desconhecido (segundo contato)

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Ok, agora finalmente aquele completo desconhecido do capítulo anterior, não era mais um completo... Apenas um desconhecido comum que você olha na rua.
E foi assim que a gente se viu pela segunda vez. Eu tava voltando da escola meio-dia e um sol muito quente aqui no Pará e quando o meu mototáxi dobrou para irmos para minha casa, a gente tava na rua da pracinha no qual eu joguei vôlei há dois anos atrás com minha melhor amiga e aquele desconhecido. Claro que eu vi ele.
É que aparentemente me reconheceu, só que a gente não ia se falar só por conta disso (né?).
Além do mais, eu tava indo para casa e tava de moto... Depois disso eu lembrei da onde conheci o garoto. Eu fiquei um tempo tentando lembrar da onde eu tinha visto aquele rosto, tive certeza. Foi no vôlei.

Depois de algum tempo já tava quase esquecendo esse acontecimento, só que ele não me permitiu... Eu vi ele no supermercado e foi muito mais estranho do que mais outras vezes. A minha mãe foi para uma parte do supermercado e pediu para eu pegar a batata para ela. Peguei uma sacola e comecei a separar as batatas. Quando de repente eu vi um menino que aparentemente tinha acabado de entrar no supermercado, sem cestinha e muito menos carrinho. Ele me olha com uma cara um pouco assustada e eu retribuo o olhar.
Claro que marca que não queria me reconheceu. Não nos falamos. Só que eu combinei comigo mesmo que eu não ia ficar pensando muito sobre. E agora eu tô fazendo fanfic...

Uma das poucas coisas que eu me lembro de dois anos atrás, era que ele meio que trabalhava. Sim, ele tem entre 13 e 14 anos.
E a questão é que naquele mesmo ano (2022), ele parou de fazer tudo na sua vida só para jogar vôlei, se divertir com um amigo e duas desconhecidas na praça.

Depois de um tempo no supermercado, eu reparei que ele tava com a irmã e a mãe.
A irmã dele tinha mais ou menos uns três anos e ela tava falando para mãe ir para o irmão que queria um suquinho de caixinha do sabor uva. Ele tava com dinheiro na mão, então sim, a lembrança que eu tinha dele trabalhar era real.
Eu lembro que a mãe nem tentou acalmar a menina, ele se abaixou e conversou com ela como se realmente a entendesse... Foi como mágica, ele entendeu ele e ele e ela.
A mãe só observou por alguns segundos e depois virou o olhar. A gente já tava na fila.
Ele tava na fila do meu lado. Ele foi para o caixa primeiro que eu, eu não lembro exatamente o valor da conta mas deu mais ou menos uns r$ 16...

Eu também lembro que ele deixou a irmãzinha dele ficar com o suco dele porque ele provavelmente não tinha dinheiro para os dois. Não sei porquê, mas na hora que eu quiser abraçá-lo. Eu não tenho nenhum tipo de intimidade com ele!
Mesmo a gente se conhecendo há dois anos,é como se a gente nunca tivesse se visto na vida... É como se a gente nunca tivesse contato.

e foi assim...Onde histórias criam vida. Descubra agora