ᴍʏ ꜱᴡᴇᴇᴛ ᴠᴀᴍᴘɪʀᴇ, ᴇᴍᴍᴇᴛᴛ. • ᴛᴡɪʟɪɢʜᴛ.

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Paro em frente ao aeroporto de Seattle com uma cara nada boa. Essa cidade não mudou nada desde quando fui embora, incrível!

Ando calmamente e estico minha mão para um táxi, ele estaciona e ajuda com as malas, que não são poucas! Peço para ele me levar para uma pequena cidade, Forks.

Durante o caminho, vou fazendo algumas coisas pelo celular, até porque meu objetivo aqui em Forks é outro.

Infelizmente minha avó faleceu e deixou sua floricultura como herança pra sua única neta, eu. No começo meu plano era vender, mas a falecida me fez prometer antes de sua morte que não era pra fazer isso.

Então, depois de uma promessa que vou manter sua floricultura de pé, mesmo aos trapos, vou contratar funcionários e deixar alguém na gerência, eu não gosto daqui de Forks, ela não me trás boas lembranças.

No celular, vou organizando algumas encomendas que já estavam para chegar na floricultura, porém tinham sido canceladas.

Minha avó deixou a casa dela para mim também, e agora que sou a dona, vou ficar lá durante a minha estadia. Ela faleceu semana passada, então tive bastante tempo para organizar minhas coisas, minha matrícula na escola e tudo mais.

Eu estou no último ano letivo, mas fui embora daqui de Forks com 16 anos. Por que tão cedo? Bom, eu queria independência, não gostava muito daqui e minha vó estava num momento de depressão terrível.

Tudo estava caindo aos poucos nas minhas costas, e eu não queria isso, já estava lidando com meus próprios demônios. Então, comecei a trabalhar, juntei bastante dinheiro e fui embora, lógico que com a permissão da minha vó.

No começo foi bem difícil, mas fiz uns amigos na cidade que fui, comecei a trabalhar num bar. A família que me "adotou" na verdade era um casal de irmãos, eles foram as melhores pessoas que conheci.

Eram podres de ricos, mas isso não foi o que me chamou a atenção, e sim, o carinho e cuidado. Agora faço parte da pequena família, depois de tantos anos.

Ao finalmente passar pela placa dizendo "Welcome to Forks" sinto um frio na barriga, essa sensação eu não sentia há anos.

As ruas de Forks não mudaram nada, continuam a mesma coisa, só os estilos de roupas que mudaram, mas as árvores em tons de verde fortes, o céu nublado, as ruas com poucas pessoas estão na mesma.

O táxi para na frente da casa e me ajuda a colocar as malas para dentro, ele fica agradecido com o tanto de dinheiro que lhe dei, mas foi merecido.

Eh, a casa está pior do que imaginei, minha vó estava num verdadeiro chiqueiro. Ainda parada na porta, observo tudo com um pesar.

Acho que eu poderia ter feito mais por ela...