Vida

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Phuwin's point of view.

Quando Pond saiu do banho, eu já estava deitado na cama mexendo em meu celular, querendo ou não fiquei um pouco cansado, e levemente dolorido. Mas valeu a pena.

-- Tá tudo bem Phuphu? -- Ele me perguntou de jogando ao meu lado na cama.
-- Uhumm... -- resmunguei, e o abracei de lado, estranhamente eu necessitava de grude.

Acho que ele compreendeu o recado, quando se ajeitou melhor na cama, me fazendo ficar deitado com a cabeça em seu peito, meus braços em volta do seu tronco, e uma de suas mãos fazia carinho em meus fios de cabelo.

O ritmo do seu coração batendo era como uma melodia suave que acalmava minha mente. Enquanto ele passava os dedos pelos meus cabelos, eu fechei os olhos e deixei que a sensação me envolvesse. Era como se todas as preocupações do mundo tivessem desaparecido naquele momento.

Um silêncio confortável se instalou entre nós. Eu queria que aquele momento durasse para sempre. O calor do seu corpo e o cheiro familiar dele me faziam sentir em casa. Mas ao mesmo tempo, um turbilhão de emoções começava a se formar dentro de mim. Era difícil ignorar a conexão profunda que havia se desenvolvido entre nós.

-- Phu? -- ele chamou meu nome suavemente.
-- Sim? -- abri os olhos e olhei para ele. Seus olhos estavam fixos nos meus, cheios de uma intensidade que me fez prender a respiração.
-- O que você está pensando? -- Perguntou com um sorriso curioso no rosto.
-- Também não sei... Só estou, aproveitando o momento -- respondi de forma simples.

-- Aproveitando o momento? -- ele me perguntou com curiosidade.
-- É, é bom estar assim com você -- o respondi ainda com os olhos fixos nos dele.

Aquelas palavras pareciam flutuar no ar entre nós, como se tivessem um significado maior. Pond sorriu, e se inclinou um pouco mais perto, me dando um selinho cheio de carinho nos lábios.

-- Você sabe... -- ele começou, sua voz suave como sempre - eu também gosto de estar assim com você.

-- Às vezes eu fico pensando... -- continuei hesitante, mas algum tipo de coragem parecia brotar dentro de mim. -- Eu só queria que soubesse o quanto você significa para mim.

Ele me encarou com uma expressão séria, mas os olhos brilhavam de uma forma bela e indescritível.

- Eu sei que somos amigos, mas... - ele pareceu relutar um pouco antes de continuar. - Eu sinto algo mais por você.

Meu coração pulou no peito. Aquelas palavras eram tudo o que eu queria ouvir, mas ao mesmo tempo, a incerteza tomou conta de mim. O que isso significaria para nós? A tanto tempo é visível que minha relação e de Pond, não se trata somente de amizade, e querendo ou não nos conhecemos como ninguém, passamos por tantas coisas juntos. Talvez não fosse só realmente amizade.

- Você sente? - perguntei quase em um sussurro.
Ele assentiu lentamente, e pela primeira vez desde que começamos essa conversa, pude ver a vulnerabilidade em seu olhar.
- Sinto... e quero explorar isso, se você também quiser.

Aquelas palavras ecoaram em minha mente como um convite irresistível. Eu queria mais do que tudo explorar essa nova possibilidade entre nós. Faz tempo que eu gostaria na verdade, mas tudo passa muito rapido, e as vezes as coisas nem sempre davam certo. Mas com um pequeno sorriso nervoso nos lábios, decidi arriscar.
- Eu quero... eu realmente quero.

O vi sorrir, poxa vida, tudo sempre parece mais belo quando vejo esse sorriso.
Então se levantou levemente, colocou uma de suas mãos em minha nuca, e iniciou um beijo lento mais profundo. Era uma sensação maravilhosa, seus lábios suaves e quentes sempre eram tão bons.

Quando nos separamos, ele sorriu divertido, me jogou na cama e começou a fazer cócegas em mim. Eu ri descontroladamente, tentando me esquivar das suas mãos ágeis. A sensação de desespero e alegria aos mesmo tempo era engraçada.

- Pond, paraa por favor - eu implorei entre risos, mas ele apenas aumentou a intensidade das cócegas.
- Nunquinha Baby Phu - respondeu ele com um sorriso travesso, os olhos brilhando de diversão.

Finalmente, consegui segurar as mãos dele e puxá-lo para perto de mim, fazendo com que ele ficasse por cima de mim. Olhei em seus olhos, ofegante e ainda sorrindo.

- Você é impossível, Naravit - disse eu, tentando parecer sério, mas a risada ainda escapava dos meus lábios.
Ele riu também, mas logo ficou sério por um momento, como se quisesse dizer algo importante.

- Eu gosto disso... de nós assim. É tudo tão bom - comentou ele, acariciando meu rosto com a mão.
- Eu também gosto - respondi sinceramente, estar com Pond sempre foi um momento de paz.

Ele sorriu novamente e se inclinou para me dar um beijo suave em meus lábios.
-- Então vamos aproveitar cada momento juntos -- disse ele, enquanto se afastava levemente para me olhar nos olhos, e começar a depositar beijos em meu pescoço.

-- Você me deixou todo marcado -- eu o disse, enquanto aproveitava a sensação.
-- É pra saberem, que agora, você é meu -- ele disse completamente provocativo.
-- Cuide bem do que é seu então -- falei quase gemendo quando ele deixou mais um chupão em meu pescoço.
-- Pode deixar vida.

Mas antes que ele pudesse descer seus beijos, ouvi meu telefone tocar, o que rapidamentente chamou nossa atenção.

-- É o Dunk -- Pond disse pegando meu celular e me entregando.
-- Atende pra mim? Se eu atender ele vai ficar duas horas falando -- falei rindo, por mais que fosse verdade.
-- O que eu ganho com isso? -- ele riu travesso, eu apenas revirei meus olhos, e ele atendeu a chamada.

Chamada on

-- Oi? Phuwin? -- Pond colocou a chamada no viva voz.
-- Ah oi Dunk.
-- Pond?
-- Eu mesmo.
-- Imaginei que estariam juntos, o Phuwin tá bem? -- senti a preocupação na voz de Dunk pela chamada.
-- Ele tá bem sim, por quê?
-- Vi que vocês dois saíram cedo da festa, achei que poderia ter acontecido algo. -- ele disse em um tom levemente desconfiado.
-- O Phu só tava meio cansado eu acho, agora ele tá dormindo que nem um bebê -- Pond mentiu, por mais que eu realmente estivesse com sono.
-- Cuide dele, agora vou te deixar dormir também, boa noite Pond.
-- Claro que cuido! Enfim, boa noite Dunk.

Chamada off

E finalmente pude ouvir a chamada ser finalizada.
-- Ele realmente acreditou que você já estava dormindo -- disse Pond reelambrando sua própria mentira.
-- Você é convincente nas mentiras Naravit -- eu disse e o vi rir convencido.

-- Phu, tá com sono? -- ele perguntou quando me viu bocejar, eu estava.
-- Tô com um pouquinho -- falei tentando de alguma forma o abraçar de novo.
-- Vamos dormir então? -- Pond me perguntou de uma forma tão compreensível, que me fez ficar vulnerável.
-- Vamos, mas só se você me abraçar com força -- falei fazendo um biquinho com os lábios.

Ele me deu um leve selar no lábios, e nos deitamos novamente, fiquei de costas para ele, senti seu peitoral atrás de mim, e seus braços abraçaram com forças minha cintura.
-- Boa noite, meu Phuphu -- ele falou, encaixando sua cabeça em minha nunca.
-- Boa noite, meu Naravit -- respondi, sentindo uma onda de tranquilidade me envolver. O calor do corpo dele atrás de mim e o abraço apertado me fazia me sentir seguro. Estar com Pond desde o dia que o conheci, sempre foi sinônimo de conforto e alegria.
Era como se ele tivesse uma habilidade especial de tornar qualquer momento mais leve e fraterno.

Fim...

O "toque da amizade" | PondPhuwin Onde histórias criam vida. Descubra agora