𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟏

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𝐀𝐔𝐓𝐇𝐎𝐑 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖'
Beverly Hills, 1993

A casa dos Chavez sempre foi um ambiente tranquilo. Pelo menos, no olhar dos que viam  de fora. Nicholas cresceu filho único. O único herdeiro, o único que poderia realizar os sonhos e as esperanças que seu pai projetava nele desde criança. O garoto foi matriculado nas melhores escolas, todas sem exceção, particulares.

Nicholas foi colocado obrigatoriamente em um esporte contra sua vontade. Mas quando seu pai o levou pela primeira vez, na quadra enorme de tênis, Nicholas sentiu uma das maiores emoções que poderia sentir. O orgulho e a animação de finalmente encontrar uma coisa em que pudesse ser bom. Algo em que seu pai tivesse orgulho dele.

Quando seu pai o levou pela primeira vez ao clube de tênis, segurando a mão de Nicholas, a quadra era tão grande que o deixava assustado. A raquete, que era maior que suas mãos, depois de algumas semanas de prática, já  se posicionava de modo leve em suas mãos, como se fosse uma pluma. A exclusividade, a concentração que Nicholas tinha na quadra, era única.

Quando Nicholas fez 16 anos, já havia se tornado campeão estadual. A fome de vencer, de liderar, de conquistar, para ele, era maior que tudo. Ele queria vencer, ele precisava vencer.

Vencer para Nicholas, se tornou mais importante que tudo. Ele tinha tudo o que queria. Quando fez 18 anos, a primeira coisa que pediu foi um Mustang vermelho conversível. Que foi comprado na mesma semana do seu aniversário. O pai de Nicholas, dono de uma empresa de imóveis multimilionária, nunca deixou faltar nada para o filho e para a esposa. A mãe de Nicholas, uma mãe amorosa, que dedicou sua vida para criar o filho.

Nicholas tinha o temperamento de seu pai. E como dizia seu melhor amigo, Cooper, ele era gentil quando ele queria, e com as pessoas que ele queria.

A casa dos Chavez estava silenciosa, pois os pais de Nicholas haviam viajado a trabalho. O silêncio da casa, no começo da manhã e no fim da tarde, foi se embora. A grande mansão, estava cheia de pessoas. Amigos de Nicholas, garotos e garotas em que ele nem sabia o nome direito, mas todos estavam lá, pois sabiam que Nicholas não brincava em serviço quando o assunto eram festas de arromba. 

— Vai! Vai! Vai! — A multidão de pessoas vibravam em conjunto enquanto viam Nicholas virar 6 shots de tequila, um atrás do outro.

Cooper que estava atrás do amigo, dando tapinhas do ombro dele em sinal de consolação. Pois já sabia que a ressaca que ele teria, seria feia. Nicholas vibra loucamente, sentindo a adrenalina do álcool em suas veias.

— É assim que se faz uma festa, Beverly Hills! — Nicholas, que estava somente de óculos escuro e uma sunga vermelha, atravessa a multidão de pessoas, pegando um cigarro com um rapaz que ele nem sabia o nome, e indo em busca de um isqueiro.

Cooper que estava atrás dele o acompanha até o canto da sala, onde os dois podiam ver a vibração da festa.

— Nick, — Cooper o chama. Nicholas acende o cigarro entre os lábios, olhando para a ponta dele e o tragando, sentindo o calor da fumaça invadir seus pulmões. — Cara, você viu como que tá a Gracie?

Nicholas fica confuso por uns segundos.

Gracie?

Ele pergunta em sua cabeça, tentando se lembrar de alguma Gracie que já passou por sua vida. E falha miseravelmente.

— Não sei cara. — Ele dá mais uma tragada.

— Mas você lembra da Jennie? Por favor não me diga que está com Alzheimer?! — Cooper brinca, e Nick da uma risada debochada.

— A Jennie eu me lembro. A garota que você quase se mija quando chega perto dela. — Ele tira sarro do amigo. Cooper se sentia um garoto na quinta série quando a Jennie passava por ele. Nicholas tinha que ouvir o amigo dizer o quanto ela era um anjo. Ele estava quase optando em pedir socorro por código morse.  — Quê que tem ela?

— Ela disse que a melhor amiga dela tá vindo pra cá. Pra Beverly Hills. — Cooper tira o cigarro dos dedos de Nicholas, e dá um tragada. — É a sua chance Nick! Faz quanto tempo que você não fode alguém, sei lá, uns 2 anos?

— Cala a boca, eu terminei o namoro mês passado. — Ele diz em um tom rude, cortando o barato do amigo — Ela que era uma maluca. — Ele tira o cigarro do amigo. — E eu to bem, eu amo a minha vida! Eu não preciso de nenhuma garota me enchendo o saco agora.

Nicholas diz isso com convicção. Mas no fundo ele sabia que estava enganado. As noites em festas malucas, bebendo e cheirando cocaína, estavam ficando entediantes. Ele dá uma olhada no local em que estava. Garotas dançando de biquínis, todos bebendo, fumando, e alguns passando ao lado de Nicholas a cada 15 minutos para dizer que ele
era o cara, ou que ele sabia fazer as melhores festas. Tudo isso ainda o fazia relembrar que existia um vazio nele.

Algo que talvez nunca passasse. Ele tinha medo. Medo de que essa sensação durasse para sempre.

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𝐂𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔, 𝐧𝐢𝐜𝐡𝐨𝐥𝐚𝐬 𝐜𝐡𝐚𝐯𝐞𝐳'Onde histórias criam vida. Descubra agora