A tensão dentro da sala de conferências era palpável. Celina Foxy estava sentada na grande mesa de vidro, tamborizando as unhas recém cutiladas e tingidas de vermelho. Enquanto Franco Bacchi falava com os outros diretores da empresa.
A reunião sobre a transição de poder dentro da Bacchi & Foxy Corporations, um império multimilionário de produtos de luxo e tecnologia avançada, estava finalmente chegando ao fim, mas ela mal conseguia prestar atenção. O peso das expectativas familiares e o fato de que ela e Franco teriam que trabalhar juntos em cargos de liderança - ela como diretora de marketing e ele como CEO - só aumentavam sua irritação.
Franco finalmente encerrou a apresentação com sua habitual frieza e se dirigiu para fora da sala. Ele, com sua postura impecável e aparência irresistível, parecia sempre estar no controle. A elegância natural dele a fazia ranger os dentes.
Desde crianças, os dois estavam presos em uma relação de rivalidade que parecia não ter fim. Seus pais eram sócios e amigos há anos, mas Celina e Franco nunca se suportaram. Ele sempre foi o bom garoto, e ela, a rebelde determinada a não ceder ao charme manipulador dele.
Agora, eles estavam presos nessa situação de sucessão empresarial, e o que Celina mais queria naquele momento era sair dali. Ela não conseguia imaginar trabalhar ao lado de Franco, especialmente quando ele a fazia se sentir tão... irracionalmente irritada. Mas antes que pudesse escapar para o conforto de sua sala, ouviu a voz grave de Franco chamar seu nome.
— Celina, precisamos falar sobre a apresentação de amanhã — ele disse com um tom formal, sem sequer olhar para ela, enquanto ajeitava os papéis em sua pasta de couro.
Ela revirou os olhos.
— Claro, Franco, porque eu definitivamente quero passar mais tempo com você — respondeu com sarcasmo, enquanto seguia em direção ao elevador.
Franco apenas ergueu uma das sobrancelha loiras e deu um sorriso de lado, aquele sorriso insuportável que sempre a deixava com mais ódio.
— Sempre com as respostas afiadas, não é? Não sei como vou aguentar você na equipe de liderança — ele disse, indiferente, apertando o botão do elevador.
Celina, ajeitou os cabelos preto-azulado de qualquer jeito, e seguiu para dentro do elevador, já sentindo a pressão subir. Assim que as portas de metal se fecharam, um silêncio desconfortável tomou conta do pequeno espaço. O ar no elevador parecia mais denso, e, para piorar, o calor crescente começava a sufocar.
Ela tentou ignorar o fato de que Franco já havia aberto a parte superior do terno, revelando o físico definido por visitas constantes à academia. Mesmo que ela o detestasse, não podia negar que ele era extremamente atraente.
O silêncio entre os dois ficou ainda mais intenso. Mas antes que pudessem chegar ao andar desejado, o elevador deu uma sacudida violenta e parou de repente.
— Que ótimo! — Celina exclamou com raiva, apertando os botões de todos os andares. — Estamos presos!
Franco suspirou, cruzando os braços.
— Isso é culpa sua — ele murmurou, quase sem emoção.
— Minha culpa? Que porra isso poderia ser minha culpa, Franco? — Celina respondeu, girando para encará-lo, as bochechas vermelhas de raiva e calor.
Ele deu de ombros, um sorriso desdenhoso aparecendo em seu rosto.
— Você sempre tem que apressar as coisas, Celina. Talvez, se tivesse um pouco mais de paciência...
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ғᴏɢᴏ ᴇ sᴏᴍʙʀᴀ: contos Dark Romance
Short StoryDesejo e obscuridade andam lado a lado. Domine sua vontade ou deixe que ela domine você. Aqui há um compilado de contos dark romance recheados do mais intenso sentimento, histórias envolventes e bem luxúricas que deixaram qualquer leitor com vontad...