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Estava sentada em um banco pequeno de madeira fazendo minhas unhas com a Laura, quando a imagem daquele homem misterioso do dia anterior veio à minha cabeça. A forma como ele me puxou da rua me encostou na parede toda vez que minha mente focava nisso eu sentia meu coração acelerar. Nunca fui o tipo de mulher de ficar pensando em um homem por horas. Na verdade, eu nunca sequer incluí um em minha vida. Sempre fui uma garota fechada pra amor. Que segue os próprios instintos. A maioria das vezes só pensava em trabalho, em conseguir minhas próprias coisas. Que usava isso como último tópico, mas desde aquele acontecimento meus pensamentos se resumem nele.
Laura: Oi, terra chamando Sophia - Ela tava estralando os dedos em minha frente me tirando dos devaneios. - Tá perdida aí
Eu: Estava - Sorrir- Desculpa, o que você dizia?!
Laura: Perguntei se você achou um trabalho- Me olhou serrando as próprias unhas
Eu: Sim, eu vou trabalhar no Garrison- Respondi secando minhas unhas. Elas estavam em uma tinta de cor vermelho sangue.
Laura: No Garrison? Aí mds Sophia, você não sabe na encrenca que tá se metendo. Lá é dos Peaky Blinders. Eles vão comer você viva, esses gangsters não prestam - Alertou.
Eu: Sabe o Maximilian falou para mim ter cuidado com um tal de Thomas Shelby, quem é esse homem?- perguntei curiosa.
Laura: E o líder da família Shelby, o chefe dos Peaky Blinders. Um cigano, trapaceiro que cresceu de forma ilegal no ramo dos negócios. Hoje em dia toda Birmingham o teme. - Explicou. - Tome muito cuidado
Eu: Pode deixar, vou evitar ao máximo topar com esse homem. Eu fui lá naquele dia mas não o vi
Laura: Sorte a sua né amiga - Foi recolhendo as coisas- Mas vamos temos que nos arrumar, hoje vai ter show no montanhês. A Diana vai dançar, eu quero muito ver, você vai?
Eu: Vou sim- Afirmei.
Laura: Te espero lá então - A loira me deu tchau e saiu fechando a porta.
Foi quando eu percebi que ainda estava de toalha pelo quarto. Tinha acabado de tomar banho quando a Laura chegou para fazer as unhas, meus cabelos escuros estavam em um coque frouxo meio bagunçado. Me levantei do banquinho, sentindo um leve incômodo na coluna por ter ficado na mesma posição por muito tempo. Dei uma alongada esticando meus braços, indo até meu guarda-roupa e abri vendo qual vestido usaria. Era 18:00 horas, faltava uma hora para o show começar. Eu tava super indecisa com qual vestido usaria. Estava entre um preto básico e um vermelho. Mas no final acabei escolhendo o vermelho. Que era aberto nas coxas com uma calda de sereia.
Eu: Vai ser esse mesmo -dei um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.
Deixei ele em cima da cama e peguei meu hidrante sobre a cômoda, passei por todo meu corpo. Deixando minha pele macia com um aroma adocicado de frutas vermelhas. Celei com perfume que tinha a mesma fragrância, assim ele ficaria com aquele cheiro maravilhoso por um tempão. Eu amava andar toda perfumada, queria o tempo inteiro estar sempre banhada e bem arrumada. Fiz um make para noite, por fim soltei meus cabelos lisos. Passei levemente a escova sobre ele, para manter acentuado. Retirei a toalha do meu corpo, peguei minha calcinha vermelha e vesti. Colocando o vestido vermelho aveludado logo em seguida. Ele deixou cada curva minha bem marcada, como se fosse um violão bem esculpido", calcei meu salto que era da mesma cor do vestido. E como comprimento coloquei um casaco branco.
