SINOPSE

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Anastasia Romanova

Anastasia Romanova

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Dois anos atrás


Eu me chamo Anastasia, sou filha de um homem rico, conhecido por sua fortuna. Sou a herdeira de um conglomerado empresarial, mas ninguém conhece o meu rosto. Minha mãe morreu durante o meu parto, o que fez meu pai se tornar extremamente protetor.

Cresci em uma casa no campo, com apenas eu, minha babá, e a filha dela. Meu pai me visitou poucas vezes até a minha adolescência. Irina, a filha da babá, era como uma irmã mais velha para mim. Juntas, cursamos a faculdade de administração.

Aos 23 anos, meu pai arranjou um noivo para mim. Via esse noivo como uma oportunidade de liberdade, uma chance de parar de me esconder do mundo. Dmitri Volkov era um homem poderoso, e nosso casamento seria uma aliança de poder entre nossas famílias.

Quando contei a notícia para Irina, percebi uma mudança em seu comportamento. Talvez ela estivesse com ciúmes, já que sempre fomos apenas nós duas. Val, minha babá, estava radiante com a novidade.

Hoje, estou a caminho de Moscow, ansiosa para conhecer meu noivo. Ele está em uma viagem de negócios e só o verei na próxima semana. Irina passou o tempo toda calada durante o percurso até a minha casa, que mal conheço.

Meu pai, Edmilson, chegou e me abraçou com carinho. Amo meu pai. Ele também abraçou Irina.

— Minha filhota, você está tão linda! — disse ele, me levando até seu escritório. Ao chegarmos lá, ele fechou a porta.

— Sabe, estou ficando velho... Quero que você se case para que eu possa descansar em paz — disse ele, alinhando o bigode.

— Pai, não diga isso. O senhor ainda vai conhecer os seus netos — respondi, dando a volta na mesa para abraçá-lo.

— Filha, não confio naquela moça... Irinilda, é assim o nome dela, né? — ele disse, errando o nome e me fazendo rir.

— Pai, ela se chama Irina. Eu confio nela, ela é como uma irmã para mim — falei, acariciando a careca dele.

— Mesmo assim, tome cuidado, minha filha. A ganância por poder cega as pessoas — ele disse, tragando o charuto.

Me despedi dele. Ao abrir a porta, vi Irina descendo as escadas que davam acesso ao escritório, mas resolvi ignorar. Caminhei até o ateliê de pintura da minha mãe, onde havia obras inacabadas e muitas guardadas. Era o refúgio do meu pai.

Já faz três dias que estou aqui. Irina está cada vez mais distante, e meu pai parece exausto. Tentei levá-lo ao médico, mas ele insistiu que estava bem. Passou o dia todo na empresa. Estava deitada quando Irina entrou no meu quarto, assustada, e disse:

— Seu pai sofreu uma parada cardíaca enquanto dirigia... Ele morreu — e me entregou a chave do carro.

— Vá até o hospital ver como ele está — ouvi, atordoada. Peguei a chave de sua mão e corri até a garagem, com o coração na garganta. Liguei o carro e dirigi em direção à estrada. O tempo, que até então estava ensolarado, se fechou em uma chuva forte e pesada. Meu coração batia freneticamente, e acelerei para 100 km/h.

Tudo o que eu queria era abraçar meu pai e dizer que o amo. Estava sozinha no mundo sem meus pais. Numa curva, um cachorro apareceu na estrada. Tentei frear, mas os freios não funcionaram. Tentei desviar, mas perdi o controle do carro. Senti minha consciência se apagar.

Irina Malova

Uma semana após a morte do senhor Edimilson e o coma de Anastasia, eu vivia a melhor fase da minha vida

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Uma semana após a morte do senhor Edimilson e o coma de Anastasia, eu vivia a melhor fase da minha vida. Sempre mereci mais do que viver naquela cidade pequena.

Há uma semana, consegui roubar a identidade de Anastasia Romanova. Ninguém sabia a verdadeira identidade da herdeira, exceto o falecido pai dela, minha mãe, que estava distante, e eu. Agora, sou a nova herdeira e noiva de Dmitri Volkov.

Meus planos estão funcionando perfeitamente. Pago muito bem aos médicos para garantir que Anastasia nunca acorde. Meus planos nunca dariam errado.

Eu estava de luto, afinal, perdi "meu pobre pai". E meu noivo veio à minha casa. Ele era um homem reservado e muito lindo. Era injusto que aquela tola da Anastasia tivesse tudo do bom e do melhor. Tudo que era dela agora é meu, e eu mereço tudo isso.

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