Thirty Five

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No momento em que os primeiros raios de sol começavam a se fazer presentes na vila, Sakura já estava acordada. Na verdade, Sakura nem ao menos chegou a dormir.

A médica havia passado a madrugada inteira na estufa de suna, pegando ervas e as usando para desenvolver uma cura para o veneno usado em Kankuro.

Obviamente, para uma médica de alto calibre como ela, não foi tão difícil assim desenvolvê-lo, havia somente demorado pouco mais de uma hora para completar o antídoto com sucesso, no entanto, acabou se encontrando muito intrigada pelo veneno, em questão.

Uma coisa que ela foi capaz de notar durante toda a madrugada que passou o estudando, é que esse veneno é muito bem feito, bem feito até demais, o que indicava que havia sido criado por uma pessoa com bastante experiência nesse aspecto.

A Haruno nunca, jamais, viu um veneno igual a esse em todos os inúmeros anos em que estudava medicina. Isso era um trabalho que foi feito totalmente do zero, com uma mortalidade muito alta. Se ela tivesse demorado um minuto a mais, que seja, Kankuro teria, certamente, morrido.

Um arrepio desceu pela espinha da jovem, mas ela não pôde deixar de se sentir levemente admirada pela pessoa que desenvolveu tal veneno mortal, sua eficácia era surpreendente e, não apenas isso, como ele também era muito complexo e difícil de ser decifrado. Não iria negar, ela gostaria de conhecer tal pessoa, se estivessem em situações diferentes.

Sakura tinha plena ciência de que, caso não fosse uma médica exemplar e extremamente habilidosa, jamais teria conseguido desenvolver um antídoto, devido à complexidade da composição dele.

Bem, de qualquer forma, foi um bom desafio, achou divertido o tempo que gastou tentando desvendar os mistérios do veneno, em questão.

Sakura- Foi um desafio divertido, no entanto, esse veneno não chega aos pés dos venenos que minha irmã faz. Caso esse fosse um dos dela, eu jamais teria sido capaz de criar um antídoto.

A rosada comentou, enquanto estava totalmente sozinha na estufa, dispersando os seus pensamentos no ar, enquanto encarava os dois frascos de antídoto que ela conseguiu desenvolver e os guardava em sua bolsinha.

Não era um exagero da Haruno, honestamente. Se Sakura era exemplar no desenvolvimento de curas e antídotos, Saori era mestre em criar venenos extremamente eficazes e complexos, cujos quais, mesmo após três anos, Sakura não foi capaz de desvendar.

A habilidade de sua gêmea para criar venenos altamente mortais era, no mínimo, extraordinária, ao mesmo tempo que era aterradora.

As vezes não conseguia deixar de ter a sensação de que sua irmã, de fato, nasceu para ser uma máquina de matar. Isso a assustava. Saori sempre foi muito mais forte do que a maior parte das pessoas, e o pensamento de que ela poderia usar suas habilidades para fins ruins fazia com que a bile subisse por sua garganta e um sentimento sufocante começasse a pressioná-la por dentro.

Antes que começasse a surtar, como já aconteceram muitas vezes antes, a jovem cerrou seus olhos esmeraldinos com força e respirou fundo.

Sakura- Fica tranquila, Sakura.. Mesmo que a Saori esteja com aquela cobra maldita por agora, em breve você irá resgatá-la. Minha irmã jamais usaria a habilidade dela de criar venenos extremamente mortais para machucar pessoas inocentes, você conhece a sua irmã. Ela só tomou uma decisão ruim por conta da vingança que fez a cabeça dela ir para um caminho idiota.

Ela respirou fundo mais uma vez, externalizando seus pensamentos. Não saberia ao certo quando acabou adotando essa mania, no mínimo, estranha, mas talvez tivesse sido durante os seus últimos anos solitários.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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