XXXVII - Still dreaming

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     "— Por que você é sempre assim, Donghyuck? — Mark virou-se para o menor e mesmo o vendo caído no chão ele continuava furioso — Quantas vezes irei precisar dizer para você parar de ficar me abraçando, me tocando, me beijando? — A cada coisa que Mark listava ele lembrava de Haechan a fazendo, o que o fez sentir seu coração acelerar. E durante um segundo ele se questionou se gostava daquilo ou não e ele chegou a uma infeliz conclusão — Eu odeio quando você me toca! Eu sinto... eu sinto nojo de você!

      Logo após dizer suas últimas palavras, Mark se arrependeu e decidiu que era melhor pedir desculpa para o mais novo. Ele não sentia nojo de Haechan, ele apenas não sabia ao certo o que sentia e por isso sentia medo. O canadense se aproximou de Donghyuck e se abaixou e rapidamente ele percebeu que o mais novo estava chorando.

     — Eu te odeio, Mark — Haechan disse"


     O ocorrido no último dia 02 de agosto aparentemente colocara um fim a uma amizade que durara anos. Decerto, a imaturidade de Minhyung e Donghyuck, somadas à falta de diálogo sobre tópicos sensíveis, haviam sido cruciais para que as coisas chegassem a esse ponto. Mark questiona-se diariamente se ainda era possível que os dois pudessem voltar a conversar como antes, rir das piadas um do outro, sair e se divertir juntos, mas a cada dia que passara Haechan havia lhe demonstrado que não, isso não era possível.

     Cogitando que tudo fosse se resolver como em suas outras discussões, ele aguardou até que a raiva do mais novo cessasse e ele naturalmente voltasse a falar com ele, porém isso também não aconteceu. Por óbvio, eles ainda se falavam quando fazia-se necessário, como quando estavam ensaiando e gravando, ou seja, quando trabalhavam juntos. Bem, talvez toda a relação deles se resumisse nisso agora, era uma mera relação profissional.

      Acaso não bastasse sentir falta das longas conversas aleatórias, Minhyung passara a sentir saudade dos abraços, de ter sua bochecha beijada, das provocações... Ah, e o cheio, ele sentia tanta falta do cheiro de Haechan. Tudo o que ele podia fazer agora era admirá-lo de longe, quando tudo o que ele queria era poder tocá-lo. Por que ele tinha que ser um idiota que só percebera os efeitos que o menor tinha sobre ele tão tarde? Questionava-se.

      Mark havia se perdido em seus pensamentos durante o ensaio, seus olhos mantinham-se fixados no coreógrafo que os orientava, mas ele não estava o ouvindo.

      — Certo? Então, vamos lá — Disse o coreógrafo.

      O canadense não pôde evitar rir quando o mais velho olhou diretamente para ele.

      — Desculpa, eu estava viajando.

      — Aaaah, Mark! — Chenle, irritado e cansado, fingiu que tentava estrangular Mark e então começou a balançá-lo pelos ombros — Presta atenção.

      Com esse breve momento de distração causado pelo mais velhos dos integrantes, rapidamente os outros começaram a falar alto, correr pela sala, cantar músicas aleatórias, dançar passos aleatórios de danças. Havia virado uma verdadeira bagunça.

       O coreógrafo esfregou o rosto com as mãos, sentindo certo desespero com aquela cena. Era incrível como isso acontecia em absolutamente todos os ensaios. Ah, ele merecia um pagamento extra por aguentá-los, sem sombra de dúvidas.

      — Tá bom! Vocês estão livres — deu-se por vencido — mas Mark e Haechan, vocês ficam.

      — Por quê? — Indagou o mais novo.

      Os outros rapazes inevitavelmente riram dos dois e da cara de incrédulos que eles exibiam. Mark só conseguia rir da sua própria desgraça, já Donghyuck parecia estar tentando entender o que ele havia feito de errado.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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