❛ 05 ❜

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Passo a mão pelos meus cabelos, sentindo a textura dos fios escorregando entre meus dedos. A frustração toma conta do meu semblante enquanto analiso as contas e despesas da casa do Souya. Tomei a decisão de cuidar dele, e prometi a nós dois que nunca o deixaria na mão, mas, neste momento, essa responsabilidade pesa.

─── Porra... ── murmuro, observando o resultado dos cálculos revelarem um valor exorbitante. ── Vou ter que usar o dinheiro das minhas economias...

Bufei, meus olhos fixos nas folhas espalhadas pela mesa e no celular que exibia o saldo. A situação estava complicada, e eu não esperava que as contas estivessem tão altas. Mas era preciso fazer isso; Souya precisava de ajuda e eu não poderia falhar com ele.

Segundos depois, a voz do meu irmão me chamou, interrompendo meus pensamentos enquanto ele descia as escadas.

─── O que você está fazendo, maninho? ── pergunta, interessado em saber por que estou tão concentrado.

─── Nada de mais. ── respondo, forçando um sorriso. ── Apenas fazendo uns cálculos.

─── Entendi. ── ele olha para a papelada em cima da mesa antes de prosseguir. ── Esses dias você não para em casa. Está acontecendo algo?

─── Hã? Ah, só alguns assuntos com aquele garoto com quem saí há um tempo.

─── Você ainda não falou sobre ele! Me conte, estou curioso! ── ele se senta à mesa, com os olhos brilhando de curiosidade.

Esqueci totalmente de contar isso ao Ran.

─── Foi mal, eu havia esquecido! ── confessei, um pouco envergonhado.

─── Como foi o dia que vocês saíram?

─── Foi... Incrível... ── começo, um sorriso abobado surgindo em meu rosto, enquanto as memórias frescas daquele dia se desenrolam na minha mente. Lembro do jeito como ele sorriu para mim, da conversa fácil e das risadas que compartilhamos.

─── Oh, parece que alguém está perdidamente apaixonado! ── Ran disse, me observando com um olhar travesso, o típico sorriso provocativo estampado no rosto.

Minhas bochechas rapidamente se tingiram de vermelho, e eu percebi que meu olhar abobado havia me denunciado. Não tinha como esconder o que eu estava sentindo.

─── É-é haha... ── respondi, esfregando a nuca meio sem jeito. ── Ele é perfeito demais, sabe? A única pessoa que conseguiu mexer com meu coração desse jeito...

─── Imagino! ── Ran riu, divertindo-se com minha confissão. ── É bom ver você assim, feliz com alguém. Lembro que antes você era todo rabugento e dizia que não queria saber de ninguém.

─── Qual é... ── falei, emburrado, cruzando os braços. ── Eu não sou rabugento! Só é difícil encontrar alguém como ele, entende?

Ran soltou uma gargalhada, se levantando e bagunçando meu cabelo.

─── Haha! Claro que é. Mas, de qualquer forma, eu realmente torço por vocês dois. 

𝖴𝗆 𝖽𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝗂𝗇𝗏𝖾𝗋𝗇𝗈: 𝑀𝑒𝑚𝑜́𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 - RinsouOnde histórias criam vida. Descubra agora