Oitavo Capítulo Extra

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Jason On

A única coisa que lembro depois de ter ido levar os os corpos dos garotos pro lago foi de ter levado uma pancada na cabeça. Depois, eu estava andando por uma rua. Então estava na frente do colégio. O baile rolava e eu deduzi que os outros estavam lá. Entrei no baile. Queria falar alguma coisa, mas a única coisa que eu disse foi " Caçadores " e caí desmaiado. Acordei com Alicia, Ed e Christopher ao meu redor.
- Jason! - Alícia me abraçou.
- A-ai...
- Desculpa - ela olha pra mim.
- Não foi nada - sorri fraco e ela sorrio.
- Que bom que você volto cara, estava fazendo falta - disse Chris se agaichando.
- É - Ed sorrio. Olhei pra ele e me senti estranho.
- Oque aconteceu com você? - Alícia quis saber.
- Os caçadores... Eles me pegaram e... - tento lembrar de algo mas não consigo.
- Vamos embora - disse Christopher.

Alicia me ajuda a levantar enquanto Ed e Christopher vão na frente. Ela me ajuda a ir ate o carro. Chegamos nele e entramos no mesmo, Christopher da a partida, depois de alguns minutos chegamos, desço do carro com a ajuda de Alicia. Ela me ajuda a ir até meu quarto.
- Bem, vou deixar você descansar, boa noite.
- Alicia... - chamei. - Obrigado!
- Não foi nada - ela sorri e sai.
Acabei pegando no sono.
Acordei bem melhor. Toda aquela verbena que ele colocaram em meu sangue ia saindo de pouquinho em pouquinho. Peguei uma roupa qualquer e fui pro banho, depois desci. Encontrei os outros na sala. Eles viam TV.
- Mais um barco encontrado destruído no famoso Triangulo das Bermudas. - disse a mulher do jornal.
- O QUE?! - Alicia gritou. Olhei pra ela e ela parecia preocupada.
Ela saiu da casa correndo o maia rápido que conseguiu.
- Deixa ela esfriar a cabeça... - falou Chris.
- Vamos deixar ela só com os Caçadores por aí? - Ed perguntou.
- Coloquei uma proteção em todos vocês... - disse ele. - Se perceber, tem uma pequena pedra em seu bolso. Ela vai te tornar meio invisível aos olhos dos Caçadores, mas não funciona quando várias criaturas sobrenaturais estão juntas.
Olhei no bolso, e realmente tinha uma pedrinha.
- Então, vamos esperar ela voltar - disse, voltando a atenção pra TV.
Esperamos por dez minutos, que se transformaram em meia hora. Uma hora depois, Chris andava de um lado pro outro preocupado. Ele já havia feito vários feitiços de localização e nada. Ed estava apreensivo. A tensão no ar era imensa. Levantei e coloquei a mão no ombro de Christopher, olhando nos seus olhos.
- Fique calmo - usei meu poder de hipnose.
- Não tente me hipnotizar, Stephenson. Acha que não tenho proteção contra isso? - ele revirou os olhos.
- Vocês precisam se acalmar. Ela deve esta voltando - de repente, o barulho de um carro. - Viu? Ela chegou...
Mas não era ela. Do carro, saiu Henry. Ele deu uma ultima olhada pro carro, parecia relutante. Então se aproximou da casa.
- O que faz aqui? - Chris rosnou. - Vá embora!
- A Alicia... - Henry falou com toda a calma do mundo. Chris recuou.
- O que tem ela? - perguntou Ed.
- Os Caçadores... Eles a pegaram... - falou ele, sua voz estava triste.
- Impossível! - falou Chris e eu em uníssono.
- Foi uma emboscada. Mataram a avó dela e esperaram ela aparecer pra pega-la. Eles sabem que ela é poderosa e precisam eliminá-la. - disse ele. - Preciso da ajuda de vocês. Nós podemos salvá-la, juntos.
- Pra você é fácil falar - disse Ed. Ele estava com... Raiva? - Vocês anjos não são caçados!
- Sim, nós somos tanto quanto vocês! Acham que eles gostam de nós? Eles nos odeiam quanto odeiam qualquer criatura sobrenatural! - falou Henry calmamente.
- O que vamos fazer então? - perguntei.
- Reunir um exercito! - falou Chris.

***

Chris e Henry concordaram em trabalhar juntos, desde que um não fique no caminho do outro. E nosso plano era o seguinte: Ed e eu íamos atrás de pessoas confiáveis que pudessem nos ajudar enquanto Henry e Chris tentavam achar a Alicia.
Quando a noite chegou, Ed e eu fomos para um lugar que ele conhecia. Uma boate - como sempre -, onde o dono era um vampiro amigo de Ed. Christopher parou o carro. Ed e eu saímos primeiro. Chris e Henry iam saindo quando o Ed interrompeu:
- É melhor... Bom, vocês ficarem aí. Michael não gosta de bruxos... Nem de anjos. - disse Ed aos outros.
- Tudo bem..
Nós entramos na boate. Lá dentro, tudo estava lindo. A névoa do gelo seco reinava lá dentro, enquanto um DJ tocava um remix de várias músicas. O jogo de luz estava ótimo e tinha gente muito, muito coloridas. A luz apagou e PAM! Só se via o néon das roupas das pessoas. Era realmente legal. Quando as luzes se ligaram, Ed e eu fomos até um cara. Eu fiquei esperando enquanto Ed conversava com ele, e, depois de um tempo, o homem nos guiou até uma pequena salinha no segundo andar da boate. Nós entramos. Lá dentro, tinha um cara beijando duas garotas. Ele era branco, careca e usava um terno. Quando nos viu, parou de beijar a garota ruiva e as mandou embora. Ele sorrio pra Ed.
- Por onde você andou, seu boboca? - ele levantou e abraçou Ed.
- Eu andei por aí, boboca. Ah quanto tempo não te vejo?! - Ed apertou mais o abraço.
Desvie o olhar deles dois. Naquela hora, eu senti algo estranho... Raiva? Ódio? Não.
Eu senti ciumes.
Ed e eu havíamos ficado na noite em que conhecemos e no outro dia ele tinha ido dormir na minha casa. Tudo tinha passado tão rápido que nem deu tempo pra nós conversamos sobre como ia ficar essa nossa " relação ". Ed partiu o abraço.
- Você cresceu! - disse o homem. - Olha esse cabelo! - o homem riu. Ele poderia ter mais ou menos 34 anos, mas aposto que poderia pegar qualquer uma lá embaixo. O terno deixava ele com uma postura mais elegante, e ele, sem dúvida, era muito bonito. Seus olhos castanhos chamavam a atenção de qualquer um. - Você sempre com esses cabelos chamativos né?!
Ed deu de ombros.
- Eu fico lindo com os cabelos chamativos.
- Quem é o carinha com o cabelo azul? - perguntou o homem olhando pra mim.
Não havia reparado, mas meu cabelo tinha voltado a cor normal - negros como carvão -, mas as pontas ainda estavam azuis.
- Ah.... Ele é o Jason. - disse Ed. - Jason, esse é o Michael.
- Oi, Jason... - Michael se aproximou de mim e estendeu a mão. Apertei a mão dele.

***

- Você o que?! - Michael parecia incrédulo. - Não posso jogar meus homens na morte, Eddie. Isso é suicídio!
- Por favor, Michael. Eu preciso salvá-la. Ela é minha amiga! - disse Ed. - Pelos velhos tempos!?
Michael olhou pra ele, depois suspirou.
- Não posso por eles nessa enrascada! - Sentei no chão, estava apenas observando. - Mas eu vou falar com eles. Os que quiseram ajudar, tudo bem. Os que não quiserem eu deixarei ir. Não posso obrigá-los a fazer isso. Darei a escolha a eles.
- Isso. Obrigado! - disse Ed abraçando Michael. Ed disse que eles são quase irmãos, mas ainda sinto... Ciumes...
Nós saímos da salinha e voltamos pra boate. Quando a música parou, Michael subiu no lugar onde o DJ tava e pegou o microfone.
- Queridos companheiros, estamos vivendo em tempos de ameaças. Os Caçadores estão nos caçando, nos matando. Uma garota, uma amiga, foi levada por eles. Eu preciso salvá-la. Como líder desse clã, não obrigarei vocês a me seguirem. Mas peço a ajuda de vocês. Estou lhes dando uma escolha. Venham comigo e lutem, ou fiquem!
Ele desceu. O lugar ficou calado por um tempo, os vampiros estavam pensando no que iam fazer. De repente, um gritou:
- Vamos lutar! - ele levantou a mão. Os vampiros gritaram concordando e também levantaram a mão.
- Vamos nessa! - falou Michael.

AliciaOnde histórias criam vida. Descubra agora