Way Of Love

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Way of Love
- Capítulo 1 -


Na vida, cada pessoa busca seu próprio modo de amar. O amor se apresenta de maneiras diversas, refletindo as experiências e a personalidade de cada um. Enquanto alguns se entregam a amores intensos e apaixonados, outros encontram beleza nas sutilezas do cotidiano.

O modo em que Lucy encontrou amor em Natsu, possuía um pouco de ambos, o calor do seu abraço, a confiança mútua compartilhada e declarada em palavras, atitudes incontáveis, ações inimagináveis, o cuidado, a atenção, o carinho... Um carinho que só foi capaz de encontrar em seu modo de demonstrar que a amava, ousava dizer que foi o amor mais puro que já vivenciou ou presenciou, não era tola em sequer cogitar a hipótese de não ser amada profundamente pelo Dragneel.

E também, ninguém era tolo de pensar que o Dragon Slayer e a maga celestial não possuíam um relacionamento além da amizade, apesar de nunca terem declarado em voz alta, ou sequer exibido contato íntimo perto dos amigos de guilda. Como um consenso geral, todos sabiam que existia um vínculo que transcende a irmandade dos "nakamas" - como o próprio rosado intitulava seus amigos amados. Com Lucy era... Diferente. Ninguém sabia dizer como ou sequer explicar, só era diferente.

E a maga também não sabe sequer explicar quando começaram, se recorda de uma estadia em uma cidade vizinha, pouco tempo após o encerramento dos Grandes Jogos Mágicos e a batalha contra os dragões trazidos pelo Eclipse; foi tudo tão natural que Lucy jurava já vivenciar o romance há anos, e até onde conseguia entender a cabeça do Dragneel, de fato vivia. Um comentário sobre a batalha, um agradecimento genuíno, um sorriso gentil, um selar de lábios, não foi sútil, mas como seria com a iniciativa vinda de Natsu? O Dragon Slayer sabia tão pouco sobre relacionamentos, e Igneel não foi o melhor tutor quando o assunto era romance, então para o mago do fogo, estava óbvio que ele e Lucy compartilhavam um relacionamento, só não sabia demonstrar isso da maneira certa... Até aquele dia.

Começaram dessa forma, eventualmente trocando beijos que a cada vez se tornavam mais demorados e proveitosos. Após algumas semanas - que para a maga, pareceram meses - os beijos deram espaço para trocas de suspiros, mãos viajantes, descobertas de sensações. Natsu aprendia o que fazer e o quão gostava daquele contato mais íntimo aos poucos, Igneel não havia lhe ensinado sobre essa parte de se estar com alguém também, e apesar do pouco entendimento, sabia que o que faziam quando sozinhos só podia ser feito entre eles, era um compromisso com Lucy, e somente com Lucy.

Em aproximadamente dois meses da primeira vez que se beijaram, aconteceu. Não decidiram que aconteceria, nada foi perguntado ou declarado, aconteceu quando seus corpos não se contentavam apenas com carícias e preliminares sutis. Foi natural, como tudo que os envolvia como um casal. Naquele dia, Lucy agradeceu as semanas de descobertas de Natsu que antecederam sua primeira vez, nunca na sua vida imaginou sentir que entraria em combustão espontânea como quando foi feita do Dragon Slayer naquela noite em seu apartamento. Desde então, era algo que compartilhavam sempre que tinham vontade, nunca combinavam, nunca diziam que queriam sexo, só acontecia, através de uma carícia singela, um beijo na curva do pescoço, um pressionar de cintura em meio ao abraço... Quando sozinhos, qualquer coisa poderia acender aquela chama.

Com todo esse apego, toda essa atenção e carinho evidenciado por atitudes, para a Heartfilia foi um baque quando deixada pelo Dragon Slayer sozinha em Magnólia, logo após a batalha em Tártaros... Quando a perda de Aquarius ainda se fazia tão recente e a guilda foi dissolvida. Lucy se sentia perdida em um labirinto de confusão e dor, cada canto escuro refletindo a ausência da parceria que antes a aquecia. A desolação a envolvia como um manto pesado, e a impotência pulsava em seu peito, um eco constante que a lembrava do que não podia controlar.

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