Orfanato Nova Esperança
20 de abril de 1998, na cidade de Rochester.Em uma noite tempestuosa, os relâmpagos cortavam os céus, seguidos pelos estrondos dos trovões. A chuva caía incessantemente, como se o mundo desabafasse do lado de fora daquele velho casarão. Na verdade, o lugar funcionava como um orfanato, onde crianças de diferentes idades eram deixadas por inúmeros motivos. O orfanato ficava na pequena e pacata cidade de Rochester.
Ana González, responsável pela administração e organização do orfanato Nova Esperança, um casarão doado por um homem muito generoso. Ela era uma bela morena de 35 anos, com 1,75 m de altura, olhos castanhos escuros e cabelos negros cacheados. Amava as crianças e sonhava em encontrar um lar para todas elas, onde pudessem ser felizes no aconchego de uma família.
Sentada em seu escritório, organizava alguns documentos das crianças que ali moravam, quando, de repente, a campainha começou a tocar de forma desesperada.
O barulho chamou sua atenção, mas uma das funcionárias do orfanato que também ouviu a campainha foi em direção à entrada. Ao abrir a porta, deparou-se com um homem visivelmente assustado e desesperado. Completamente molhado devido ao intenso temporal, ele usava um casaco que cobria todo o corpo e uma touca de esqui, impossibilitando qualquer reconhecimento de sua aparência.
Ele carregava um pequeno cesto de madeira.
- Boa noite! No que posso ajudar? - perguntou a funcionária, preocupada.
- Boa noite. Informaram-me que deveria entregar esta encomenda neste endereço e que eu seguisse as instruções contidas neste envelope - explicou o homem, parecendo muito nervoso.
- Como assim? Que história é essa? Não quer entrar para conversarmos melhor? - sugeriu a funcionária, querendo fechar a porta por causa do frio e da chuva.
- Você é a responsável por este local? - perguntou o homem, com urgência na voz.
- Não, sou apenas uma cuidadora, mas posso chamar a diretora Ana para falar com você - respondeu a funcionária, estranhando o comportamento dele.
- NÃO! Não precisa chamá-la. Você mesma pode cuidar disso, basta seguir corretamente as instruções do envelope, só isso - disse o homem, exaltado e visivelmente inquieto.
Sem esperar resposta, ele deixou o cesto à sua frente, colocou o envelope ao lado e saiu apressado em direção à rua.
A funcionária não compreendeu o que estava acontecendo, mas pegou o envelope e o cesto, levando-os até seu quarto, que ficava no fundo do orfanato, isolado do restante da casa. Ao entrar, deixou o cesto sobre a cama, trancou a porta e tentou processar o ocorrido.
Ela se aproximou do cesto e o abriu. Levou um susto ao se deparar com um bebê de pele rosada, enrolado em um cobertor cor-de-rosa e usando uma pequena touca de lã na cabeça. A criança, com feições delicadas e respiração tranquila, permanecia em sono profundo, alheia aos estrondos da tempestade que rugia do lado de fora.
Em seguida, conferiu o conteúdo do envelope. Havia um papel com instruções detalhadas, uma quantia considerável de dinheiro e um número de telefone para o qual deveria enviar uma mensagem. Após ler o que estava escrito, dirigiu-se ao escritório da diretora Ana, levando consigo apenas o cesto com o bebê. Ao chegar à porta do escritório, bateu suavemente e aguardou a permissão para entrar.
- Pode entrar! - respondeu Ana prontamente.
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Destino De Madson
RomanceUma menina abandonada em um orfanato por um homem misterioso. Uma vida cheia de incertezas, sem saber o motivo de ter sido deixada à própria sorte... Mas o que se esconde por trás de tudo isso? Quais circunstâncias cercam sua história? E o que o des...