A cena inusitada acontecia às margens do lago, era manha ainda e os raios de sol estavam frescos passando por entre as copas das arvores.
A pequena criança de longos cabelos sorria entusiasmada contando sua historia. A mulher a olhava encantada, seus grandes olhos arredondados nem piscavam a cada palavra que saia da boca da criança a sua frente.
Menos de um metro atrás da garota jazia o cadáver de um coelho a podre criatura estava seca mesmo sua morte sendo há poucos minutos, a energia vital tinha sido escoado do seu corpo depois que a pequena tinha se susto com ele.
- Parece uma explosão no céu! – a pequena Agatha levantava seus braços o mais alto que conseguia para que o “ser” a sua frente tivesse dimensão da sua narrativa – é serio você precisa vim ver! É muito bonito!
- Olha eu posso tentar. – O sorriu da mulher cativava a criança pois era envolto de mistério a aura que seu corpo expelia era diferente de qualquer coisa que sua pequena vida já tivesse presenciado. – ate lá, tem que prometer...
Do meio das arvore Evanora Harkness surgiu a expressão em seu rosto beirava ao nojo.
- Agatha! O que esta fazendo? – ela rosnava com os dentes fechados.
Toda a euforia tinha ido embora assim como a presença da mulher que conversava com ela minutos antes, naquele momento ela pareceu nunca ter existido.
- Eu... eu... – Agatha odiava gaguejar, mais era impossível não fazer com o medo crescendo em seu estomago. – eu só...
Os olhos de Evanora não estavam em sua filha mas sim no coelho morto, ela sabia o que tinha acontecido, ela temia o que tinha acontecido e não sabia lidar. Agarrou o braço da pequena a sacudindo com força.
- Por que fez isso?
- Eu não fiz nada! – Agatha estava em prantos o medo tinha vencido e ela escondia as mãos.
- Isso cheira a você! Cheira a essa sua maldição, confesse!
- Não foi por querer – ela soluçava em meio as palavra – eu juro! Eu juro!
- Sabe que vai ser punida, tem que ser!
- Não mamãe por favor!
Evanora puxava Agatha pela floresta a crianças tentava de todas as formas esconder suas pequenas mãos, ela antecipava a dor em sua cabeça e as lagrimas não paravam de escorrer pelo rosto.
A pedra que pararam na frente já avisa presenciado a punição por três vezes e aquela seria a quarta de um lado a mãe e do outro a filha, Agatha costumava pensar como seria as punições das outras crianças não era possível que só ela passasse por aquilo, não era possível que sua mãe não amasse, não era possível que sua vida inteira fosse assim para sempre.
- A mão! – Evanora pediu firme.
Agatha enterrava as mazinhas dentro do vestido com um chora inconsolável.
- Mamãe por favor, não foi minha culpa...
- Se não colocar uma mão será as doas dessa vez.
Era sentença final ela não mudaria de ideia, não a perdoaria não a levaria pra casa e a consolaria com um abraço, então Agatha escolher a que tinha menos furos e pôs tremula sobre a pedra.
No cós da roupa da mãe saiu a lamina, Agatha odiava aquela faca já tinha a escondido dezenas de vezes porém sempre voltava pra lhe machucar.
Evanora ergueu a lâmina e cravou na mão da filha.
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A AURORA DAS BRUXAS
FanfictionTodos os caminhas conectam Agatha & Rio. um pequeno devaneio de todas as suas eras juntas.