— Ei Harry... — Fred o chamou.
— Sabemos que você tem estado mal ultimamente... — George disse.
— E temos uma proposta.
Harry olha para cima, encarando os gêmeos com olhos semicerrados. Eles estão com sorrisos travessos combinando, como sempre, mas há um brilho astuto em seus olhos também. Harry fica instantaneamente em guarda, embora também esteja intrigado.
— Estou ouvindo — ele disse.
Aparentemente, era tudo o que os gêmeos precisavam, cada um deles agarra um braço e o iça para fora da cadeira, puxando-o atrás deles até que estivessem seguros no que parecia ser uma sala secreta escondida atrás de uma tapeçaria.
— Gente — Harry diz, respirando fundo algumas vezes para acalmar seu coração acelerado — Nada de tocar, lembra?
— Merda, desculpe... — George se desculpa imediatamente.
— Ficamos animados.
Para seu crédito, os gêmeos parecem genuinamente arrependidos. Ao menos eles o respeitam o suficiente para que raramente ultrapassem os seus limites, o que considerando que os dois Weasley parecem completamente adversos a autoridades e desdenhosos com limites alheios.
— Não se preocupem com isso — Harry diz, acenando para eles — Qual é a sua proposta?
Os sorrisos estão de volta. Com um floreio, Fred puxa um pedaço de papel esfarrapado.
— O que é isso? — Harry pergunta, olhando o pergaminho com alguma apreensão. Confiar cegamente nos gêmeos não é algo que qualquer um faça.
— É uma obra de arte incrível, como você nunca viu antes — Fred disse, olhando para o pergaminho com uma expressão afetuosa no rosto.
— É o nosso bem mais precioso — George continuou — e depois de cuidadosa consideração e muita deliberação, pensamos em emprestá-lo a você este ano — seus olhos azuis brilhando.
— Qual é a pegadinha? — perguntou Harry, levantando uma sobrancelha e se recostando na parede.
— Não é uma pegadinha, por si só...
— Só queríamos saber o que você poderia nos emprestar em troca — George disse com encolher de ombros falso.
— Primeiro preciso saber o que ele faz — retrucou Harry.
— Claro — George disse, suavemente obtendo sua varinha do nada e batendo-a no pergaminho. Harry observa, confuso, enquanto George continua — Eu juro solenemente que não estou aprontando nada de bom.
A perplexidade se transforma em espanto enquanto a tinta se espalha pelo papel, em finas linhas de aranha. Harry observa enquanto as palavras se formam na página: 'Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, Fornecedores de Auxílios para Criadores de Travessuras Mágicas, têm orgulho de apresentar: O MAPA DO MAROTO'
— Uau — disse Harry, mas eles ainda não terminaram.
Fred desdobra as páginas sem dizer nada. O queixo de Harry cai e ele pega o papel, segurando-o em frente ao rosto.
— Este é-este é um mapa de Hogwarts em tempo real?
— É isso, irmãozinho — disse George, com os lábios se contraindo em um sorriso.
— Passagens secretas e tudo mais — Fred acrescentou, apontando para uma pequena estrela, rotulada: 'Corredor de Hogsmeade da Bruxa'.
— Isso- isso é brilhante! —Harry disse empurrando os óculos para cima do nariz e olhando ainda mais de perto. Então ele olha para os gêmeos — Isso explica, tipo, tantas coisas.
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Os Marotos e o Prisioneiro de Azkaban
FanfictionNo final do primeiro ano, Harry ficou com a Pedra Filosofal em seu bolso secreto que ninguém viu. Agora, dois anos depois, Harry está no terceiro ano seus amigos estão se divertindo em Hogsmeade, há um assassino em massa fugitivo correndo por aí e H...