16_ Eu me importo

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Maya

- Oi, linda! - disse Erick, com um sorriso.

- Oi, princesinha. - Ryan completou, piscando.

- Oi, gatinha! - Arthur riu pra mim.

- Oi, maninha chata. - Levi brincou, fazendo uma careta.

Todos me cumprimentaram, exceto Dante. E o foda-se?

- Oi, gente! Arthur, você viu o garoto de capuz? Aquele lá, sabe? - perguntei, a preocupação estampada no rosto.

Arthur pareceu surpreso com a minha pergunta.

- Não vi. Mas ouvi dizer que ele se afastou da escola por causa das garotas. Fiquei sabendo que ele estava passando por um momento difícil.

Meu coração apertou ao ouvir isso.

- Eu preciso encontrá-lo! - declarei, determinada.

- E como você pretende fazer isso? - Arthur perguntou, levantando uma sobrancelha.

- Vou perguntar sobre ele no intervalo. Ele precisa de ajuda, não podemos deixar essa situação continuar assim.

Arthur balançou a cabeça em surpresa.

- Você é intensa, Maya. Gosto disso. - Ele sorriu, mas eu não tinha tempo para elogios, precisava agir.

Dante soltou uma risadinha sarcástica. Olhei para ele e indaguei:

- Por que você está rindo? Não entendi qual é a graça.

Assim que terminei de falar, deixei-os para trás e fui em direção ao jardim da escola na esperança de encontrar o garoto. Olhei ao redor enquanto os alunos se dispersavam e, então, no canto do meu olho, avistei uma silhueta familiar encostada em uma árvore: era ele, de capuz.

- Ei! - gritei enquanto me aproximava.

Ele ergueu o olhar, expressando um misto de surpresa e receio.

- Posso falar com você?

Ele hesitou, mas acenou com a cabeça, ainda sem se revelar completamente. Quando ele ergueu um pouco a cabeça, consegui notar vários machucados em seu rosto.

Aquelas filhas da puta bateram nele?!

- O triozinho da Agatha te agrediu? - Perguntei.

- Não, não...

- Ei, eu sei que bateram sim! Deixa eu ajudar você...

- Você não sabe do que está falando. - Ele respondeu, com a voz baixa e trêmula. - As coisas nunca vão mudar.

- Não seja tão duro consigo mesmo! - Implorei. - Existem pessoas que se importam. Eu me importo.

Ele hesitou novamente, e percebi que precisava de um empurrãozinho.

- Vamos dar uma volta? - Sugeri. - Posso te mostrar que há um lado bom na escola, mesmo que pareça difícil de acreditar.

A princípio, ele hesitou, mas logo concordou. Saímos do jardim e começamos a caminhar.

- Você parece ser diferente... Qual é o seu nome? - Ele perguntou.

- Maya, e você?

- Pablo. Nome bonito o seu, amiga. Combina com você.

- Valeu! O seu também é legal!

Estávamos conversando tranquilamente quando ouvi risadas altas. Olhei para o lado e vi Agatha e suas amigas se aproximando de nós.

- Olha quem temos aqui! - Agatha gritou. - O que você está fazendo com esse garoto ridículo, Maya?

A raiva borbulhou dentro de mim.

- Agatha, você não vê que está incomodando? - Eu disse.

O garoto ao meu lado parecia querer se esconder.

- Dois ridículos juntos. Ridículos, totalmente ridículos. - Caroline comentou sarcasticamente.

- Você devia ir embora antes que faça mais papel de trouxa. - Agatha disse, com um sorriso sarcástico.

- Não, quem deve ir embora é você. Ele não vai deixar você estragar o dia dele, assim como eu não vou deixar que você estrague o meu. - Respondi desafiadoramente.

Nesse momento, a voz do idiota do namorado da Agatha cortou o ar:

- Que porra está acontecendo aqui?
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Continua...

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⏰ Última atualização: 9 hours ago ⏰

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