ABSCÔNDITO - reescrevendo | TaeKook

Um conto

Nota: se você leu Abscôndito na primeira versão, por favor, não comente spoiler.

Boa leitura!

TW: Violência

"𝙽𝚊𝚛𝚛𝚊𝚝𝚒𝚟𝚊 𝚋𝚛𝚎𝚟𝚎 𝚎 𝚌𝚘𝚗𝚌𝚒𝚜𝚊, 𝚌𝚘𝚗𝚝𝚎𝚗𝚍𝚘 𝚞𝚖 𝚜𝚘́ 𝚌𝚘𝚗𝚏𝚕𝚒𝚝𝚘, 𝚞𝚖𝚊 𝚞́𝚗𝚒𝚌𝚊 𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 (𝚌𝚘𝚖 𝚎𝚜𝚙𝚊𝚌̧𝚘 𝚐𝚎𝚛. 𝚕𝚒𝚖𝚒𝚝𝚊𝚍𝚘 𝚊 𝚞𝚖 𝚊𝚖𝚋𝚒𝚎𝚗𝚝𝚎), 𝚞𝚗𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎 𝚍𝚎 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘, 𝚎 𝚗𝚞́𝚖𝚎𝚛𝚘 𝚛𝚎𝚜𝚝𝚛𝚒𝚝𝚘 𝚍𝚎 𝚙𝚎𝚛𝚜𝚘𝚗𝚊𝚐𝚎𝚗𝚜. 𝚁𝚎𝚕𝚊𝚝𝚘 𝚒𝚗𝚝𝚎𝚗𝚌𝚒𝚘𝚗𝚊𝚕𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚏𝚊𝚕𝚜𝚘 𝚎 𝚎𝚗𝚐𝚊𝚗𝚘𝚜𝚘; 𝚖𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊, 𝚎𝚖𝚋𝚞𝚜𝚝𝚎, 𝚝𝚛𝚎𝚝𝚊."

20 anos atrás

Era uma manhã tranquila. Os passarinhos cantavam nas copas das árvores, louvando o seu criador. O orvalho, sobre as folhas, escorria em gotas que caíam na relva à medida que o calor do sol o derretia. O antigo coro que ecoava de dentro da igreja conferia àquela bela manhã um significado especial.

Tudo era harmonioso e perfeito.

Naquela manhã, a igreja de arquitetura elegíaca recebeu dois músicos especiais, que haviam sido trazidos por seus amigos, moradores da cidade. Eles se sentaram no altar, junto ao padre, e começaram a tocar seus instrumentos musicais: uma harpa e um violoncelo. O som era tão belo e harmonioso que parecia ter vindo do céu, envolvendo os fiéis em uma atmosfera de paz e devoção; complementando-se, criando uma melodia que tocava os corações de todos os que ali estavam.

O vasto terreno não abrigava apenas uma bela arquitetura e um renomado orfanato, mas também um jardim florido, um refúgio natural para aves e outros animais silvestres, que era indiscutivelmente admirado.

Todavia, uma mancha sombria deturpou aquela paisagem celestial.

Crianças vinham desaparecendo de maneira suspeita ao longo de vários dias. A polícia fez de tudo para encontrar pistas, qualquer coisa que pudesse indicar uma direção ou trazer uma solução. No entanto, em vez de melhorarem, as coisas pioraram; a calamidade crescia como uma onda, espalhando pela cidade uma violência assustadora.

Ao longo de quase um ano, três crimes brutais abalaram as cidades de Busan, Seul e Daegu. Poucos dias antes, Park Jimin, uma das melhores bioquímicas que a Coreia já conheceu — casada com Hong Haseon, um dos empresários mais bem-sucedidos do setor automobilístico, dono de várias ações da Hyundai —, estava na igreja após o culto, conversando com suas amigas Kim Taeyeon, uma musicista clássica, e Gim Minjae, pediatra. Outra delas, Jeon Jiyeon, havia falecido há alguns meses.

Elas eram mães de quatro crianças adoráveis: Jeon Jungkook, Kim Yejun, Park Jiwoo e Im Minho. Além deles, havia Jongsuk, um órfão da igreja que Kim Taeyeon planejava adotar. De repente, Im Doyoon, sócio de Park Jimin e marido de Gim Minjae, se aproximou.

— Bom dia meninas... amor! — Beijou a esposa. — Jimin, será que podemos conversar rapidinho?

Im Doyoon, era um bioquímico, dono da Yin Kimia Farmacêutica, e trabalhava ao lado de Park Jimin. Ambos desenvolveram o projeto de criar medicamentos eficazes, mas de elevado o acesso a toda a população, inclusive as mais pobres.

Sua expressão não estava nada agradável. Entretanto, antes que eles pudessem se afastar, Jiwoo voltou correndo para a mãe, chorando.

— O que foi meu amor?