2 - O nortenho e o sulista

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Na manhã em que o corvo do rei chegou aos portões de Winterfell, o céu estava cinzento e carregado de nuvens pesadas, prometendo uma nevasca iminente. O lorde Stark estava em seu escritório, concentrado nos pergaminhos de suprimentos e colheitas para garantir que o Norte suportasse o inverno, quando um mensageiro adentrou apressadamente, segurando um pequeno rolo selado com o símbolo da coroa.

Quebrando o selo de cera, o lorde Stark desenrolou o pergaminho e leu as palavras que traziam um anúncio inesperado: o rei de Westeros propunha uma união entre a Casa Stark e a Casa Targaryen. Seu filho, Jimin Targaryen, seria dado em casamento a seu filho Jungkook. As palavras pesavam, trazendo à tona uma série de pensamentos e preocupações.

O lorde Stark sabia que esta não era apenas uma proposta de aliança matrimonial. Havia mais em jogo. Jimin Targaryen não era apenas um jovem da família real. Ele era o cavaleiro de um dragão adulto, uma criatura poderosa, com um poder devastador que podia ser tanto uma benção quanto uma ameaça.

A presença de um dragão em terras nortenhas, sob a proteção e o comando da Casa Stark, poderia mudar o equilíbrio de forças nos Sete Reinos, garantindo ao Norte uma defesa incomparável contra qualquer invasão.

Com o coração pesado pelas implicações da proposta, o lorde Stark convocou os homens de sua confiança para uma reunião no salão menor de Winterfell. Ao redor da mesa de pedra estavam reunidos seus conselheiros mais sábios, os mestres e os líderes das casas vassalas que formavam o núcleo de seu conselho de guerra e estratégia.

Assim que todos se acomodaram, o lorde Stark levantou-se, segurando a mensagem do rei em mãos. Sua voz, forte e decidida, ressoou pelas paredes do salão de pedra.

— Recebemos uma proposta do rei. Ele deseja unir seu filho, Jimin Targaryen, ao meu filho Jungkook. —- Ele fez uma pausa, observando os rostos atentos ao seu redor. — Uma aliança entre o Norte e a casa dos dragões.

Os alfas ao redor da mesa trocaram olhares preocupados, murmurando entre si. Um dos conselheiros mais velhos, um homem de cabelos grisalhos e rosto marcado pelo tempo, quebrou o silêncio.

— Uma união poderosa, sem dúvida. Mas também arriscada, meu senhor. Os Targaryen têm um histórico de tratar o poder como uma chama a ser dominada. Um dragão no Norte... não é algo que possamos controlar com facilidade.

O lorde Stark assentiu, considerando as palavras. Outro dos líderes, um homem mais pragmático e de olhar afiado, interveio:

— É verdade. Mas pensem no que significa ter uma criatura como essa ao nosso lado. Um dragão adulto, uma força devastadora que poucos exércitos ousariam enfrentar. Se essa aliança se concretizar, teremos a proteção não apenas da coroa, mas do fogo e das garras de um dragão. Isso poderia garantir a segurança do Norte por gerações.

Os debates prosseguiram, alguns levantando preocupações sobre os riscos de confiar em uma casa que sempre se considerou superior aos outros reinos, enquanto outros enxergavam a oportunidade de fortalecimento e proteção que um dragão poderia trazer. A ideia de ter um aliado que voa nas costas de um monstro alado não era apenas uma questão de poder, mas de prestígio e dissuasão.

O lorde Stark ouviu cada argumento em silêncio, pesando cada palavra. Por fim, ergueu a mão, impondo ordem ao salão.

— É verdade que os Targaryen são diferentes de nós, que eles governam com fogo e sangue, enquanto aqui enfrentamos o gelo e a escuridão. — Ele fez uma pausa, observando cada homem à mesa. — Mas ter um dragão ao nosso lado nos dá uma vantagem que jamais tivemos. E se isso nos garante um futuro mais seguro para nossa casa e para o Norte, então não podemos ignorar o que nos é oferecido.

Graça Salvadora | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora