𝒞𝒶𝓅𝒾‌𝓉𝓊𝓁𝑜 𝐼𝐼𝐼

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"𝐴𝑠 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑒̂𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛𝑜́𝑠 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙. 𝐵𝑜𝑚, 𝑛𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑑𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠."

• 𝐿𝑢𝑛𝑎 𝐿𝑜𝑣𝑒𝑔𝑜𝑜𝑑

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No nascer do sol, a luz suave invade o quarto, criando um ambiente acolhedor e tranquilo. Sana, ainda sonolenta, se mexe na cama, despertando lentamente. Quando finalmente abre os olhos, é recebida pela visão de Akane, cujos braços a envolvem carinhosamente. A beleza da japonesa é ainda mais impressionante enquanto dorme, com traços serenos que fazem o coração de Sana acelerar. Ao sentir a necessidade de tocar aquela face adorável, Sana levanta a mão para acariciar o rosto de Akane. No entanto, antes que possa completar o gesto, Akane segura sua mão delicadamente, impedindo ela.

— O que pensa que está fazendo? - Akane diz com os olhos fechados.

— Ia tirar essa mecha de cabelo que está no seu rosto - Mentiu descaradamente, óbvio que ela não iria dizer o real motivo.

— Nunca mais faça isso. - A mulher abre os olhos.

— Por que você é assim?

— Sou normal, não tenho culpa que você me irrita.

— Solta minha mão.

— Não, esqueceu? Precisa recarregar.

— Certo, como eu vim para seus braços?

— Não se lembra? Você segurou meu pulso e me puxou.

— Céus, devo ter bebido demais.

— Agora vai reclamar com o seu Ser Superior?

— O quê? Por que faria isso?

— A maioria da humanidade reclama com Ele sobre a vida patética que elas levam, mas o real motivo da vida dessas pessoas serem horríveis e deploráveis são elas mesmas. Por isso todos são insignificantes para mim, se eu pudesse, matava todos.

— Se eu fosse reclamar de algo, não seria sobre ter bebido demais.

— Seria o que então?

— Não quero falar.

— Deixa eu adivinhar, é sobre promessa que não são cumpridas?

— Sim.

— Olha, eu tenho uma vida fora daqui, você acha que eu não tenho nada para fazer?

— Não estou chateada por causa disso, estou chateada porque você prometeu que ficaria comigo, então se não iria cumprir, por que prometeu?

— Porque eu sempre estou com você, independente de tudo.

— Não, você não está comigo independente de tudo, você não está fisicamente.

— Por que você tem problema com isso?!

— Porque meus pais prometeram voltar para casa, sabe o que aconteceu!? Eles morreram em um acidente de carro! Por isso odeio que me prometam algo, porque as pessoas morrem logo após, e se você morrer?! Eu não quero ficar sozinha... - Sana derrama algumas lágrimas. - Não espero que você entenda, afinal, você não tem coração e muito menos compaixão.

A garota sai do quarto, e Akane permanece parada, como uma estátua de emoções contidas. O silêncio é denso, e a expectativa de palavras duras que costumavam sair da boca da mulher paira no ar, mas nada acontece. Em vez de uma resposta cruel, lágrimas começam a escorregar pelo rosto de Akane, um sinal de vulnerabilidade que ela não esperava mostrar. Após alguns instantes, ela limpa o rosto com um gesto brusco e olha fixamente para sua própria mão, como se estivesse tentando entender o que estava acontecendo dentro dela.

Não me chame de anjo (Imagine Sana) Onde histórias criam vida. Descubra agora