Satoru caminhou pelas ruas, o papel com o número de Karina apertado em sua mão. O ferimento no peito parecia insignificante agora, ofuscado pela expectativa que crescia a cada passo. Ele se pegou sorrindo, pensando na enfermeira que havia cruzado seu caminho de forma tão inesperada.
Naquela noite, enquanto tentava se distrair com um filme, sua mente não conseguia se afastar dela. Ele repetia o número em sua cabeça, quase como um mantra. Seria apropriado ligar? E se ela não estivesse tão interessada quanto parecia?
Mas, finalmente, a curiosidade e a empolgação venceram. Ele pegou o telefone e digitou o número. O toque do telefone ecoou no silêncio do seu apartamento. O coração dele disparou quando a ligação foi atendida.
- Alô? - a voz suave de Karina soou do outro lado.
- Oi, Karina, sou eu, Satoru - ele disse, tentando manter a calma. - Lembrei que você disse para eu ligar se a dor voltasse... e, bem, acho que estou com uma dor muito forte de saudade.
Ela riu, um som leve que fez seu coração acelerar ainda mais. - Saudade, hein? Isso é novo.
- É sério! Na verdade, eu estava pensando que poderíamos... talvez... tomar aquele café?
- Você não perdeu tempo! - ela respondeu, uma mistura de surpresa e alegria na voz. - Eu adoraria.
Combinaram um encontro para o dia seguinte em um café perto do hospital. Satoru passou a noite se preparando, escolhendo a roupa certa, pensando em como poderia impressioná-la. Quando chegou ao café, sua ansiedade aumentou, mas ao ver Karina entrar, seu coração se acalmou.
Ela estava radiante, com um vestido leve que acentuava seu jeito despreocupado. Satoru a cumprimentou com um sorriso nervoso, e logo estavam sentados, conversando como se se conhecessem há anos.
O café estava cheio de risos e conversas, mas para eles, o mundo exterior parecia desvanecer. Satoru se surpreendia com cada nova descoberta sobre ela - seus sonhos, suas paixões, o jeito que falava com entusiasmo sobre a profissão. Karina também estava encantada, rindo das histórias desajeitadas de Satoru sobre suas tentativas de cozinhar e seus interesses por arte.
- Você é bem mais interessante do que parece à primeira vista - ela brincou, tomando um gole de café.
- E você é ainda mais encantadora do que eu poderia imaginar. Só espero que meu ferimento não tenha sido a melhor parte do nosso encontro - ele respondeu, com um olhar provocador.
Karina sorriu, um brilho nos olhos. - Espero que não. Mas, se você continuar assim, talvez eu precise de mais emergências para te ver.
O tempo voou, e quando perceberam, o sol estava se pondo, pintando o céu de laranja e rosa. Satoru sentiu que havia algo especial entre eles, uma conexão que transcendeu aquele encontro casual.
- Posso te ligar novamente? - ele perguntou, hesitando um pouco.
- Apenas se prometer que vai me contar mais sobre suas aventuras na cozinha - Karina respondeu, piscando.
- Então, definitivamente. Essa será a minha próxima emergência.
E com isso, eles se levantaram, o coração de Satoru batendo mais rápido. Ele sabia que aquela era apenas a primeira de muitas histórias que eles ainda teriam juntos.
[No dia seguinte]
Satoru Gojo estava relaxando na sala dos professores, quando Yuji Itadori e Nobara Kugisaki entraram, animados após uma longa aula de jujutsu.
- Professor Gojo! - chamou Yuji, com um sorriso curioso. - Você não vai acreditar no que aconteceu hoje!
- O que foi? - Satoru respondeu, sem desviar o olhar do jornal que folheava.
- Ouvi dizer que você saiu com uma garota! - Nobara interveio, com um sorriso travesso. - Quem é ela?
Satoru ergueu uma sobrancelha, tentando esconder um sorriso. - E quem disse isso?
- Todo mundo! - Yuji respondeu, se aproximando. - Você não pode simplesmente sair com uma garota e não contar nada pra gente!
- É, Gojo! - Nobara cruzou os braços, olhando para ele com uma expressão de desafio. - Você está escondendo alguma coisa?
Satoru soltou um suspiro divertido, colocando o jornal de lado. - Tudo bem, tudo bem. É uma garota chamada Karina. Nos conhecemos de um jeito... diferente.
- Diferente como? - perguntou Yuji, com os olhos brilhando de curiosidade.
- Eu me machuquei e fui ao hospital. Ela era a enfermeira que me atendeu - explicou Satoru, um sorriso nostálgico no rosto.
Nobara arqueou uma sobrancelha. - E você a convidou para um café?
- Exatamente. E a conversa foi ótima - Satoru disse, lembrando-se da energia que sentira durante o encontro. - Ela é divertida e inteligente.
Yuji parecia animado. - Você gostou dela? Vai sair de novo?
- Pode ser que sim. A conexão foi boa - Satoru respondeu, tentando manter a compostura.
- Isso é incrível! - Yuji exclamou. - Professor Gojo, você está finalmente se socializando!
- Que engraçado, Yuji. - Nobara revirou os olhos. - Mas espero que você não a assuste com suas piadas estranhas.
Satoru riu. - Não se preocupe, eu sei como me comportar.
- Você deveria trazer ela para conhecer a gente! - sugeriu Yuji, animado.
- Calma, calma. Vamos ver como as coisas vão - Satoru respondeu, um pouco cauteloso. - Mas, se tudo der certo, quem sabe?
Nobara sorriu, satisfeita. - Estou torcendo para você, Gojo. Afinal, todos nós precisamos de um pouco de amor, né?
- Verdade, Nobara. E lembre-se, eu posso dar algumas aulas sobre como conquistar uma garota, se precisar - brincou Satoru, piscando para eles.
Os alunos riram, e, enquanto a conversa continuava, Satoru percebeu que, independentemente do que acontecesse com Karina, aqueles momentos com seus alunos sempre lhe trouxeram um motivo pra sorrir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THE EYES [Ryomen Sukuna]
Teen FictionKiyoko Hanaköto conhecida como uma lenda antiga como uma maldição poderosa em um corpo feminino, com poder absurdo em suas mãos, sendo comparada com seu companheiro de Décadas Ryömen Sukuna. Após uma batalha contra os feiticeiros Jujutsu acabou send...