— Izuku?...
Uma voz gentil e serena ecoou pela casa onde eu estava, eu me encontrava sentado de frente para uma televisão antiga onde passava um desenho de super heróis de um DVD que não vendia mais há muitos anos.
Um desenho de super heróis que eu amava quando eu era pequeno, estranho.
Me levantei e tentei seguir a voz que me parecia famíliar, ficava cada vez mais baixa, como se estivesse se afastando, eu sentia um desespero crescer dentro de meu interior, não sabia o porquê de estar assim. Não sabia o porquê de eu estar correndo por aquele corredor que o chão fazia um barulhão quando eu corria, mas agora ele não está mais barulhento, agora eu não escuto nada, absolutamente nada.
O corredor não parecia ter um fim, e eu acho que naquele dia eu preferia que não tivesse. Eu preferiria nunca nem ter saído daquela sala, e nem mesmo ter voltado da escola aquele dia, aquele maldito dia.
De repente eu não conseguia mais correr, nem sequer me mexer, eu sentia um desespero ainda maior se formar no meu peito, e eu não sabia o porquê.
Até que eu vi, eu vi aquela cena que todas as noites eu implorava para não ter de ver novamente, uma angústia cresceu dentro do meu peito, uma poça de sangue fresco estava manchando o tapete da cozinha, não conseguia prestar atenção em mais nada ao não ser a mulher que estava diante de mim e que um dia pareceu tão bem, minha mãe com uma faca na mão pingando do seu sangue, ela estava de bruços no chão quase sem vida. Senti uma vontade enorme de vomitar tudo o que tinha comido naquele dia.
— izuku, eu sinto m-muito... — ela disse com uma voz quase inexistente e coberta de culpa e sofrimento.
— mamãe...?
...
Acordei sentindo minha garganta fechar e a falar de ar começar a ser presente, minha camisa estava molhada de suor e meu rosto de lágrimas grossas que não paravam de sair. Minha visão estava embaçada e turva.
Limpei meu rosto tentando me acalmar, mas não adiantou muita coisa.
Mas aos poucos eu fui conseguindo me acalmar, bebi o copo de água já pela metade que provavelmente estava lá a mais de 2 dias, mas não estava ligando muito no momento.
Lembrei do sonho que tive minutos atrás, um pesadelo horrível pra ser sincero. Desde aquele dia eu sonhava com esse dia todas as vezes que eu fechava os olhos para dormir, e geralmente eu acordo desse mesmo jeito em que estou agora, as vezes eu acordo "melhor" em comparação a como eu estou agora, e as vezes eu acordo pior, mas em todas as vezes eu sinto raiva... Não consigo explicar, acho que nem deve ser raiva de verdade, apenas... Algo dentro do meu peito que quer sair mas não consegue.
No dia que esse sentimento sair, talvez eu consiga dormir bem denovo.
/
Continua
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não tenha mais medo de mim.
FanfictionBakugo finalmente decide parar de deixar seu ego o controlar. E decide pedir perdão a izuku por tudo que fez a ele. Mas não esperava ver izuku no seu pior estado. - izuku?...