Capítulo 21 - Não é isso que dizem

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Addison

-Montgomery -Uma voz chama minha atenção, me fazendo virar.
-Amélia -Sorrio. -Chegou cedo, hein -Ela sorri, se gabando.
-Viu, eu tô evoluindo! -Nego, rindo.
-Ah, sim -Suspiro. Fechando a ficha do paciente. -Está sim!
-Vem cá, preciso falar contigo -Sai me puxando.
-Lá vem -Suspiro.
-Dormiu com Meredith? -Fecho os olhos por alguns segundos, abrindo logo em seguida.
-Em que sentido? -Levanto a sobrancelha, e não paramos de andar. Pelo visto ela está indo para a sala de Richard, já que este é o caminho.
-Não se faça de boba, sei que não e é -Suspiro.
-Errada você não está, de boba eu só tenho a mão -Pisco para ela, que ri.
-Realmente... Mas não fuja do assunto, me responda -Concordo.
-Sim, minha filha, eu transei com a Grey! -Ela bate palminhas, dando um sorriso convencido.
-SABIA! -Gritou, me fazendo dar um tapa nela.
-Fala baixo, porra
-Me desculpe -Pede, mas eu sei que ela está muito feliz. -Mas eu já sabia -Se gaba.
-Claro que sabia, você estava na casa -Ela concorda.
-Sim, mas eu não ouvi nada, graças a Deus -Rio. -Só que Meredith é bem mal humorada de manhã, e hoje ela estava mais calminha -Levanto a sobrancelha.
-Onde quem chegar com isso?
-Nada... Apenas que teu chá de buceta acalma a Grey! -Arregalo os olhos.
-Amélia! -Falo entre os dentes, batendo nela novamente.
-O que? Estou mentindo? -Suspiro, apenas ignorando.
-Vou passar a te ignorar!
-Você não consegue, você me ama -Concordo.
-Você que acha -Ela se faz de ofendida.
-Não me ama, é? -Rio.
-Claro que amo!
-Eu sei, só que ouvir sair da sua boca -Joga beijo, me fazendo rir.
-Amélia, só uma coisa -Chego mais perto dela.

-Sim?-Não conte a ninguém! Okay?-Eu vou contar para quem? Nessa cidade meus amigos são literalmente você, Teddy e Callie e Meredith! -Suspira

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-Sim?
-Não conte a ninguém! Okay?
-Eu vou contar para quem? Nessa cidade meus amigos são literalmente você, Teddy e Callie e Meredith! -Suspira. -E todas essas já sabem a verdade -Levanto a sobrancelha.
-Que verdade?
-Que vocês se amam! -Reviro os olhos.
-Vá arrumar algo para fazer, vá -Ela ri.
-Sua sorte, é que tenho algo para fazer mesmo -Fala parando na frente da porta de Richard.
-Vou ter paz por um tempo, graças a Deus -Levanto as mãos para o alto, fazendo ela me xingar de qualquer coisa.
-Não por muito tempo querida -Bate na porta de Richard, e logo escutamos o "entre". -Até -Me joga beijo.
-Até, chata -Jogo de volta o beijo.

Amélia é maluca -sempre foi-, e isso fez com que eu acabasse sendo um pouco maluca também. Mas eu, graças a Deus, nunca fumei nenhuma droga.
Como eu já disse, Amélia e eu somos praticamente irmãs, então provocar uma a outra é o nosso dom.

[...]

iluminada por luzes fortes. A paciente está deitada na mesa, prestes a passar por uma cesariana. O som dos monitores cardíacos e o leve zumbido dos equipamentos cirúrgicos preenchem o ar. Normalmente cuido de mãe grávidas com algum problema, mas as vezes faço partos "normais".

-Todos prontos? Como estão os sinais vitais da paciente? -Pergunto.
-Sinais vitais estáveis, Dra. Montgomery. Frequência cardíaca da mãe e do bebê dentro do esperado -Responde a enfermeira.
-Ótimo -Olho para a paciente, deitada com seu marido ao lado. -Como está se sentindo, Mariana?
-Um pouco nervosa, doutora, mas confio em vocês
-Isso é completamente normal, Mariana. Estamos todos aqui para cuidar de você e do seu bebê. Vamos começar com a anestesia agora, e você não vai sentir dor, apenas uma pressão -Olho para a anestesista. -Pronto para aplicar?
-Sim, Dra. Montgomery! -Começa a injetar a anestesia. -Como está se sentindo agora, Mariana?
-Já estou sentindo minhas pernas dormentes
-Perfeito. Vamos começar o procedimento. Lembre-se, se sentir qualquer desconforto, avise imediatamente, está bem?
-Certo, doutora.
-Equipe, vamos fazer a incisão. Bisturi, por favor -Pego o bisturi, fazendo cortes leves e calmos. -Tudo está indo bem, Mariana. Em alguns minutos, você vai conhecer seu bebê
-Todos os instrumentos prontos, doutora -Responde a enfermeira.
-Obrigada, Clara -Faço a incisão com precisão, enquanto converso tranquilamente com a equipe para manter o ambiente calmo. -A bolsa amniótica está intacta. Vamos devagar aqui...
-Pressão da paciente está boa, Dra. Ana. Nenhuma alteração significativa. -Responde a anestesista.
-Ótimo, vamos continuar -Após alguns momentos, eu olho para a equipe e sorrio com os olhos novamente. -Aqui está ele! -Pego o bebê e levanto suavemente para que a equipe veja- Um lindo menino!
-Já nasceu? Ele está bem? -Pergunta a mãe.
-Sim, ele está ótimo. Agora vamos limpar e verificar o bebê -Entrego o bebê para a enfermeira pediátrica. -Ele já vai estar nos seus braços em poucos minutos.
-Bebê está respirando bem, peso normal. Vamos fazer as medições enquanto a Dra. Montgomery termina o procedimento -Responde a enfermeira.
-Agora, Mariana, estou terminando aqui. Tudo correu perfeitamente. Parabéns, mamãe!
-Obrigada, doutora. Não sei como agradecer a vocês
Você fez um excelente trabalho também. Agora relaxe e aproveite esse momento com seu filho -A enfermeira traz o bebê, enrolado em uma manta, e o coloca nos braços de Mariana. Percebi o alívio em sua face ao olhar para o filho.

O resto foi fácil, era só fechar tudo e estávamos liberados.

-Onde estava? -Chega Amélia, começando a andar ao meu lado.
-Em cirurgia!
-Dificil? -Nego.
-Estava precisando de algo leve -Suspiro. -Fiz apenas um parto -Amélia concorda.
-Deu tudo certo então? -Concordo, sorrindo.
-Um menino lindo nasceu! -Amélia sorri, e nos sentamos na mesa do refeitório. -Vai lá pegar um café para nós -Ela me olha, levantando uma sobrancelha.
-Por que eu?
-Porque eu estava em cirurgia!
-Você é chata, hein -Rio, vendo ela levantar.
-Dizem isso sempre -Ela ri, e logo depois volta com os cafés. -Obrigadinha!
-Por nada, chatice -Rio.
-Mas então... O que aconteceu lá dentro?
-Nada demais, querida -Toma um gole. -Apenas que a Shepherd aqui é oficialmente médica daqui! -Sorrio, me levantando.
-Finalmente -Abraço ela.
-Eu sei, eu sei -Me abraça forte e logo me solta.
-Então... Vai continuar morando com Meredith? -Nega.
-Ainda não sei! -Suspira. -Não era os meus planos, já que Meredith já tem muito trabalho -Concordo. -Mas, por enquanto, eu ficarei lá!
-Tem a minha casa -Amélia sorri.
-Obrigada, querida -Agrada minha mão. -Mas meu objetivo não é dar trabalho para vocês -Concordo.
-Você sabe que não dá trabalho para mim -Ela sorri, e eu bebo outro gole de café.
-Você sempre diz isso -Concordo. -E eu sei que sempre que diz isso, quer dizer o contrário -Nego.
-Não fale besteira -Sou impedida de continuar a falar, já que o telefone de Amélia toca.
-Só um pouquinho... -Atende.

Desprendo a minha atenção de Amélia, e olho para a janela, olhando a vista lá de fora. Em Stalle vai começar o frio, logo, daqui a pouco começa a nevar.

-Era Meredith -Fala assim que desliga o celular, fazendo minha atenção voltar para ela novamente.
-Aconteceu algo? -Me preocupo, e ela nega.
-Zola está doente! -Concordo.
-Muito?
-Gripe, provavelmente! -Concordo. -Ela disse que ela está com febre, me pediu para levar remédio -Suspiro.
-Eu tenho aqui, quer levar? -Ela concorda.
-Por favor! -Entrego para ela. -Obrigada!
-Por nada, mande melhoras para ela -Amélia concorda, levantando-se.
-Você trabalha por dois dias? -Concordo.
-Infelizmente sim!
-Tudo bem... -Coloca a jaqueta. -Estou sem carro, posso ir com o seu? -Jogo a chave. -Você é um anjo!
-Não é isso que dizem -Nós rimos.
-Realmente... -Se aproxima, deixando um beijo em minha testa. -Se conseguir, quando terminar o trabalho, passa lá -Pisca para mim, saindo. Sem me dar nenhuma chance de responder ela.
-Doutora -Olho para o interno, que para ao meu lado. -Temos um problema com a paciente da sala 4 -Suspiro.
-Vamos lá... -Começo a andar, com ele ao meu lado, me falando sobre tudo.

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Eai, bão? Resolvi voltar antes das provas! Agora sim, só volto quinta-feira provavelmente.
VOTEM E COMENTEM, BEBÊS ❤️

Ex-esposa do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora