quase imediatamente — Acontece quando eu tiro nota baixa, quando eu falto sem precisar na escola, quando eu perco alguma aula, quando tudo dá errado e o mundo esfrega na minha cara que eu falhei.
— O "mundo" você diz...?
Aquilo era uma boa pergunta.
Ninguém além dele mesmo esfregava na própria cara que ele tinha falhado, que tinha sujado seu boletim e sua lista de presença, ninguém além dele mesmo enchia sua cabeça com comentários depreciativos e ideias ruins sobre ele mesmo.
Yuuji era a própria ruína, ele mesmo se auto sabota.
— Yuuji, você consegue entender que ninguém é perfeito, certo? - ela não dizia em um tom rude ou em de reprovação, sua voz continuava soando da mesma forma gentil e doce que no começo da conversa, aquilo tranquilizava Yuuji.
