Capítulo 1- Piloto

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- Droga de matéria chata...

Murmuro anotando o conteúdo que foi dedicado a mim. Há tantas coisas rolando no mundo, e meu chefe pediu algo extraordinário, e o que eu consegui? Escrever sobre o Meio Ambiente.

- Até uma criança consegue fazer isso!

Resmungo erguendo o rosto vendo as pessoas ao redor, cuidando de suas vidas corridas, foi quando notei Eddie Brock caminhando de casaco em um sol de trinta graus.

Ele era um cara estranho, conversava sozinho, usava casacos no calor, vive com um olhar de peixe morto, e vive se metendo em confusão...Mas eu gosto dele, ele é legal.

- Eddie! Oi! - O chamei me aproximando.

- Lizzie! Oi! - Sorriu - Eae, novidades? Já conseguiu uma matéria nova?

- É... Ainda não. Tô fazendo uma sobre meio ambiente... Mas isso tá quase fazendo eu arrancar os cabelos...

- Eu iria aconselhar você a... Não se meter em encrenca... Mas você quase se jogou dentro de um tornado para ver como é a sensação. Então... Uau, você finalmente pegou uma matéria chata! Comentou arrancando uma risada minha.

- É... Então... Bem que você poderia se meter em encrenca pra me dar uma ajuda né?

- Você quer que eu me ferre pra te ajudar?! Essa foi a pior ideia que você já teve em todos os tempos! E minha resposta é não!

Meu sorriso fechou na hora.

- Bom... Mas você já vive ferrado, né? Os policiais te caçam a cada minuto, a sua ficha é gigante! E..

- Peraí, como você sabe da minha ficha? - Ele parou de andar e fitei me calando, soltei um sorriso amarelo passando a mão no cabelo - Ah não... Você invadiu o escritório do seu pai?!

- Ahaha! Sabe o que é engraçado? Você odiar os policiais e eu ser filha de um deles, e você ser meu amigo! - Tento trocar o assunto e ele bufou.

- O que você fez, é errado. - Ralhou cruzando os braços.

- Ué, por que ficou tão nervosinho? Tem medo que eu descubra seus podres? - Ele ia dizer algo quando foi interrompido por si mesmo.

- Fique quieto no seu canto! - Sussurrou e o observei curiosa.

- ... Bem que na lista está escrito "Precisa de Terapia".

Eddie revirou os olhos e respirou profundamente.

- É sério. Fique longe do perigo...

- Tentarei. Mas não prometo nada!

- Vai me agradecer. - Disse e voltou a caminhar, e o deixei seguir sozinho.

Segui meu caminho também, pondo fones e escutando noticiários.

- Preciso de uma coisa só minha...

Meu celular vibra indicando uma notificação, o peguei no bolso e vi meu querido chefe pedindo para eu ir para um mercado novo que estará sendo inaugurado pela noite.

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- Corta... - Sussurrou e a câmera parou a gravação.

- E mais uma vez a nossa querida Lizzie dando as caras em mais uma reportagem! Vai ficar famosa assim! - Riley, a garota da câmera, brincou.

- Humrum, claro

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- Humrum, claro. Como fosse valer a pena.

- Pense pelo lado positivo! Você ganha dinheiro por isso, e quem diz que din din na conta não trás felicidade...

- É pobre. - Brinco.

- E é exatamente o que somos! - Sorriu e assim que ia se despedir...

Gritos soam pelas ruas e achei o motivo do caos.

- Ai... Merda! - Ley se afastou.

Um carro desgovernado e uma criança caída no chão.
Pessoas chamando a criança, pessoas gravando a criança, o carro a poucos metros de bater na criança... O desespero.

Minha mente gritava "Vai!" e outra parte gritava "Não, sua doida, vai morrer!" E no meio dessa loucura, uma "sombra" preta e gigante, assustadora como o bicho papão, pulou na frente do carro e o parou com uma só mão, amassando o capô.

Antes mesmo das pessoas reagirem e tirarem fotos, a criatura correu e pulou alto para cima de um mercado e desapareceu. Os pais da criança a abraçavam a acolhendo e minha boca estava aberta ainda perplexa.

- ... Acho que fiz um pouquinho de xixi nas calças... E mais outras coisas... - Riley murmurou.

- ... Eu tenho que achá-lo...

- Você bebeu?! Um monstro bizarro acabou de detonar o asfalto e o capô de um carro!

- É... Uma boa matéria. - Digo tirando uma foto da cena.

E não demorou para eu estar na procura do ser assustador por entre as ruas vazias.

- Cadê.. Cadê você...?

Mas... Não o encontrei...

- Droga.

Mas ele vai aparecer.... Alguma hora vai.

𝕻𝖆𝖗𝖆𝖘𝖎𝖙𝖊 | +16Onde histórias criam vida. Descubra agora