Pela janela do meu quarto observo o céu estrelado, o barulho da música ao longe me faz suspirar. Hoje é dia 24 de dezembro, véspera de Natal e estou sozinha em casa. Não tenho autorização para sair, em nenhuma data festiva. Passo sozinha, já faz algum tempo que não consigo sorrir.
Olho fumaça da fogueira ao longe e som das risadas, e isso faz minha mente viajar em memórias boas de um passado não tão distante.
Eu me lembro de dançar com Jovelina, e que jogávamos todas as uvas passas fora. E brincávamos de três Marias, quando dava meia noite todos paravam e faziam um oração. Hoje eu oro sozinha, com a esperança de ser livre.
Uma lágrima desce pelo meu rosto e não me preocupo em enxuga-la, ouço a porta ser aberta e sei que deve ser Júnior. Nessas datas, é ele que sempre trás minha refeição. Logo o cheiro da ceia invadi a pequena casa onde moro, ouço passos porém não saio do lugar.
- Trouxe sua janta e um presente - não me dou ao trabalho de respondê-lo - Madalena.
- Apenas faça o de sempre e vá embora - falo baixo e de forma calma.
- Apenas vista, sabe como ele é.
Não o respondi, e ouvi ele se afastando. Andei até o banheiro e me demorei no banho gelado, demorado e lavei os cabelos. Vesti uma roupa qualquer e segui até a cozinha ignorando o vestido sobre a cama.
Olhei a mesa com a comida deliciosa e não evitei a sensação ruim de solidão. E novamente me lembrei de outros natais, de outras festas e datas bonitas que já não terei mais.
- Não colocou o vestido - não precisei me virar sabia pelo cheiro e passos pesados quem havia entrado em casa.
- Não irei sair daqui, não faz sentido me arrumar Crawford.
Eu não o chamo pelo nome, me recuso a ter tal intimidade com ele.
- Madalena!
Suspirei e continuei me servindo, ouvi seu suspiro e vi seu corpo grande sentar em minha frente. Crawford não é um adolescente magro, ele tem músculos assim como Júnior, pois trabalham pesado aqui na fazenda. Ele se vesti como o típico cowboy, de camisa, calça jeans e chapéu. Ele tem tatuagens, e os olhos frios de sempre.
Comi pouco e em silêncio, ouvindo a música ao longe.
Minha mente vaga em como minha vida havia mudado, ele controla tudo. O que eu leio, assisto e ouço. E o pior é que meu pai, o homem quem devia me proteger ajuda para que eu viva dessa forma.
Totalmente isolada.
Ao terminar caminho até o quarto, e ele pega o vestido.
- Vista!
Suspiro e começo a tirar as roupas.
Não é a primeira vez que ele me vê de roupas íntimas, a primeira vez foi no ano passado. Ele não força o contato, apenas observa cada cantinho do meu corpo, ele me devora com o olhar. Pelo menos uma vez por semana ele vem me observar de roupas íntimas.
Termino de me vestir e olho pra ele totalmente desanimada, seu sorriso pequeno me olhando. Segura minha mão me guiando até a cama, me coloca de bruços. Igual sempre fez e se deita sobre mim.
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Bjs da Tata 💚🥰💚🥰💚
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G.A.L.D.I.N.O [ DEGUSTAÇÃO ]
ChickLit"A coloquei em um lugar que apenas eu, alcançaria. Lhe dei asas, mas aprisionei seus pés, lhe dei espaço dentro de uma prisão. E olhe onde ela está? Bem onde eu queria, no meu aniversário, com a ilusão de me deixar em algumas semanas - sorrio de lad...