ᴍʏ ꜱᴡᴇᴇᴛ ᴠᴀᴍᴘɪʀᴇ, ᴇᴍᴍᴇᴛᴛ. • ᴛᴡɪʟɪɢʜᴛ.

002

Eu deixei minhas coisas no meu quarto antigo, ele estava bem limpo, acho que de todos os cômodos ele é o mais arrumado.

Eu vasculhei a casa e me senti triste, minha avó nunca falou da sua condição, e eu nunca quis visitar ela depois de ter ido embora.

Me sinto culpada por não ter vindo, não ter ficado a par da sua situação e não ter buscado mais saber da sua saúde. Eu estava tão preocupada comigo mesma, que esqueci da mulher mais importante na minha vida.

Escuto meu celular tocando e desço pelas escadas indo diretamente pra sala. Na tela, o nome brilha "Josh".

Ao atender, escuto sua voz animada do outro lado da linha.

Josh: Hello, hello!- Saúda e rio um pouco.

Melissa: Olá, Josh... A que devo a honra de sua ligação.- Indago e a ligação fica muda por alguns segundos.- Josh?- Chamo.

Josh: Daqui a uma semana iremos pra Forks!- Cantarola e sorrio.- Drika sugeriu de ficarmos com você enquanto cuida da floricultura. Gostou? Sabemos que você não gosta quando invadi.- Corto sua fala de imediato.

Melissa: Não... Eu gostei!- Murmuro baixo.- Eu vou ter que arrumar a casa da minha vó, deixar em um estado... Apresentável.- Minha voz é um pouco baixa e melancólica.

Josh: Você tem certeza que não quer passar a noite em um hotel? Você sabe que temos dinheiro, não será um problema manter você longe dessa casa.-Tenta ajudar, mas falo que não é necessário.

Melissa: Eu vou desligar, tenho algumas coisas pra arrumar aqui, pelo menos pra passar a noite. Amanhã vou ter que ir pra escola, infelizmente.- Murmuro.- Manda um beijo para Drika.

Josh: E eu? Não recebo?- Protesta.

Melissa: Um grande beijo, querido, Josh!- Me despeço dele e volto pro quarto.

Drika deixou um carro alugado em meu nome para meu uso, até porque aqui chove e é frio, eles ficam preocupados comigo, então daqui a pouco eles iram trazer aqui. Poisé, Drika pagou uma nota pra eles trazerem o carro.

Enquanto olho minhas malas de roupas, percebo que todas são extremamente extravagantes, tudo que eu não coloquei! Drika maldita!

Pego meu celular rapidamente e vejo que tem uma mensagem sua.

Message from Drika.
  Espero que goste dos novos looks, maninha!

Reviro os olhos, mas não evito de sorrir, eles não tem jeito. Pego um pijama da marca mais barata e deixo na cama, até porque está escurecendo e não quero dormir tarde.

A companhia toca e sei que deve ser o meu carro. Na frente de casa, converso com o rapaz que trouxe o carro, ele foi bem simpático em explicar como funciona, que não preciso ter medo de andar em dias com neve ou chuva, porque os pneus estão em perfeito estado.

Ele me entrega as chaves enquanto me observa de cima a baixo, acho que deve pensar que sou rica ou algo de tipo. Quando ele se vai, paro brevemente para observar a vizinhança.

Acho que moro ao lado de um policial, já que tem um carro de um na frente da residência vizinha. Ótimo, pelo menos estou segura caso tenha uma invasão.

Ao entrar novamente, eu sigo pro banho, depois de vestida, peço uma pizza, já que a casa estava sem comida, e deixo a cozinha arrumada após minha bagunça.

Meu quarto tinha uns livros legais, então fiquei lendo até pegar no sono.

[...]

PAM! PAM! PAM!

Abro os olhos e me sento na cama, fecho os olhos novamente e fico ali naquele sono leve, mas o maldito alarme volta a tocar, então desligo ele e sigo pro banheiro.

Eu faço minhas higienes, tomo banho, seco meu cabelo e deixo ele com as pontas enroladas.

Eu tenho bastante tempo, ainda são cinco e quarenta da manhã. Ontem eu deixe minha roupa pra sair hoje separada, mas não quero mais ela.

Drika deixou o vestido que ela mais ama me ver vestida, e acho que vou usar ele, estou com saudades deles, e não fazem nem quarenta e oito horas que cheguei em Forks.

Então, coloco uma cinta para deixar minha cintura impecável, assim como a minha postura, já que a Drika vive dizendo que ando torta.

Deixo minha pele bem hidratada, passo perfume e coloco o vestido. Me olho no espelho e admiro, eu estou ótima!

Drika ficaria feliz de me ver tão arrumada assim, já que ela sempre tentou me deixar num padrão de riqueza elevado, mas eu sempre dava um jeito de fugir.

Acho que agora, mais do que nunca, eu mereço ficar bonita. Meu celular começa tocar, e vejo o nome da Drika brilhando na tela.

Drika: Incrível que você sempre está acordada.- Diz do outro lado da linha. Tenho certeza que ela está sorrindo.

Melissa: Eu precisava ajudar vocês de alguma forma, não é.- Brinco e volto a me admirar no espelho.- Advinha o que estou usando...

A ligação fica muda, mas ela logo volta falar.

Drika: A roupa mais próxima de uma básica que tiver na mala.- Diz e reviro os olhos.- ... O vestido preto?!

Melissa: Ele mesmo! Já estou com saudades de vocês.— Suspiro e me sento na cama.

Josh: Mas não deu nem vinte e quatro horas, Lisa!- Sua voz está carregada de humor.

Sei que ela gosta de saber quando estou sentindo algo, então ela deve estar toda derretida, consigo imaginar.

Melissa: Quando vocês chegarem aqui, temos que ir tomar sorvete, hoje é o dia do sorvete.— Protesto e reviro os olhos.

Desde que nós nos conhecemos, resolvemos criar o dia do sorvete, então toda semana compramos sorvete do meu sabor preferido e comemos assistindo filme.

Mas com eles longe, não temos como fazer isso, e agora estou triste.

Josh: Calma, podemos tomar sorvete a semana inteira quando chegarmos, ok!?

Melissa: Eu vou cobrar!- Deixo bem claro com palavras diretas.

Deixo o celular no viva-voz enquanto continuo a me arrumar. Drika me passou algumas dicas de como usar algumas roupas, ela disse que eu tenho que estar perfeita!

Ela está amando que agora estou aberta a usar as roupas extravagantes que ela deixou. Quando dá o meu horário de sair, pego um sobretudo, a mochila, chaves do carro, celular e saio.

Na casa do meu vizinho tem uma movimentação, e o rapaz com roupa de policial olha diretamente pra mim.

Melissa: Bom dia.- Sou curta nas palavras e sigo pro meu carro.

Hoje o dia está nublado, e já é de se esperar. Forks, quando faz sol, o inferno congela. Pelas ruas, vou observando cada ponto. Tem poucas pessoas, todas bem agasalhadas, espero que eu não sinta frio.

Chegando na escola, sinto um frio na barriga. Eu tinha esquecido como cidade pequena é, eu vou virar o centro das atenções pelos próximos dias.

Antes de ir no estacionamento, me lembro que preciso pegar um papel na secretaria, então passei lá, peguei  e a moça foi bem fofa comigo.

Agora estou voltando pro meu carro e estou um pouquinho tranquila. Meu dia não vai ser ruim, tenho certeza.