🌺 | Onde Maria precisa voltar para casa de sua mãe após a perca de sua avó. Mas em meio ao caos que sua vida se encontra, o imprevisível acontece e uma pessoa inesperada é a única capaz de trazê-la a felicidade que tanto procurou em meio ao imprevi...
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MARIA M A C E D O
Sou acordada por gritos estridentes ecoando por toda a casa, me levantei apressada e fui em direção ao quarto no fim do corredor tomada por um desespero ao reconhecer os gritos da mamãe, isso não pode estar acontecendo.
Por favor, por favor, por favor senhor.
Lembranças assombram minha mente, posso sentir um embrulho no estômago e a ânsia de vômito que o acompanha é um sentimento familiar mas que a um bom tempo foi esquecido – e Deus sabe o quanto eu queria que continuasse assim – eu poderia a confortar e ajudá-la. Sim, isso seria bom.
Seguro com força a maçaneta da porta e trêmula tento me acalmar antes de abri-la e adentrar no cômodo onde posso ver minha mãe debruçada sobre a cama gritando e chorando.
Lúcios está ao seu lado tentando acalmá-la e então solto o ar que não sabia que estava segurando até o momento, ele não fez nada está tudo – ou quase – bem. Mais gritos e então me desperto e vou em direção a minha mãe assustada, ela pareceu estar com dor.
— Mamãe! Mamãe! ‐ Corri até ela e a abracei mas ela pareceu se desesperar mais ainda e começou a me bater esperneando.
— SAI DAQUI! ME SOLTA, ME SOLTA. – Ela chorava em desespero se debatendo em meus abraços então a afastei de mim.
Não consegui ver ela daquele jeito e não fazer nada, pude sentir as lágrimas se acumularem em meus olhos enquanto um nó se formava em minha garganta. Não, não posso deixá-la, minha mãe precisa de alguém com ela agora.
Lúcios parece perceber o quão alterada ela está pois me afasta e murmura algo sobre estar tudo bem e que eu deveria deixar que ele a ajude e sair.
Não, eu tenho que fazer isso. Nós nos ajudamos e sempre foi assim, isso não é responsabilidade dele e sim minha, não importa se estamos distantes uma da outra eu sempre estarei aqui por ela e ela por mim, é a única coisa da qual eu posso ter certeza.
— Mãe, calma eu vo- – Não posso ao menos terminar antes dela desferir um tapa em meu rosto, olhei para ela em choque e me encolhi assustada.
Lúcios pareci tão aflito quanto eu mas rapidamente me afastou dizendo que agora ela não estava bem e o melhor era que eu voltasse para o meu quarto depois iria conversar comigo e explicar a situação.
Eu não queria mas fiquei assustada, ainda tremendo continuei estática no lugar em que ele me deixou, não posso aceitar que isso esteja acontecendo só pode ser algum sonho ruim, é isso, agora eu vou acordar e vou estar com minha avó em sua casa comendo bolo e biscoitos com meus amigos.
— SAI – Gritou alterada, me tirando de minhas ilusões — Eu não suporto te olhar, você é como ele! É como se eu estivesse olhando pra ele todos os dias. Um erro isso que você é, uma lembrança constante de tudo. SAI DAQUI!
— Elena! – Lúcios a repreendeu começando a falar que ela deveria se acalmar, fui incapaz de escutar qualquer outra coisa um zumbido tomou conta de meus ouvidos e um sentimento de decepção e mágoa me atingiu. Eu nunca iria esperar isso dela, a mulher que me deu a vida por anos me defendeu e deu tudo de si para me criar, educar, amar.
Como ela pode dizer isso? Eu nunca vou ser como ele, não importa o que aconteça eu não sou e nunca serei parecida com ele.
Corri o mais rápido possível daquele quarto e daquela casa, eu quero fugir de tudo é impossível continua fingindo que estou bem e tentar evitar que coisas assim aconteçam.
Seria melhor nunca ter vindo pra cá mas achei que poderia me reaproximar da minha mãe que ela desejava me ter por perto. Não quero voltar e mesmo se eu voltasse isso não iria mudar em nada, ela já disse tudo que pensava sobre mim e deixou bem claro que não me quer perto dela que não me deseja, sou apenas uma bagagem que está ocupando espaço em sua vida.
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– Vocês preferem capítulos mais curtos como esse ou maiores?
– Minha declaração sobre o capítulo:
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