O legado de Aetheta

A clareira

Após ter lutado e vencido um lorde do inferno e uma criatura de outro plano, o jovem príncipe cai de joelhos no chão, olhando seus pais mortos. O jovem começa a chorar, sentindo como se um vazio se formasse em seu peito. Não demorou muito para que ele sentisse como se aquele vazio que havia se formado em seu peito começasse a queimar, causando-lhe uma dor excruciante. Ele coloca a mão em seu peito na tentativa falha de se livrar da dor, que a cada segundo que passava só aumentava. Não demorou muito para que ele caísse desacordado no chão.

Seu guarda real, um soldado mágico do reino que fica de pé ao seu lado em silêncio, respeitando a perda do jovem príncipe, fica preocupado vendo-o desmaiar.

- Jovem mestre! Preciso tirar você daqui. Não sei se seu tio, o Duque Malakai, vai voltar. Ele pode voltar acompanhado do lorde infernal. Vamos!

Não demorou muito para que o guarda colocasse o príncipe em suas costas e corresse com ele em direção à uma floresta.

- Jovem mestre, vou te levar para a floresta sagrada. Não se preocupe, a calmaria de lá vai te fazer melhorar. Lá é rico em mana.

Os dois iam em direção à floresta quando o guarda sentiu como se uma lâmina viesse em sua direção. O guarda consegue desviar, mas não o suficiente para não ser ferido, causando-lhe um corte pequeno em seu braço, fazendo-o gritar de dor. No entanto, aquilo não seria o suficiente para fazê-lo parar.

Segurando e correndo com o príncipe, ele solta uma de suas mais potentes estocadas para frente e diz:

- Pela fenda entre os reinos, eu irei. Abra-te, véu do vazio!

Assim que ele terminou de falar, um portal de cor esverdeada apareceu. Ele atravessou, ficando a poucos metros de uma enorme floresta de mata fechada. Ele olha a floresta à sua frente e diz palavras em élfico primordial, sem parar de correr.

Não demora, as árvores da floresta começam a abrir o caminho para eles passarem.

- Chegamos! mestre. Nerissa deve estar aqui, já que ela é sacerdotisa da deusa da natureza.

Assim que ele adentra a floresta, ele começa a ir mais devagar, parando de correr. Não demora muito para ele chegar a uma clareira, ofegante pelo desgaste de correr usando magia e ter usado um encantamento de translocação arcana a uma longa distância. Ele vai de joelhos no chão.

- Pelos Deuses, por favor, Nerissa esteja aqui. Preciso da sua ajuda.

Não demora muito, vários vagalumes e pequenos espíritos começam a iluminar a clareira. Uma voz doce e enigmática ecoa próxima ao guarda.

- O que te traz à minha clareira novamente, Thalion?