Alicia

Capitulo Extra

Novato On

Jason Stephenson
Sabe, é estranho isso tudo. É estranho pensar que, mesmo não querendo, você vive por toda eternidade. O que eu sou? Acho que vocês já devem saber... Mas eu não sou apenas isso. Sou algo maior. Algo... Incontrolável! Bom, calma. Eu vou contar a minha história...
Eu nasci numa cidade no interior da Itália, e minha vida sempre foi cheia de contra tempos. O primeiro de todos, foi no dia do meu nascimento. Minha mãe morreu no meu parto. Isso deixou meu pai devastado. Ele me olhava com um olhar de ódio, como se eu fosse a maior aberração do mundo - e eu sou. Ele me mandou para os Estados Unidos, pra morar com meus tios em Nova York.
Veja bem, minha família não é podre de rica, mas somos... Abençoados, por assim dizer. Eu tinha por volta de três anos quando eles me receberam. Eles me criaram da melhor forma possível. Mas eu sempre fui aquele tipo de criança diferente dos outros. Mas eu tinha amigos, vários amigos. Eu era aquele tipo de pessoa que era popular, mas pelo simples fato de ser rico. E, apesar de tudo, eu nunca liguei pra isso, o que importava era ter amigos.
Uma noite, era sábado, Joffrey, Tabitha, Luna e eu estávamos indo para a nova casa de shows que abrira recentemente. Estávamos indo no carro da minha família - uma limusine brega, infelizmente eu não tinha um carro. Paramos na frente da casa de show. Era, ou pelo menos parecia, um lurgazinho até bacana, tocava música boa, bem evoluído para os anos 80 - por que temos que combinar, as musicas e as roupas dos anos 80... Pela fé! Bom, sem muita demora, nós entramos no local. Era um lugar fantástico - não tão fantástico quanto é hoje em dia mas.. - tocava um tipo de eletrônica que parecia ter vindo do futuro, havia vários garçons servindo comidas e bebidas por todos lado. Confesso que fiquei admirado com o local. Tabitha pegou uma taça e começou a beber enquanto Joffrey e Luna iam pra um lugar mais reservado - eles tavam ficando. Aquela foi uma noite e tanto

***

Depois de beber meu sétimo copo de uma bebida cujo o nome eu esquecera e Luna falando " Não bebe isso tudo Jason. Acho melhor parar de beber. Já bebeu muito ", eu comecei a ver coisas. Depois de me separar de Luna, conheci uma garota, Riley, ela era linda, tinha cabelos claros como a neve, olhos que brilhavam num dourado intenso e usava uma roupa cujo eu não conseguia processar naquele momento. Ela nós bebemos varias e varias até ela me levar pra um beco trás da casa de shows. Quando chegamos lá ela começou a beijar a minha boca, descendo pra dar chupões em meu pescoço. Eu não conseguia mais sentir praticamente nada, era como se eu estivesse nas nuvens. A ultima coisa que pude ver antes de cair no sono foi duas presas na boca da garota e meu pescoço sangrando...

***

Cada parte do meu corpo doía, era como se meus ossos estivessem quebrados. Eu estava me sentindo um enorme saco de pancadas, onde varias e varias pessoas haviam batido. Abri os olhos e percebi que estava em um galpão. Onde? Eu não fazia ideia. A garota, Riley, se aproximou de mim com um sorriso no rosto.
- Acordou, querido! - falou ela me observando.
- On-onde estou? - perguntei. Tentava me mexer, mas era como se eu tivesse perdido todos os movimentos do corpo.
Ela sorrio pra mim.
- Você está no céu, querido! - ela se aproximou de mim e TRAC!
A vadia quebrou meu pescoço. Me vi perdido na escuridão. Por um momento, toda a dor sumiu. Era como está dormindo, mas nunca mais acordar. Era... A melhor coisa que já senti... Até senti uma coisa me puxando de volta. Era como se eu tivesse perdido na escuridão e algo me puxasse de volta pra luz.... Então... Acordei!
Estava todo suado, suava frio. Respirava fundo, procurando o ar, e, quando o achei, o aproveitei da melhor maneira possível. Agora, eu estava em uma cama. Riley estava sentada em uma cadeira próxima a minha.
- Isso..! - ela me abraçou, depois me beijou.
Fiquei surpreso e a empurrei pra longe de mim. Eu não era mais eu mesmo. Conseguia ouvir barulho das cigarras, eram muitas. Eu olhei pra floresta e vi um lince a quase vinte metros de distancia. E o mais estranho de tudo, era, sem duvida, a fome. Eu estava com muita, muita fome.
- Quem é você? - olhei pra ela. Ela sorrio pra mim, o sorriso dela parecia, de alguma forma, acolhedor.
- Está tudo bem! Vem, você precisa de um banho.
Ela me segurou pelo braço e me levou até o banheiro. Só me soltou quando eu entrei dentro do banheiro.
Depois de tomar banho, percebi que não estávamos mais em um galpão - nós estávamos em uma enorme cabana. Parecia uma casa.
- Então, vai me falar quem é você agora? - olhei pra ela. Nós estávamos sentados na sala de jantar. Eu não sei por que ainda não tinha ido embora daquele lugar. Acho que foi a garota, quando estava perto dela eu ficava mais calmo.
- Sou Riley Blake - falou ela. - Eu... Han... Te transformei em algo, e me culpo muito por isso, mas foi por que eu estava muito sozinha. Por favor me perdoa!
Fiquei tenso quando ela falou isso.
- No que você me transformou? - olhei pra ela.
- Em um monstro... - disse ela olhando pro chão.