O peso da solidão

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Capítulo 2: O Peso da Solidão
André caminhava pelo corredor da escola, tentando afastar a imagem de Kaike sendo rejeitado por Noé. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com seus sentimentos, mas por enquanto, sentia-se perdido.

Ao chegar ao pátio, viu Kaike sentado sozinho em um banco, olhando para o chão. André hesitou por um momento, mas então se aproximou.

— Ei, você está bem? — perguntou, sentando-se ao lado de Kaike.

Kaike olhou para ele, tentando esconder a tristeza.

— Estou — respondeu. — Só precisando de um tempo.

André colocou a mão no ombro de Kaike.

— Eu entendo — disse. — Noé está difícil, né?

Kaike suspirou.

— Ele não me vê mais — confessou. — Desde que Ivens saiu, ele mudou.

André sentiu uma pontada de dor por Kaike.

— Talvez ele precise de tempo — disse. — E talvez você precise de alguém para conversar.

Kaike olhou para André, surpreso.

— Você está aqui para mim, André. Sempre.

André sorriu, sentindo um aperto no coração.

— Sempre, Kaike.

Nesse momento, André percebeu que, apesar de seus sentimentos não correspondidos, ele poderia ser um apoio para Kaike. E isso era o suficiente para mantê-lo perto dele.

Mas, ao olhar para Kaike, André viu algo que o fez hesitar. Um olhar de gratidão, talvez até de admiração. E, por um breve momento, André se permitiu sonhar que aquele olhar poderia significar algo mais.

A teia de sentimentos ainda estava lá, esperando para ser desfeita. E André sabia que, cedo ou tarde, alguém precisaria enfrentá-la de frente.

— Quer vir comigo para o parque? — perguntou Kaike, quebrando o silêncio.

André hesitou por um momento, mas então sorriu.

— Claro, eu vou.

E, juntos, eles saíram da escola, rumo a um destino desconhecido.

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