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CHAPTER EIGHT

   A água quente escorria pelos ombros de Angelina, misturando-se aos fios de cabelo que grudavam em sua pele, enquanto ela tentava, em vão, aliviar o peso de suas ações que agora pareciam ecoar em sua mente com um pouco mais de racionalidade

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   A água quente escorria pelos ombros de Angelina, misturando-se aos fios de cabelo que grudavam em sua pele, enquanto ela tentava, em vão, aliviar o peso de suas ações que agora pareciam ecoar em sua mente com um pouco mais de racionalidade. O vapor preenchia o banheiro pequeno, enevoando o espelho e criando um ambiente sufocante, tão denso quanto seus pensamentos. Ela fechou os olhos e apoiou a testa contra os azulejos frios da parede, sentindo o contraste da temperatura em seu corpo quente.

   Havia algo excitante e proibido em tudo aquilo, mas ao mesmo tempo, uma dúvida corrosiva que a fazia questionar suas próprias intenções. Não era só a diferença de idade, era o desequilíbrio de poder, a incerteza se os sentimentos eram reais ou uma simples ilusão criada pela admiração.

   O rosto de Amélie, desapontada, ainda a atormentava. As palavras duras da amiga ressoavam: “Você sabe o que está fazendo? Você só pode estar louca."

   Angelina não sabia. Ou talvez soubesse, mas não queria admitir. O reflexo no espelho embaçado mostrava apenas uma silhueta difusa, o que parecia apropriado, nem ela se reconhecia mais.

   Ela havia passado mais tempo do que gostaria tentando escolher uma roupa para sobreviver ao último dia de aula antes do tão esperado fim de semana. Optou por um suéter azul marinho e uma calça de alfaiataria branca, a escolha fazia ela se sentir mais formal do que o normal, mas estava apropriado para um dia com ventos frios e possíveis tempestades isoladas.

   Quando saiu de seu quarto, sentiu o aroma do café fresco vindo da cozinha, o que era estranho já que seria completamente impossível Maya ter acordado magicamente sabendo fazer café sem ser através das cápsulas da máquina.

   — Laurie, se você derrubar e manchar a toalha rendada de mesa da minha mãe eu juro por tudo nesse mundo. — Maya resmungava ao lado do rapaz enquanto passava manteiga em algumas fatias de pão.

   Angelina hesitou ao ver a cena inusitada em sua frente, ela parou no último degrau da escada e os observou por alguns segundos antes de notarem sua presença.

   — Finalmente, achei que você tinha morrido dentro do banheiro. — Maya ergueu a faca e a fatia de pão em sua mão.

   — O que você fez com a minha irmã? Ela jamais se submeteria a fazer um café da manhã. — Angelina cruzou os braços caminhando em direção a eles, um sorriso bobo surgindo em seus lábios.

   — Ha ha ha como você é engraçada. Senta logo, a gente ainda vai se atrasar. — Indicou Maya para uma das cadeiras vazias.

   O celular vibrou em seu bolso, e ao olhar a tela, se deparou com uma mensagem de um contato que conhecia muito bem.

   “Bom dia, princesa! Fui chamado para substituir um colega em outra escola, e como eu não consigo passar um dia sem te ver, vou te fazer uma proposta e espero que aceite. Vá até a minha casa, tem um vaso de flores brancas pendurado do lado da minha varanda, tem uma chave lá, pode entrar e me esperar, a casa é sua. Levo alguma coisa para você comer, espero te ver lá."

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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𝘁𝗲𝗮𝗰𝗵𝗲𝗿'𝘀 𝗽𝗲𝘁 | 𝖼𝗁𝗋𝗂𝗌 𝖾𝗏𝖺𝗇𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora