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Era uma noite densa e fria, um manto negro cobria a floresta de Noxvale. Os ventos uivavam entre as árvores, como se sussurrassem segredos esquecidos. As lendas sobre Bang Chan, o cruel ceifador da floresta, eram contadas com temor nas aldeias vizinhas. Ele era um homem de olhos marcantes, um deles vermelho como o sangue que ele derramava, enquanto o outro refletia a escuridão que habitava sua alma.
Os jovens da aldeia costumavam se reunir em volta da fogueira para contar histórias sobre suas aventuras e medos. No entanto, naquela noite, uma tensão pairava no ar. Minho, sempre o mais ousado do grupo, desafiou seus amigos a se aventurarem na floresta.
- Vamos descobrir se essa lenda é verdadeira! - ele exclamou, com um brilho provocativo nos olhos.
- Você sabe que não devemos brincar com essas coisas! - respondeu Changbin, sua voz tremendo levemente. Mas a curiosidade era mais forte que o medo.
Hyunjin e Han trocaram olhares nervosos, enquanto Felix e Seungmin tentavam esconder seu receio atrás de sorrisos nervosos. Jeongin, o mais novo do grupo, estava pálido e visivelmente assustado.
- Vamos! O que pode acontecer? - insistiu Minho, já se afastando da fogueira e adentrando a escuridão da floresta. Relutantes, os outros o seguiram.
À medida que avançavam pela trilha coberta de folhas secas, os sons da floresta envolviam-os em um abraço inquietante. O farfalhar das árvores parecia ecoar risadas malignas enquanto eles caminhavam mais fundo na escuridão.
- Minho! Olha isso! - gritou Jisung, apontando para uma árvore enorme com marcas profundas em seu tronco. Pareciam cortes feitos por uma lâmina afiada. - Isso é... estranho.
- Só algumas marcas. - Minho respondeu desdenhosamente. Mas Seungmin sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao pensar no que poderia ter causado aquilo.
Subitamente, um barulho cortou o silêncio. Um estrondo distante que fez todos pararem abruptamente.
- O que foi isso? - perguntou Felix, sua voz quase um sussurro.
- Talvez seja só um animal. - disse Hyunjin, tentando soar confiante. Mas a inquietação crescia entre eles como uma sombra.
Então, como se o próprio medo tivesse ganhado forma, ele apareceu: Bang Chan. Silencioso como a morte, ele emergiu das sombras com seu machado reluzente em mãos. Seus olhos brilhavam na escuridão; um vermelho intenso fixo em seus alvos e outro negro como a noite sem fim.
- Vocês não deveriam estar aqui... - ele disse com uma voz profunda e gélida que parecia reverberar entre as árvores.
Os jovens ficaram paralisados por um momento antes de Changbin gritar:
- Corram! - assim fizeram mas não sem antes olharem para trás e verem Bang Chan levantar seu machado.
A corrida pela floresta tornou-se uma luta pela sobrevivência. As folhas estalavam sob seus pés enquanto eles se dispersavam em direções diferentes, cada um tentando escapar do terror que os perseguia.
Minho correu desesperadamente até encontrar uma clareira iluminada pela lua. Ele parou para recuperar o fôlego e tentar entender onde estavam os outros. Mas então ouviu risadas distantes - risadas cruéis que ecoavam pelo ar noturno. Ele virou-se lentamente e viu Bang Chan parado à entrada da clareira.
- Você realmente acha que pode escapar? - Bang Chan provocou com um sorriso sinistro nos lábios enquanto balançava seu machado com destreza.
Minho tentou gritar por ajuda, mas as palavras falharam em sair de sua boca quando viu os olhos vermelhos fixados nele. Com um movimento rápido e preciso, Bang Chan avançou e tudo ficou escuro.
Naquela mesma noite, Hyunjin encontrou-se sozinho em meio à densa vegetação. O medo pulsava em suas veias enquanto ele chamava pelos amigos:
- Minho! Changbin! Onde vocês estão? - mas a única resposta era o silêncio opressivo da floresta.
Ele se virou para ir embora quando ouviu passos pesados atrás dele. Uma presença sinistra se aproximava lentamente. Quando finalmente conseguiu visualizar quem era, seu coração disparou ao ver Bang Chan com seu machado - agora manchado de vermelho.
- Você também vai se juntar aos outros - disse Bang Chan com uma risada baixa e perturbadora antes de avançar novamente.
Em outra parte da floresta, Felix e Seungmin tentavam encontrar o caminho de volta à segurança da aldeia quando foram cercados por gritos distantes - ecos dos amigos perdidos na escuridão.
- Nós precisamos ir! Agora! - gritou Seungmin.
Mas quando eles tentaram correr na direção oposta do som dos gritos, encontraram-se cara a cara com Bang Chan novamente.
A história continuava assim; cada membro do grupo enfrentando a cruel realidade do ceifador até que apenas Jeongin restou - encolhido atrás de uma árvore velha e tortuosa, observando horrorizado enquanto seu destino se desenrolava diante dele.
E então veio a última cena: Bang Chan parou diante de Jeongin e olhou diretamente nos seus olhos com aquele olhar perturbador - metade vermelho como o sangue que havia derramado e metade negro como a escuridão eterna de sua alma psicopata.
- Você é tão pequeno... E tão fácil. - murmurou Bang Chan antes de erguer seu machado mais uma vez.
Mas antes que pudesse desferir o golpe final, algo inesperado aconteceu: uma luz intensa iluminou a clareira momentaneamente - talvez um sinal divino ou apenas uma ilusão criada pela mente aterrorizada de Jeongin?
Ele piscou rapidamente ao ver Bang Chan hesitar por um breve momento; mas logo tudo ficou escuro novamente.
O destino dos jovens permanecia incerto nas profundezas da floresta de Noxvale; os ecos das risadas malignas continuaram ressoando entre as árvores enquanto as sombras dançavam ao redor do ceifador solitário - sempre à espera da próxima vítima em sua busca insaciável por sangue.
E assim termina esta lenda... ou será que está apenas começando?
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