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ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 01-> Fugir ou morrer
𝐒𝐨𝐩𝐡𝐢𝐚 𝐃𝐢𝐋𝐚𝐮𝐫𝐞𝐧𝐭𝐢𝐬 𝓅.𝑜.𝓋


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Eu sempre vivi uma vida baseada em perigo e ação. Não tinha nada de calmo ou puro. Desde que me entendo por gente e hoje em dia não é diferente. Minha vida está por um fio, por me meter em coisa errada. Nesse exato momento estou jogando todas as minhas roupas em uma mala velha que eu tinha guardada. Para que pudesse ir embora de Nova Orleans. O lugar onde nasci e cresci até meus 20 anos.

O motivo? Eu sou agente de uma organização secreta chamada Blackout. Em um dia qualquer fui escalada para uma missão em Nova York, para pegar uns documentos valiosos para minha agência. Desde o início eu comecei a suspeitar daquela missão, senti um mal pressentimento. E uma intuição nada boa sobre isso. Minha intuição nunca falha! Eles não me deram nem metade das informações que eu queria para que eu executasse. No caso, de quem eu devo pegar os documentos? Oque diz neles? Porque tenho que proteger como se fosse minha vida. Apenas disseram que se algo acontecesse eu estaria na rua. Até aí não era nada demais. Uma ameaça de ser demitida não era grande coisa. O problema era oque estava por vir. A missão foi um verdadeiro fracasso, eu quase fui pega. Recebi um tiro nas costas, que por sorte não foi fatal. E quase não consegui sair viva da cidade por ser perseguida. Tudo para manter aqueles benditos documentos a salvo", durante o caminho ao pegar o trem para Nova Orleans. Eu li todos aqueles papéis. Não por curiosidade, mas sim porque senti que minha vida estava a base disso. Foi dito e certo. Na papelada continha números de contas bancárias. Extratos de altas quantias de dinheiros, nomes de pessoas. Era um dossie completo.

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Ao retornar a Nova Orleans eu fiz uma cópia de toda aquela papelada e a mantive guardada comigo. Após isso entreguei os documentos aos meus superiores. Acham que recebi algum agradecimento? Nenhum. Mas eu pouco me importei. Fiz oque tinha que fazer e me retirei da sala deles. Porém, no meio do caminho me lembrei que tinha esquecido minha carteira lá dentro. Que tinha uma pequena quantia de dinheiro lá dentro, para voltar para casa. Quando retornei para sala antes de entrar, pude ouvir meus chefes falando que não precisavam mais do meu serviço. Que eu sabia de mais, por isso tinha que morrer antes que trouxesse problemas.

Naquela hora eu senti meu coração errar as batidas, eu esqueci que eu tava com um ferimento nas costas, amarrado apenas por um pano qualquer. Tirei meus saltos e corri dali o mais rápido que pude. Meu corpo estava consumido por uma adrenalina tão grande. Que nem sequer olhava para trás, corria tentando desviar das pessoas ao máximo. Segurando a barra da minha saia para cima, para que ela ficasse da altura das minhas coxas, assim eu poderia correr melhor. Quando eu cheguei meu corpo estava suado, minha respiração acelerada. E meu peito subia e descia de pura exaustão.

Eu: Eu preciso ir embora daqui o mais rápido possível - ditei a mim mesma, enquanto terminava de arrumar minha mala.

Depois que arrumei minha mala, eu escutei batidas nas portas. Era o Devon o meu chefe, eu sabia pois tinha visto brevemente pelo canto da cortina da minha janela.

Eu mantive a calma, peguei a colcha da minha cama, passei ao redor dos ferros da minha mala. E amarrei nas minhas costas, dei a volta no meu quarto, até uma janela, que dava direto para o quintal da minha vizinha. Desci por uma árvore. Sai correndo, por dentro da casa dela. Ela me olhou da cozinha sem entender nada, mas tudo que pude fazer foi pedir para que ela fizesse silêncio. Antes de sair pela sua porta e correr para rua. Era tudo ou nada. Chamei um táxi fazendo sinal com a mão e o motorista parou bem ao meu lado.

?: Para onde moça?- Perguntou.

Eu: Estação de trem por favor - Entrei no carro.

O motorista acelerou o carro me levando para estação. Durante o caminho eu tirei minha mala das costas, e abri para ver o quanto de dinheiro que eu tinha. Por conta do meu trabalho eu tive boas economias. Daria para pagar minha viagem e achar um lugar para morar até arrumar um novo emprego.

Ele parou o carro em frente a estação. Eu agradeci, paguei a quantia dos seus serviços e fui para dentro da estação. Por sorte, havia um trem que estava prestes a sair. Me apressei para comprar uma passagem. Indo em direção ao cobrador que estava na porta. As pessoas me olhavam julgando o fato de eu estar descauso, também porquê minha mala era velha e meus cabelos estavam bagunçados. Mas eu tentava não ligar para aquilo.

Cobrador- Boa tarde- Me olhou pegando a passagem da minha mão.

Eu: Boa tarde, para onde esse trem vai senhor?- O olhei esperando sua resposta.

Cobrador: Birmingham a Inglaterra - Respondeu, antes de estender a mão para pegar meus documentos. Ele me olhou brevemente e me deixou entrar no trem.

Busquei uma cabine vazia e me instalei. Colocando minha mala em um banco de frente para mim. Não tinha a intenção de me largar dela nem por um segundo sequer", Respirei fundo aliviada, por ver que o trem já estava saindo. Realmente tinha conseguido fugir. A ficha nem estava caindo ainda...parecia que nada na minha vida dava certo, recebia uma micharia no serviço ainda por cima tentavam me matar. Não tinha uma condição boa financeira e tava indo para um local no qual eu nunca fui na vida. Oque mais poderia dá errado?.

Durante esse pequeno período meu corpo foi relaxando, na hora comecei a sentir uma dor aguda vindo do meu ferimento nas costas. Meu sangue tinha esfriado. Meu corpo inteiro doía, mas nada em comparação às minhas costas. Eu peguei minha mala e indo para o banheiro do trem. Travei a fechadura. Tirei minha camisa, virando de costas para o espelho. Assim eu poderia ver o machucado, no qual estava bem feio e sangrando...abri a minha mala. Peguei um kit de primeiros socorros que eu tinha. Segurei um pequeno bisturi e higienizei ele. Com a lâmina consegui retirar a bala das minhas costas que não estava alojada e joguei dentro da privada. Em seguida tratei o machucado, costurei. Mordendo meus lábios com tanta força que pude sentir levemente o gosto de sangue sobre a boca. Tudo para que não fizesse barulho. Fiz o mais rápido que consegui e passei a fita com as gases.

Eu: Finalmente - Relaxei ao ver que tinha terminado de cuidar do meu machucado.

Coloquei minha blusa novamente por sorte, por ser um azul escuro não dava para perceber as marcas de sangue sujas nela. Logo após voltei para minha cabine, travei a porta e tentei dormir um pouco durante o caminho. Pois seria quase um dia inteiro de viagem.

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𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘  -> 𝒕𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔 𝑺𝒉𝒆𝒍𝒃𝒚 Onde histórias criam vida. Descubra agora