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g u s t a v o

Meu coração estava partido e para piorar, eu estava extremamente sem graça por estar naquela casa. Eu havia pensado em inventar alguma desculpa mas Eduarda não tinha culpa e de qualquer forma, eu havia prometido que iria passar o domingo com ela, antes de tudo acontecer.

— Você está esquisito. — Ela comentou, se sentando ao meu lado e apoiando seu pote com resto de massa de bolo no balcão.

— Como assim?

Como assim ? — Ela fez uma voz engraçada, acabei rindo baixinho. — Até o seu jeito de falar está estranho, você parece triste.

Ela me conhecia muito bem, melhor do que qualquer um.

— Aconteceram coisas.

Antes que Eduarda pudesse terminar, um estrondo na sala fez com que nós dois nos virássemos. A garota de cabelos pretos parecia desesperada, tentando arrumar um pequeno criado-mudo no lugar, Eduarda riu ao ver que sua irmã havia derrubado tudo e eu apenas abaixei o olhar.

— Eu não queria atrapalhar. — Ela comentou, caminhando até a cozinha de forma tímida. — Oi Gustavo.

— Oi.

A garota pegou uma garrafa de água na geladeira e rapidamente saiu da cozinha, suspirei enquanto roubava um pouco da massa de chocolate e só então percebi que Eduarda estava me fuzilando com seu olhar.

— O que ela fez? — Encarei o chão, eu não falaria sobre Ana Flávia com a própria irmã dela. — É sério! Você nunca foi tão seco com ela.

— Não sei do que você está falando.

— Qual é! Sempre foi, oi ana flavia, você esta tão linda hoje.— Ela colocou as mãos no coração, enquanto sorria feito uma maluca.

— Ainda nao entendi.

— Eu sei que você gosta dela, bobão.

Deixei meu queixo cair enquanto a encarava, eu definitivamente nunca tinha dito aquilo para ninguém, só para as minhas irmãs e para a própria Ana Flávia.

— E como?

— Surge algo em seus olhos quando você olha para ela. — Eduarda sorriu, ainda me encarando. — E o modo como você fala dela, faz com que qualquer um sinta vontade de se apaixonar.

— Sério?

— É claro, duh. — Ela revirou os olhos mas riu em seguida, fiz o mesmo. — Mas agora me diz, o que foi que aconteceu?

— A noite de sexta foi mais louca do que pareceu.

— A festa do Murilo?

— Exatamente. — Suspirei. — Sua irmã viu o Murilo com a nova ficante dele, ela literalmente abriu uma porta e viu os dois se beijando.

— Oh, que merda!

— E eu fui ajudar e acabei beijando ela.

— Nossa, essa é a ajuda que eu quero receber da pessoa que eu gosto. — Ela riu, acabei fazendo o mesmo apesar de não saber a quem ela se referia.

— Seria tudo lindo se sua irmã não tivesse me dado um fora no dia seguinte.

— Eu não acredito!

— E ela também me disse que ainda gosta do Murilo. — Dei de ombros, Eduarda parecia extremamente indignada.

— Ela só pode ter pirado, é sério! Meu Deus Gustavo, você não merece isso.

— Não é culpa dela, Duda.

— Sei que não. — Ela cruzou os braços. O amor é uma merda.

— Eu não vou discordar.

— Sabe o que eu acho? A gente deveria comer bolo de chocolate e muito sorvete até isso tudo passar. — Ela sorriu animada, fiz o mesmo. Eduarda sempre sabia o que dizer ou fazer.

— Obrigado, você é a melhor amiga de todo o mundo.

— Você merece.

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★ → 𝗰𝗮𝗽 𝗿𝗲𝘃𝗶𝘀𝗮𝗱𝗼 𝗺𝗮𝘀 𝗽𝗼𝗱𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗿 𝗲𝗿𝗿𝗼𝘀

★ → 𝘃𝗼𝘁𝗲𝗺 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗺𝗲 𝗺𝗼𝘁𝗶𝘃𝗮 𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗶𝗻𝘂𝗮𝗿


★ • 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀, 𝗮𝘁𝗲 𝗹𝗼𝗴𝗼  ←

ᴛʀᴇᴀᴛ ʏᴏᴜ ʙᴇᴛᴛᴇʀ | ᵐⁱᵒᵗᵉˡᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora