Já estamos na décima estação
E não conseguimos parar
Meu corpo está dormente
Percebo o quão pesado seu corpo é
Está tão quente
Há suor nos olhos
No pescoço
Nas pernas
O sol de outubro nos castiga
Mas não quero me mexer
Ninguém quer
Tudo parece perfeito
Como alguém tão grande pode parecer tão pequeno de repente?
Décima segunda estação
Minhas coxas estão vermelhas
Sua respiração é pesada
Décima quarta estação
Seu lábios roçam minha pele
O assento é desconfortável
Mas
Sua mão está em meu joelho
Meus dedos continuam se perdendo nos caracóis de seus cabelos
Seu perfume é forte e inebriante
Décima sexta estação
Décima nona estação
Quase a estação vinte
O trem para de uma vez
Minha cabeça bate na altura do banco
Eu grito
Ele acorda
Maldita estação