How I loved you

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How I Loved You.
- Capítulo 2 -

A chuva caía incessantemente sobre Magnólia, uma sinfonia suave de gotas batendo contra as janelas, criando um ambiente quase nostálgico e aconchegante. O céu, nublado e carregado, parecia refletir o estado de espírito de Natsu Dragneel, que, debruçado sobre a cama de Lucy, observava a cena com um misto de tédio e inquietação. O cheiro do papel e da tinta que ela usava para escrever se misturava ao aroma da chuva, e o som das palavras sendo rabiscadas na folha soava como um leve sussurro em meio à tempestade.

Happy, o fiel parceiro azul, havia decidido ficar na guilda, entretido com Charle, e ali estava Natsu, desamparado e preso entre o desejo de aventura e a necessidade de estar ao lado da maga celestial. Ele se mexia de forma inquieta, as pernas balançando para cima e para baixo, enquanto admirava a concentração de Lucy em suas anotações.

— Hey, Lucy... — Murmurou, a voz baixa e um pouco ansiosa. Ouvindo apenas um “hum?” suave como resposta, Natsu a encarou, mesmo que ela estivesse de costas, mergulhada em suas palavras. — Você não quer sair em missão? Podemos chamar o Happy e sair! — A animação na sua voz era contagiante, mas a resistência de Lucy era uma barreira intransponível.

— Honestamente, com essa chuva eu prefiro ficar aqui — Ela disse, virando-se para encará-lo, os olhos castanhos brilhando com uma doçura que derretia sua inquietação. — Mas você e Happy podem ir.

Natsu hesitou, considerando a ideia de sair sob aquela chuva. Ele imaginava a água fria caindo sobre ele, o vento gelado e o cheiro da terra molhada, mas ao olhar para Lucy, sentindo a paz que emanava dela, decidiu que não valia a pena. A inquietação que habitava seu peito era um reflexo de seu desejo por mais, por algo mais profundo entre eles, principalmente… Antes de sua partida, eles já haviam estabelecido uma relação mais íntima, e por alguma razão que não entendia, Lucy permanecia evitando aquele tipo de contato. Natsu até se perguntou se foi algum rapaz que ela se relacionou durante aquele um ano que a deixou sozinha, e somente a idéia de que outra pessoa a tocou como ele a tocava o fazia querer deixar toda aquela cidade em chamas, mas Lucy o garantiu em uma dessas conversas casuais que não havia conhecido ninguém novo.

— Nah. — Ele pigarreou, voltando a se deitar, um sorriso bobo se formando em seus lábios enquanto Lucy soltava uma risada suave, reconhecendo o esforço dele em ser um bom companheiro. Ela se levantou, engatinhando pela cama até se deitar em seu peito, e Natsu a abraçou, sentindo o aroma inconfundível dela, uma mistura de lavanda e calor humano.

— Natsu, eu realmente não me importo se você quiser ir. — A liberdade em sua voz era reconfortante, mas Natsu não queria isso. Ele queria estar ali, naquele momento, com ela. Então, inclinou-se levemente e roubou um beijo breve, mas cheio de carinho. A surpresa de Lucy o fez sorrir; havia algo de especial em como o relacionamento deles havia mudado desde aquela conversa, ela sentia que Natsu se esforçava mais para demonstrar seus sentimentos quando eles estavam sozinhos, apesar de na frente dos demais continuarem como os bons amigos de sempre.

— Não. É mais divertido quando estamos juntos e aquela coisa idiota toda. — Ele fez uma piada, relembrando uma frase que ela usara há muito tempo, provocando uma reação imediata: Lucy bateu em seu peito, indignada, mas logo a gargalhada dele ecoou pelo quarto, um som tão puro que fez seu coração acelerar.

— Idiota! — Ela zombou, pegando a almofada branca e tentando abafá-lo, mas Natsu não se deixou levar por aquilo. Com um movimento rápido, atacou a maga com uma onda de cosquinhas, e as risadas incontroláveis de Lucy preencheram o espaço, aquecendo o ambiente como a luz do sol que parecia tão distante.

— Você não tem como escapar de mim! — Natsu exclamou, os olhos brilhando com a pura alegria de estar ali, ao lado dela. Ele parou por um momento, olhando para o rosto avermelhado, agora iluminado de felicidade e bom humor, ela o encarou de volta, se recuperando ofegante do ataque, ele aparentava distante, e ela se condenou por não estar mesmo motivada em sair.

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