CAPÍTULO 17: ESCAPE

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"Por favor, Noh. Aim está realmente estressada com isso. Você pode me dizer quem dormiu com Phun ontem à noite?"

Essas palavras ainda estão girando na minha cabeça e não vão parar tão cedo, nem mesmo quando finalmente cheguei em casa. Estou colocando minha mão sobre minha testa como vi atores fazerem na televisão. Isso não ajuda a aliviar o peso na minha cabeça em nada.

"Ultimamente, você e Phun têm sumido muito do radar. Aim está tão estressada com isso. Mas eu estou bem, só estou preocupada com meu amigo."

"Está tudo bem se você não me contar o que está acontecendo, Noh. Mas você pode, por favor, dizer ao Phun o quanto ele está machucando a Aim? Você pode dizer a ele para parar de fazer isso com ela? Phun e Aim são um casal. Por que ele não vai até ela? Por que ele tem que ficar com outras garotas? Quem ele pensa que a Aim é?"

Meus olhos estão fechados como se eu estivesse tentando escapar dessa realidade. Mas como posso escapar quando isso não é nem algo que eu possa ver e fugir? São palavras que continuam se repetindo alto dentro da minha cabeça.

"Os preservativos que Phun geralmente carrega na carteira sumiram. Noh... Phun e Aim não são como nós. Eles ficaram juntos dessa forma. Phun não pode tratar mulheres como se fôssemos seus brinquedos assim. Eu não vou permitir isso."

"Droga!" Eu xingo a mim mesmo em voz alta enquanto jogo o travesseiro do corpo do outro lado do quarto. Continuo desejando que, se eu gritar alto o suficiente, não consiga mais ouvir a voz de Yuri na minha cabeça. É como se alguém continuasse rebobinando a cena várias vezes.

Não estou bravo com Yuri por vir até mim sobre isso. Não estou bravo com Aim, que está sentada em algum lugar chorando muito. Não estou bravo nem com Phun depois de saber que ele tem esse tipo de relacionamento com Aim.

O que eu sinto é o quanto eu me odeio. Eu sou a razão de tudo ter acontecido desse jeito. Eu sou o bastardo sem consciência.

"Porra..." Continuo xingando a mim mesmo enquanto ando cegamente pelo meu quarto pegando coisas e enfiando na minha mochila escolar preta.

Isso tem que acabar. Não importa o que aconteça.

Imagino se já estive neste lugar mais de oito vezes nos últimos sete dias. Estico o pescoço para olhar a enorme mansão na minha frente. Então, respiro fundo antes de tocar a campainha.

Tia Noi corre para me deixar entrar. Ela me dá um sorriso gentil enquanto me pergunta se pode me ajudar com a mochila. Sinto que não seria um homem de verdade se deixasse essa senhora idosa carregar minha mochila da escola por aí, então insisto em carregá-la eu mesmo. ^^"

Ela me dá um longo suspiro já que recusei sua oferta. Então ela me diz, "Khun Phun está lá em cima no quarto dele, khun Noh. Se você não se importa em aparecer, então eu vou avisar o khun Pang que você está aqui." Eh? Por que o Pang precisa saber que eu estou aqui, tia? -_-" Certo, eu continuo esquecendo quem eu deveria ser sempre que visito esta casa.

Sou tão patético. Estou fodendo a vida das pessoas por 20.000 bahts.

Arrasto a mochila com uma insígnia embutida nela (não uso essa bolsa desde a 9ª série) sobre o lindo piso de parquete. Paro em frente a uma porta com a qual me familiarizei. Um ar frio está vazando pela fresta na parte inferior da porta, o que me diz que o dono deste quarto está lá dentro com o ar condicionado ligado, exatamente como eu pensava.

No entanto, antes que eu tivesse a chance de bater na porta, meu telefone começou a tocar.

Esse babaca provavelmente é vidente.

Love SickOnde histórias criam vida. Descubra agora