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Eu continuo meu caminho, de volta para casa

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Eu continuo meu caminho, de volta para casa. Estou cansada..

Acho que nem vou para essa festa, por que eu iria?.. acho melhor eu terminar com Luccas, Talvez ele nem me ame.

Chegando em casa, sentindo dores nas costas. Me jogo no sofá, tirando meu tênis com o pé.

Estou cansada!
Pego meu celular que estava no meu bolso, e vejo que horas são.

9:32 PM

Solto um suspiro. Espero que Luccas não venha...

Toc toc

Falando nele..
Forço meu corpo a se levantar, e me dirijo até a porta, abrindo um pouco.

— Oi! Ahn.. você vai assim?

— Não... é que eu não vou sabe... Não estou com vontade...

— Aah.. por favor! — juntou as mãos.

— Estou cansada..

— Vai ser irado! A gente vai acompanhar! Por favor, vai com a gente. Você é a nossa alegria — fez beiço. — Vai ter comida..

— Tá!

Ele sorriu e  forçou a porta a se abrir, praticamente entrando sem permissão, e depois me puxou pela cintura, entrelaçando nossos lábios.

Percebo que no beijo, não sinto nada, apenas... Desconforto.

A gente para quando escutamos algo cair no lado de fora, deve ser a lixeira. Eu me afasto dele sorrindo amarelo, Luccas piscou e se sentou no sofá.

Eu me viro indo para meu quarto, trancando a porta. Vai que ele tenta entrar em quanto estou tomando banho.

Tiro minhas vestes, jogando no cesto, me dirijo até o banheiro ligando o chuveiro e vendo se a água estava morna. Enquanto esperava, vou em direção ao espelho que era do meu tamanho. enquanto olhava meu corpo pequeno, percebo o quão eu queria ser... Mais bonita.

Meus seios são pequenos, eu tinha barriguinha, e coxas grossas. Não tanto! Mas são grossas, minha bunda era empinada, mas não grande.

As mulheres de hoje, tem um corpo lindo, e eu... Ah.. não sei! Meu corpo não é feio, mas eu queria que fosse.. como das outras garotas.

Preciso aprender a me amar.
Se eu não me amar, quem vai?

Meus olhos focam em minhas coxas, e percebo algo nelas, tinha um aranhão..

Não é meu.. é enorme! Como se estivesse sido de um animal.

Como não percebi isso? Caramba, eu devo ter me machucado sem querer. Saio da frente do espelho, e vou para o chuveiro começar meu banho.

Lavo meu cabelo, fazendo uma hidratação profunda, a água morna caiu sobre minha pele, me deixando calma e relaxada, nada melhor que tomar um belo banho...

•••

Depois que termino, vou em direção ao armário, procurando alguma roupa para frio, já está tarde, e de noite sempre faz muito frio.

Pego uma camisa branca, com gola alta, depois uma saia, que tinha uma correntinha dourada. Pego um casaco de couro, e uso.

Por fim, coloco um tênis preto. eu amo que minha saia apertava meus quadril. Ela era cintura baixa, é linda. Sua cor era marrom claro.

Vou em direção a minha escrivaninha pegando um gloss e rímel, mesmo que eu vá só para comer. Gosto de ir arrumada.
Arrumo meu cabelo, fazendo um penteado e depois pego um colar dourado e uma pulseira que ganhei de um velho amigo.

Olho para a pulseira que tinha um coração, ela precisava da outra metade... Ele era meu melhor amigo, meu único amigo. quando éramos crianças, sempre brincávamos juntos, prometemos que quando crescemos iriamos ficar juntos, para sempre.

Mas... Nunca mas vir ele, a última vez que eu vi.. foi quando...





9 anos atrás...

Mamãe! — corri até minha mãe que estava cortando alguma coisa — Posso brincar com Brahms?

Claro meu amor, só tome cuidado tá bom? Não vá para muito longe, ah! Se quiser chame ele para almoçar com a gente.

Eu concordei com a cabeça, e saí de casa correndo até uma pracinha que ficava algumas quadras ao lado.

Eu e Brahms nos conhecemos desde pequeno, agora, ele tem 13 e eu 10.

Quando chego lá, me sento no balanço, esperando Brahms. Enquanto esperava ele, eu ficava me balançando, mas já estava fazendo minutos, e ele ainda não chegou...

Solto um suspiro tristonha, será que aconteceu alguma coisa?...
Quando saí do balanço, escudo passos, parecia um cachorro correndo. Olho para onde estava vindo o som, e vejo que vinha da floresta..

Ando até ela devagar, lá no fundo, vejo olhos brancos, brilhantes, a coisa era maior que eu. E tinha uma figura assustadora.

— Lu...Luce — A voz saiu fraca.. eu conheço essa voz! Era Brahms!

— Brahms! Eu sabia que você estava bem! — quando eu iria até ele, escuto passos vindo atrás de mim, quando me viro, vejo minha mãe.

— Ei mocinha! Sabe que horas são?!

— Mas... — tentei me explicar, mamãe estava com raiva, mas sei que era só preocupação — O Brahms está-

Quando fui olhar para onde ele estava, já não vi mais ele. Apenas o silêncio e o balançado das árvores com o vento. Minha mãe pegou minha mão, me puxando para longe da floresta.

— Já disse que não pode ir para muito longe! É perigoso meu anjo.

— Desculpa mamãe, eu só achei que era o Brahms.

— Meu docinho... acabei de receber a ligação, que ele morreu. E seus pais também.

•••

Eu estava no quarto, chorando muito, Brahms morreu!
Ele era meu único amigo, o que fizeram com ele? Por que ele morreu? Meu melhor amigo.. sinto todas as minhas forças sumindo, estava de coração partido.

Olho para a pulseira em meu pulso, vendo seu nome em um coração partido, Brahms deveria ter a outra metade... ele quebrou nossa promessa.. não podemos ficar juntos para sempre...

9 anos depois...

Ah.. e pensar que ninguém descobriu como ele morreu..
Perdida em meus pensamentos, não escutou Luccas gritando.

— Já vou!

•••

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐀𝐔𝐍𝐓𝐄𝐃 𝐅𝐎𝐑𝐄𝐒𝐓 Onde histórias criam vida. Descubra agora