Capítulo 5

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Harry sabia. Era tudo o que Draco conseguia pensar. E, ele tinha aceitado Draco - isso por si só era uma novidade para Draco.

Antes que Draco pudesse pensar mais sobre isso, a porta se abriu e lá estava Bellatrix com um bebê de cabelos verdes. Era uma visão estranha, fazendo Draco ficar confuso por um momento antes que o pensamento racional atravessasse seu cérebro: Bellatrix estava morta. Ele a viu morrer. Ele enterrou seu corpo, pois ele era a coisa mais próxima de um filho que ela tinha. Isso deve ser sua outra tia, Andromeda Black Tonks. E a criança, a metamorfomaga, deve ser Teddy - afilhado de Harry, seu primo.

"Devo dizer, nunca pensei em te ver aqui, sobrinho. Quando vi as fotos e o artigo no Profeta, pensei que você se parecia mais com Lucius, mas agora vejo que estava errada. Você se parece mais com Cissa."

"Tia Andromeda," cumprimentou Draco.

"Filho de Cissa, de ponta a ponta", ela respondeu, antes de oferecer seu primo a ele e puxar a outra cadeira, flutuando ao lado dela.

Ele estava tão perplexo que não percebeu que havia estendido os braços até que o bebê estivesse nos seus braços.

"Harry me contou tudo o que aconteceu. Eu, em meu coração, adotei Harry como meu próprio filho, então você está basicamente falando com sua sogra em vez de sua tia."

Ela o observou por um momento enquanto ele balançava gentilmente Teddy, antes de falar novamente. "Você é filho de Cissa. Harry confia em você, então não vejo por que eu não poderia confiar em você. Não me dê motivos para não confiar."

Draco olhou para o rosto sério dela, respondendo: "Você pode confiar em mim, tia."

"Bom", disse ela, finalmente sentando-se.

Draco rapidamente aprendeu que Teddy era uma criança maravilhosa. Quanto mais ele interagia com o menino, mais ele tinha certeza de que iria valorizar a criança tanto quanto valorizava a criança crescendo dentro dele.

Draco gostava mais de sua tia à medida que conversavam. Ele gostava muito da companhia dela. Dia após dia, ela e Teddy vinham, sentavam-se com Draco e conversavam.

Eles conversavam sobre a infância dela e de sua irmã. Falaram sobre seus pais, a família Black e seus primos Sirius e Regulus. Ela falou sobre sua tia Walburga, a amizade de Sirius com o sogro de Draco, James Potter, Remus Lupin e Peter Pettigrew.

Falaram sobre a guerra, seu marido Ted Tonks e sua filha Nymphadora. Sua infância, suas escolhas. Harry. Teddy. E finalmente, Draco.

Ninguém nunca perguntou a ele o que queria. Sempre disseram a ele o que queriam dele. Seu pai, o Lorde das Trevas, até Harry. Mas, quem era Draco para Harry, então? Apenas um amigo de uma noite. E antes disso, seu inimigo.

Ele se viu abrindo sobre sua própria infância, seus sonhos. Como ele perdeu uma amizade com Harry Potter. Como brigaram ao longo dos anos. Falaram sobre as crenças de Draco antes da guerra e sua percepção da vida mudada depois da guerra.

Andromeda saía à noite para descansar e garantir que Teddy dormisse bem. Mas, Draco sempre ficava.

Uma semana se passou, e Draco começou a se preocupar. Seus hormônios entraram em ação no pior momento possível, e, por sua vez, ele se sentiu sem esperança. Ele olhava para Harry e se sentia sem esperança, o que, por sua vez, o fazia chorar.

Ele nunca admitiria, mas às vezes, à noite, ele colocava a cabeça no peito de Harry e apenas chorava.

Harry podia ouvir vozes. Ele podia ouvir a voz de Draco. De Andromeda e de Teddy também. Ele queria desesperadamente abrir os olhos e deixá-los saber que estava bem.

Harry Potter, sua vida começa agoraOnde histórias criam vida. Descubra agora