ATÉ A MORTE | Paul Lahote

Capítulo 4

—Alia! É para você— ela diz irritada. Meu irmão me dá um olhar confuso e eu dou de ombros antes de ir em direção à porta para encontrar ninguém menos que James parado ali.

—Ei... uh... será que podemos conversar?– ele pergunta me olhando nervosamente enquanto coça o pescoço.

—Eu não vou voltar com você, James— digo, cruzando os braços na frente do peito e com uma expressão séria no rosto.

—Por que não?— ele pergunta um pouco triste e percebo que alguém desligou a música. Claramente eles estavam ouvindo a conversa. —Você não me ama mais?

—Não, James. Eu não amo você e definitivamente não quero voltar com você.

—Mas eu— Ele tenta falar mas eu o interrompo.

—Não, foi você terminou comigo. Você partiu meu coração, não o contrário, então vá embora. Eu não quero você aqui— eu digo, e ouço Jared rir.

—Quem está aqui?— ele pergunta com raiva tentando olha por trás de mim para encontrar a pessoa que riu. —Você ta com um garoto?

—Isso não é mais da sua conta. Vá embora— digo, mas ele se mantém firme.

—Ela disse para sair— ouço Paul dizer atrás de mim. Ele anda até nós e para à minha direita.

—Então você está ficando com o Lahote agora?— James zomba.

—Eu não estou ficando com ninguém, mas os meninos estão aqui e eu juro que não vou impedi-los se você não for embora agora mesmo.

Ele ri. —O que eles vão fazer?

—Você realmente quer descobrir?— Paul pergunta, ele empurra James para trás e para fora da porta.

—Jared!— Eu grito alto antes de ouvi-lo correndo até mim.

—Já vou— ele diz antes de separar Paul de James enquanto fica entre eles.

—Vamos, cara. Vamos entrar— ele diz ao amigo antes de passarem por mim. Olho para James com raiva antes de fechar a porta e tracar ela duas vezes.

—Você está bem?— meu irmão me pergunta enquanto eu entro de volta, todos olhando para mim, exceto Paul, que estava olhando para suas mãos. Ele parecia menor do que o normal, como se estivesse envergonhado ou algo assim.

—Esta foi a quinta vez em uma semana.

—O quê?" Embry pergunta e meu irmão concorda.

—Sim, e toda vez que ele fica mais insuportável de lidar e se recusa a sair— diz ele.

—Bem, vamos fazê-lo ir embora— Jared diz e eu rio.

—De jeito nenhum. Isso não é da sua conta e eu não quero que vocês tenham problemas— digo, olhando-os cuidadosamente antes de ajudar meus amigos na cozinha.

—Você está bem?— Olivia me pergunta enquanto me dá um abraço lateral.

—Claro— Mas não digo mais nada.

Levo a panela de espaguete até a mesa e a coloco na frente dos meninos, que imediatamente começam a se servir.

—Posso falar com você?— pergunto a Paul, que me olha com os olhos arregalados, claramente surpreso.

—Eu- uh- sim, claro— ele diz e Jared ri ao lado dele. Paul olha para ele antes de se levantar e me seguir para fora.

Há uma brisa suave, fazendo meu cabelo cair atrás dos meus ombros enquanto abraço meu corpo. Olho para o céu, já escurecendo enquanto as estrelas começam a aparecer. Ele fica na minha frente, olhando para mim com expectativa.

—Olha as estrelas elas estão lindas— eu digo.

—Estão mesmo— ele suspira, sem tirar os olhos do meu rosto nem uma vez.

—Você nem olhou— digo, sorrindo para ele agora.

—Eu não precisava— ele diz, me fazendo rir.

—Obrigado— eu digo.

—Pelo que?— ele me pergunta e eu olho para os meus pés.

—Por me ajudar antes. Não era problema seu e você ainda decidiu me ajudar— eu digo e o observo enquanto ele ri. Ele coloca as mãos nos bolsos e olha para os pés.

—Sem problemas— ele diz. Eu sorrio para ele antes de voltar para dentro, mas paro quando ele agarra meu pulso. Uma sensação de formigamento se forma no meu pulso, onde está sua mão. —Você pode me ligar se ele aparecer de novo.

—Ta bom— eu digo antes de agarrar sua mão e puxá-lo de volta para dentro. Eu não a solto, nem mesmo quando chegamos à mesa. Jared ri novamente e pisca para seu amigo que apenas cora ainda mais, me fazendo rir enquanto nós dois nos sentamos e nos juntamos à conversa.

Eu nunca poderia ter algo com Paul. Meu irmão ficaria infinitamente bravo que um dos seus melhores amigos ficou comigo. Ele provavelmente nem falaria mais comigo, então eu nem tentaria. Jacob é uma das pessoas favoritas para mim neste mundo e eu nunca faria nada para deixá-lo bravo. Ele não merece isso.