Senhorita Pauline

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(Essa não se passa na casa Benedicth)

Aquela já era a sétima vez que a mulher rezava para que aquele sentimento incômodo se dissipasse de seu corpo. Em toda sua vida, jamais pensou que pudesse ter sua carne tentada pelo desejo. Seu peito subia e descia ao se lembrar do momento que teve naquela manhã com uma das alunas particulares das quais ela dava aula de francês.  A jovem garota era uma recém chegada estrangeira da cidade e ainda não sabia falar o idioma, então agora estava sob a tutoria da senhorita Pauline para poder conseguir conversar com os nativos. Isso seria uma tarefa fácil para a senhorita Pauline, se a jovem não insistisse em lhe cortejar como uma predadora feroz atrás de um pequeno roedor.

– Me perdoe, oh Deus. – A mulher ofegou ainda de joelhos com aos mãos cruzadas em frente o rosto, sentia o mesmo quente ao relembrar involuntariamente de quão perto sua aluna ficara de seu corpo horas antes.

Apesar de ser uma mulher aparentemente jovem para seus 42 anos, Pauline não sentia que devesse ser desejada. Ela perdeu seu esposo pouco depois deles terem se casado, então ela decidiu dedicar sua vida para a igreja e ajudar jovens com seus estudos. Ela só não sabia que depois de tanto tempo ela pudesse atrair alguém, ainda mais sendo alguém tão inusitado quanto uma bela jovem.

O seu corpo que antes estava frio devido ao recente banho, agora estava quente e começando a suar com os pensamentos nos lábios de Cecile que quase a tocaram. Ela não conseguia entender como depois de tantos anos, sentia algum sentimento de desejo por alguém tão diferente. Ela esfregou seu rosto e suspirou de olhos fechado, mantendo uma mão em sua bochecha e arrastando a outra lentamente por seu pescoço e clavícula. Seus joelhos doíam pela posição, mas ela sentia que merecia aquilo pelo que estava prestes a fazer.

– está tão quente...

Sua mão então desamarrou o seu roupão e deslizou pela parte interna de sua coxa macia, fazendo ela se arrepiar. Seus dedos deslizaram vagarosamente até chegar em sua parte mais sensível, fazendo ela abrir os olhos ao descobrir que estava molhada.

– Senhorita Pauline!

Num pulo, a mulher se levantou e sentiu seu coração quase sair pela boca. Era sua aluna.

– C-Cecile?! – ela falou assustada e amarrou rapidamente seu roupão antes de partir em direção a porta da sala. Ela sentia seus joelhos doerem, mas sua consciência estava pior. – o que faz aqui essa hora? – perguntou ao abrir a porta.

– Bonsoir, madame! – a jovem disse divertida com um sorriso grande. – eu esqueci minhas luvas aqui pela manhã. 

– Luvas? C-certo, eu pego pra você. – ela disse ja dando as costas para a mais nova.

– Na verdade, eu gostaria que a senhorita pudesse me ajudar com una xícara de chá. Estou com a cabeça doendo devido o estresse que tive hoje na universidade.  –ela diz já entrando e reparando o quão bela a mais velha ficava naqueles trajes.

– Na verdade, eu já estava indo para a cama. É melhor você resolver isso com uma noite de sono. – A senhorita Pauline diz aflita como se quisesse se enterrar em um buraco. Ela tinha medo que sua aluna pudesse ler seus pensamentos e saber o que ela estava prestes a fazer minutos antes.

– Prometo não demorar. A senhorita não vai me deixar assim, não é, madame? – Cecile fala num tom inocente misturado com divertimento. Sem dúvidas,  uma brat.

– Certo. Feche a porta para que não fique frio. – Pauline pediu indo para a cozinha.

Ela não podia acreditar  que aquilo que estava acontecendo. Ela nunca havia tentado se tocar desde que seu falecido marido havia partido, e justo quando ela foi tentada a fazer, o motivo daquilo aparece como se soubesse o pecado que ela estava prestes a comete.
Ela se encostou no armário e suspirou com as mãos trêmulas no rosto.

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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