Requiem

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O som do violino percorria o local, notas agudas e continuas formavam tons de agonia. Era a musica da morte.
A Morte (como gosta de ser chamada) não tem sexo definido, muito menos uma forma distinta. Ela é uma consciência. Tem aquele que dizem ser um homem, outro a retratam como mulher. A verdade é que ela é, aquilo o que os outros desejam.
Se o branco for a presença de todas as cores, então o preto seria a ausência. Porém A Morte veste preto e vive no meio de um mundo colorido.
Suas notas agudas formam gotas de esperança. Ela nunca foi boa com instrumentos, mas gosta de treinar. É possível ouví-la tocando sua música predileta quando você está prestes a morrer, ela faz isso em sua homenagem. Um único acorde agudo e contínuo.
Ela nos traz certeza de nosso futuro, morreremos algum dia. Sabendo disso criamos sonhos, desejamos alcançar o impossível antes de conhece-la. Porém nosso medo transforma os sonhos em pesadelos. Cada acorde novo que A Morte toca nos traz mais medo. Ela não toca tão mal assim gente.
Ela fabrica os pesadelos, mesmo sendo indiretamente. É algo diferente, porém verdadeiro.
Pobrezinha, até quando ela continuara a tocar seu violino de maneira tão desconfortável, mal sabe ela que nossos sonhos visam fugir de seu espetáculo...

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2015 ⏰

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